Lula enquadra PT para barrar protestos sobre equipe de transição
Petistas protestaram, sob o argumento de que, além de não conseguirem se comunicar com Alckmin, também não obtinham informações sobre o processo de transição
- Data: 12/11/2022 10:11
- Alterado: 12/11/2022 10:11
- Autor: Redação ABCdoABC
- Fonte: Estadão Conteúdo
Crédito:Reprodução
Desde o início da transição de governo, dirigentes do PT têm se queixado da falta de informações por parte dos nomes que comandam a equipe. Um grupo chegou a reclamar do vice-presidente eleito e coordenador da transição, Geraldo Alckmin (PSB), e disse se sentir excluído do novo governo. Foi por causa dessas críticas que, em reunião com deputados e senadores, anteontem, o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva dedicou um trecho de seu discurso para pedir a colaboração de todos e enquadrou o PT.
Nesta semana, petistas protestaram, sob o argumento de que, além de não conseguirem se comunicar com Alckmin, também não obtinham informações sobre o processo de transição nem com a presidente do PT, Gleisi Hoffmann, nem com o ex-ministro Aloizio Mercadante. Deputada, Gleisi é coordenadora de Articulação Política da equipe. Mercadante, por sua vez, comanda os grupos técnicos.
“Se alguém quiser contribuir, quiser mandar as propostas, por favor, não se sintam excluídos porque não estão na lista das pessoas que estão participando. O Alckmin é o coordenador, a Gleisi e o Mercadante têm papel importante e cada partido político que participou da coligação tem um papel importante. Nós estamos começando um processo”, afirmou Lula aos aliados, nesta quinta-feira, 10. Foi ali, na sede do Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB), que o presidente eleito mandou outro recado: nem todos os integrantes do gabinete da transição serão ministros. Nem mesmo Alckmin.