Simulado de acidente com produtos perigosos trazem realismo a exercícios
A atividade acontece ao longo do ano e conta com a participação da ARTESP, Polícia Militar Rodoviária, Corpo de Bombeiros, Samu, CETESB, empresas parceiras, entre outros
- Data: 09/11/2022 14:11
- Alterado: 09/11/2022 14:11
- Autor: Redação
- Fonte: ARTESP
Crédito:Divulgação ARTESP
Pelo menos uma vez por ano cada uma das 20 concessionárias do Programa de Concessões Rodoviárias do Governo do Estado de São Paulo, gerido pela ARTESP – Agência de Transporte do Estado de São Paulo, realiza em um trecho da malha sob sua responsabilidade uma atividade que, muitas vezes, pode ser confundida com um grave acidente rodoviário. Os exercícios de Simulado de Atendimento a Acidente com Produtos Perigosos tem como cenário um quadro que envolve pelo menos um caminhão, carros de passeio, às vezes ônibus com vários passageiros e, em quase totalidade das vezes, vítimas com ferimentos de gravidade leve a gravíssima ou presas em ferragens. E, claro, sempre há vazamento de produtos tóxicos na pista.
Entre as prioridades do exercício estão a capacitação das equipes de Atendimento Pré-Hospitalar (APH) e operacional frente a situações de emergência. A realização da atividade tem, entre outros objetivos, integrar as equipes das concessionárias com as de órgãos como Corpo de Bombeiros, Polícia Militar Rodoviária (PMRv), Defesas Civis estadual e municipais, Cetesb, Águia da Polícia Militar, entre outras. A ação é prevista no contrato das concessionárias que operam os 11,1 mil quilômetros de rodovias concedidas do Estado de São Paulo. Cabe a ARTESP coordenar a programação e a fiscalizar os simulados, conforme previsto na ficha técnica do Simulado de Atendimento a Acidente com Produtos Perigosos.
“É muito importante treinar e manter as equipes de atendimento em condições de assistência e suporte a qualquer ocorrência ou sinistro. A integração das equipes envolvidas com a Polícia Militar Rodoviária, Bombeiros, SAMU e Cetesb busca preparar para situações de emergência que podem acontecer diariamente nas rodovias concedidas”, diz Milton Persoli, diretor-geral da ARTESP.
ENTENDA COMO FUNCIONA
O cenário e o roteiro da ação são baseados nas experiências de rotina, estudos das características dos produtos transportados na malha viária, tipo de acidente registrado, e contam, ainda, com a contribuição de órgãos parceiros, além de serem aprovados pelo Programa de Redução de Acidentes (PRA), que define grau de dificuldade, quantidade de vítimas, quantidade de veículos envolvidos e o tipo do produto perigoso.
A preparação dos roteiros dos simulados, bem como a narrativa da história, são produzidos pelas equipes de operações das concessionárias e contam com representantes de diferentes áreas como engenharia, meio ambiente e sustentabilidade. Há sempre a participação de outros agentes que atuam nas rodovias, como a Polícia Militar Rodoviária, Bombeiros, SAMU, Defesas Civis estadual e municipais, Departamento de Estradas de Rodagem (DER), empresas parceiras, além de outros órgãos de resgate e do governo, para definição da atuação operacional de cada instituição.
Para a encenação, as vítimas (atores) são estudantes de enfermagem convidados, funcionários voluntários das próprias concessionárias, colaboradores terceirizados, entre outros. Os envolvidos também produzem cenografia, caracterização e maquiagem.
CENÁRIO
A cena é montada tendo como premissa o desafio técnico e treinamento mais próximo de uma situação real. Assim, poderão ser realizados ensaios de acordo com o grau de dificuldade proposto para a cena, bem como reuniões de alinhamento prévio com todos os envolvidos, onde participam tanto as equipes internas, quanto as externas como técnicos da área de operações da ARTESP e policiamento rodoviário.
Os veículos utilizados nos simulados são algumas vezes da própria concessionária, veículos de passeios sucateados para que as equipes de resgate e Bombeiros possam treinar as técnicas de salvamento de vítimas presas em ferragens. As operadoras contam com o apoio de empresas parceiras para o empréstimo de ônibus e caminhões de transportadoras, que participam do evento.
LOCAL
Já para a escolha do local são levados em consideração pontos como o baixo risco de congestionamento e que gere menor impacto aos demais usuários do trecho, garantindo também a segurança dos participantes. Antes do exercício simulado é feito um “simulado de mesa”, onde são realizados os últimos ajustes e orientações de posicionamento dos recursos para a encenação do atendimento ao acidente.
“Os simulados de acidente com derramamento de produtos perigosos trazem impactos positivos para a agilidade na tomada de decisão frente a uma situação real com múltiplas vítimas e contaminação de solo, pois reforçam que o treinamento das equipes operacionais e de APH, além de garantir integração fundamentais para salvar vidas”, explica Walter Nyakas, Diretor de Operações da ARTESP.
AVALIAÇÃO DO SIMULADO
A equipe da Diretoria de Operações (DOP) da ARTESP avalia o atendimento disponibilizado pelas concessionárias, fazendo sugestões e exigindo melhorias, quando necessário. São avaliados os tempos de resposta para o atendimento, sinalização, integração de todas as equipes envolvidas e os demais procedimentos adotados para que os objetivos sejam atingidos.