Orquestra Sinfônica Heliópolis interpreta obras de Mendelssohn
Maestro Paulo Galvão é quem comanda o programa, que acontece no Masp, no feriado de 15 de novembro, e tem ingressos acessíveis, com valores de R$10 (meia) a R$20
- Data: 07/11/2022 17:11
- Alterado: 15/08/2023 19:08
- Autor: Redação
- Fonte: Baccarelli
Tradicional concerto matinal no Masp
Crédito:Priscila Corderi
No feriado do dia 15 de novembro, no Masp, a Orquestra Sinfônica Heliópolis faz um concerto que conta com uma estreia dupla: é a primeira vez na temporada 2022 que o grupo se apresenta sob o comando de seu regente assistente, Paulo Galvão. E tem mais: o repertório traz ainda a Fantasia para Orquestra nº 1, composta pelo próprio maestro, que tem sua estreia mundial na ocasião.
Na tradicional faixa da manhã, a apresentação se inicia às 11h, e tem ingressos a preços populares — com vendas na bilheteria do museu e no , as entradas saem de R$ 10 (meia) a R$ 20.
Inicia o repertório a abertura As Hébridas (1830), do compositor alemão Felix Mendelssohn (1809-1847). Apelidada A Gruta de Fingal, a peça é um dos primeiros poemas tonais da história da música, e retrata uma ilha desabitada do arquipélago das Hébridas, na Escócia; em especial a famosa gruta do Fingal, conhecida pela beleza de suas colunas naturais e pelo som produzido pelo eco das ondas. Na sequência, a Orquestra Sinfônica Heliópolis interpreta outra obra de Mendelssohn, sua Sinfonia nº 3, Escocesa (1829-1842; ver. 1843). Concebida por volta da mesma época das Hébridas, a Terceira Sinfonia é uma de suas composições mais apreciadas pelo público, e também faz referência à Escócia — ambas foram inspiradas na viagem que o Mendelssohn fez pela Europa, passando por Itália, França e Grã-Bretanha, em um momento de expansão de horizontes determinante para sua carreira musical.
Fechando o repertório, a Orquestra Sinfônica Heliópolis faz a estreia mundial da Fantasia para Orquestra nº 1 (2020), de Paulo Galvão (1992). Seguindo-se às partituras luminosas de Mendelssohn, a obra de Galvão cria um interessante contraste. Composta no primeiro ano da pandemia, quando não havia perspectiva de um futuro livre do vírus, a fantasia tem um tom sombrio, oscilante, com momentos de clímax e frustrações, retratando as variações de humores, expectativas e possibilidades próprias do período. Com apenas 29 anos, Paulo Galvão é ex-aluno do Instituto Baccarelli e já integrou a Orquestra Sinfônica Heliópolis; hoje, é maestro assistente da Orquestra Sinfônica Heliópolis, e regente titular da Orquestra Juvenil Heliópolis. A Fantasia para Orquestra nº 1 é sua segunda composição – a outra é um quinteto para cordas e trombone baixo –, e a primeira para um grupo sinfônico.