Escolas estaduais são premiadas por gestão e práticas pedagógicas antirracistas

Projetos de alunos da rede estadual de ensino participaram da 8ª edição do Prêmio Educar com Equidade Racial e de Gênero e venceram pelas ações realizadas em ambiente escolar

  • Data: 14/11/2022 12:11
  • Alterado: 14/11/2022 12:11
  • Autor: Redação
  • Fonte: Seduc-SP
Escolas estaduais são premiadas por gestão e práticas pedagógicas antirracistas

Crédito:Rovena Rosa/Agência Brasil

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Durante o mês da Consciência Negra, a Secretaria da Educação do Estado de São Paulo (Seduc-SP) irá exaltar as ações de Educação Antirracista realizadas nas escolas. No ano de lançamento e introdução da temática no currículo escolar, muitos projetos de alunos e professores tiveram destaque, e neste mês novembro teremos uma compilação destas atividades tão especiais e de importância no ambiente das unidades.

Na estreia desta série, o destaque fica para três escolas estaduais que foram finalistas e premiadas em outubro de 2022 pelo Projeto Educar com Equidade Racial e de Gênero, programa de Educação do CEERT (Centro de Estudos das Relações de Trabalho e Desigualdades). Entre as vencedoras estão a Escola Estadual Professora Joana de Aguirre Marins Peixoto, na cidade de Montemor e Escola Estadual Yolanda Conte, em São Vicente. Além da finalista, Escola Estadual Prof Michel Haber, em Franca.

Sobre o projeto Agenda Antirracista, a professora Janaína Silva Mendes explica como foi a concepção e elaboração realizada pelos envolvidos, “As ações da Agenda Antirracista envolvem as relações étnico raciais com vista a uma educação antirracista. Ao longo do ano, as atividades pensadas em todos os componentes curriculares têm como objetivos trabalhar por meio de projetos interdisciplinares as questões étnicas e ampliar as discussões sobre identidade e representatividade. Entre as atividades desenvolvidas, estão uma apresentação teatral baseada no livro “Você é livre”, de Dominique Torres, uma roda de capoeira com a parceria do projeto social Garagem Ubuntu, debates sobre Diáspora Negra, obras de Machado de Assis e outros poetas negros, além de oficinas de dança africana”, comenta a coordenadora do projeto na E E Professora Yolanda Conte.

Já Adriana de Paula, coordenadora do projeto Resgatando Identidades: o Dia da Consciência Negra e o papel do negro na construção do Brasil, fala sobre a importância da educação antirracista no cotidiano de ensino: “A ideia começou em 2007, com lendas e mitos africanas, através da literatura e história do continente. E desde então já era um projeto pedagógico da escola. E em 2020 nós trabalhamos com a formação dos professores com essa temática étnico racial e por consequência envolvem os alunos e comunidade escolar. Ser premiado é importante para dar visibilidade à escola, ao projeto e à valorização do trabalho que fazemos no dia a dia. E para formamos uma sociedade antirracista, nós precisamos conhecer o que é o racismo, ter conhecimento da nossa cultura, nossa origem e como o Brasil foi formado, também, a partir da história dos negros”, destaca a professora de Língua Portuguesa.

O prêmio que teve sua primeira edição em 2002, e acontece a cada 2 anos, tem por objetivo identificar, difundir, reconhecer e apoiar práticas pedagógicas e de gestão escolar que abordem a temática étnico-racial e de gênero, na perspectiva da garantia de uma educação de qualidade para todos com equidade e antirracista. E, após um rigoroso processo de análise selecionou 8 iniciativas, entre os mais de 700 inscritas.

“A mistura do esporte, arte e cultura foram os grandes aliados para um projeto que surgiu de forma lúdica. Ao qual permitiu que trabalhássemos a transversalidade com as disciplinas dialogando entre si em torno de uma temática em comum, a cultura afrobrasileira. Como iniciamos desde 2018, já com uma proposta permanente na escola, nós entendemos que a pluralidade e diversidade induz aos estudantes criar empatia no convívio dentro e fora da escola”, Katiele Soares, coordenadora do projeto .

Afrodescendentes: A Beleza e a Riqueza de Ser o que Somos!!!, na E.E Professor Michel Haber, explicou como a educação antirracista pode ampliar o olhar do outro para termos uma escola cada vez mais humanizada, em um ambiente rico em diversidade, acolhedor e plural.

Esse são resultados importantes para a política e plano de ação da Seduc-SP, que lançou em fevereiro deste ano, o programa para Educação Antirracista dentro do currículo das suas unidades escolares, e ao longo de 2022 vem colhendo diversos resultados sobre a temática e a luta pelo bom ambiente no convívio das escolas.

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