No Vôlei de Praia o dia começou mal para as russas
Ágatha e Bárbara superam russas, vão à semifinal e garantem medalha ao Brasil. Com dois times nas semifinais, em chaves separadas, no mínimo um bronze já é do país
- Data: 15/08/2016 10:08
- Alterado: 16/08/2023 19:08
- Autor: Redação
- Fonte: CBV
Bárbara (esq) e Àgatha vibram com ponto na partida das quartas de final
Crédito:Inovafoto/CBV
O vôlei de praia feminino garantiu na noite deste domingo (15.08) mais uma medalha ao Brasil. Ágatha e Bárbara Seixas superaram as russas Ukolova e Birlova por 2 sets a 0 (23/21, 21/16), em 49 minutos, avançando às semifinais do torneio. Com Larissa e Talita classificadas na outra semifinal, no pior cenário possível, ao menos um bronze está garantido para o país.
A carioca e a paranaense encaram a tricampeã olímpica Kerri Walsh e sua parceira April Ross, dos Estados Unidos, que derrotaram as australianas Bawden e Clancy, por 2 sets a 0 (21/14 e 21/16), na última partida das quartas de final. A partida da semifinal será realizada na terça-feira (16.08), ainda sem horário definido.
Foi o quarto jogo entre Ágatha e Bárbara contra as russas, e o placar agora é de empate, com duas vitórias de cada lado. Apesar de uma dificuldade no primeiro set, quando estiveram atrás na maior parte do tempo, tendo salvado dois set points, as brasileiras dominaram o jogo. Conseguiram 18 defesas que geraram contra-ataques, além de um aproveitamento melhor nos ataques.
Na primeira participação olímpica da parceria, bicampeã brasileira, campeã mundial, bicampeã do SuperPraia e campeã do Circuito Mundial, a briga por medalha já é garantida. Das quatro duplas do país nos Jogos, Ágatha e Bárbara são a mais longa, juntas desde o final de 2011.
Ágatha comentou que virar o primeiro set deu força para a dupla chegar à vitória e à semifinal. “O nosso time é de cumplicidade, de amizade, de superação, que se ajuda o tempo todo. Nas dificuldades, uma olha para a outra e sabe que pode contar, que a gente não tem pressão entre a gente, mas solidariedade. E isso fez com que a gente buscasse forças para virar o set”, lembrou Ágatha.
Bárbara comentou que teve de suportar a pressão de receber muitos saques no primeiro set, mas que venceu a adversidade. “Elas encaixaram o saque muito bem, o que dificultou para mim, tanto que me desconcentrou um pouco depois. Tentei forçar algumas bolas quando não precisava forçar. Mas nosso jogo voltou e conseguimos ganhar. Não quero pensar que tenho medalha garantida, quero pensar no próximo jogo, ganhar para chegar à final, e torcer para as meninas (Larissa e Talita) também vencerem e a gente ter, quem sabe, uma final brasileira aqui em Copacabana”, disse Bárbara.
O JOGO
Ágatha começou ligada no jogo. Dois bloqueios logo no início e 4 a 1 para as brasileiras na partida. As russas se aproveitaram de alguns erros das brasileiras, cresceram e empataram em 6 a 6. Explorando saques em Ukolova, a carioca e a paranaense retomaram a vantagem. Na primeira parada técnica o time verde e amarelo vencia por 11 a 10.
Um bom saque e um toque na rede de Bárbara deram a virada às europeias. As russas passaram a procurar Bárbara no saque e conseguiram vantagem de 14 a 11. A carioca tentou inverter o posicionamento, passou para a entrada de rede, mas os ataques continuaram pouco efetivos, cedendo pontos às adversárias.
As brasileiras não desistiram e melhoraram no jogo. Bárbara e Ágatha conseguiram dois bons contra-ataques. Depois, um ace de Ágatha reduziu a diferença para dois pontos: 17 a 19. As russas caminharam no placar e chegaram ao ponto do set: 20 a 18. Pressão no Brasil.
Bárbara salvou o primeiro set point. Na sequência, largada linda em ótimo contra-ataque de Ágatha: 20 a 20 no placar. As russas tiveram um saque para fora e um erro de ataque, dando o set point para o Brasil, que fechou em largada no corredor de Bárbara: 23 a 21.
O Brasil começou abrindo logo 4 a 0 no segundo set. Desconcentradas, as russas pararam o jogo para tentar recomeçar no placar. Dois erros do Brasil recolocaram as europeias no jogo, que reduziram para 6 a 4. Com bom volume na defesa, as brasileiras corrigiram o ataque e foram para o tempo técnico vencendo por 13 a 8.
Em contra-ataque de Bárbara, que virou o nome do segundo set, as brasileiras abriram 16 a 10 e pareciam que não dariam mais chances na partida. Birlova conseguiu reduzir, virando bons contra-ataques: 17 a 15 para o Brasil. Uma boa largada de Ágatha e um ataque para fora das russas deixou a vitória próxima. Outra largada de Ágatha deu o primeiro match point, finalizado logo na sequência, em contra-ataque de Bárbara: 21 a 16.