CCSP abre a 2° Mostra do Programa de Exposições
A 2° Mostra de 2022, que tem duração de quatro meses, reúne 12 artistas, dentre os quais estão Rosana Paulino, Marcelino de Melo Gadi, Xadalu Tupã Jekupé, Dora Longo Bahia e Mulambö
- Data: 03/11/2022 20:11
- Alterado: 15/08/2023 19:08
- Autor: Redação
- Fonte: CCSP
Obra: Quebradinha - Artista: Marcelino de Melo Gadi (Nenê)
Crédito:Artur Cunha
No dia 5 de novembro, às 15h, tem início a 2° Mostra do 32° Programa de Exposições do Centro Cultural São Paulo. Este edital público municipal apresenta exposições individuais simultâneas dos selecionados por uma Comissão Julgadora. Paralelamente, duas artistas convidadas pela curadoria expõem projetos especiais.
A construção do repertório dos pensamentos que emergem no campo das artes visuais na atualidade, estabelecendo relações entre artistas em início de carreira e artistas já consagrados, é o objetivo do Programa.
Nesta segunda Mostra de 2022, serão expostos os trabalhos de 10 artistas selecionados(as) e duas convidadas. Entre os(as) artistas e obras escolhidos pela Comissão Julgadora, estão: Camila Soato, Imundas e abençoadas; Lia Mae D Castro, Seus filhos também praticam; Juliana de Oliveira, Dialética – Corpo, história e som; Marcelino de Melo Gadi (Nenê), Quebradinha: Escrevendo o hoje para que o amanhã não fique sem ontem; Marjô Mizumoto, Enquanto eles dormem; Mulambö, O penhor dessa igualdade; Natali Mamani, Kuntur Maman; Rogério Vieira, Somos todos alvos aqui, Rose Afefé, paredememória; Xadalu Tupã Jekupé, Tekoa Tenondé “Aldeia Futuro”.
Camila Soato apresenta uma série composta por 20 pinturas carregadas de linguagem satírica; Lia Mae D Castro traz o resultado de sua pesquisa na qual utiliza a prostituição como ferramenta de trabalho e investigação; Juliana de Oliveira reúne música e pintura, e mostra a interseção dessas duas linguagens como modo de construção da presença jovem, negra e periférica em instituições culturais; Marcelino de Melo Gadi (Nenê) Quebradinha: produz esculturas em miniatura, feitas à mão e a partir de materiais reciclados, reproduzindo a vida periférica; Marjô Mizumoto traz quatro pinturas que orbitam a desmistificação sobre outras culturas, já que é comum perceber elementos da cultura nipônica marcando presença em algumas de suas pinturas; Mulambö questiona o hino nacional, que celebra a garantia de harmonia e união, mesmo que o custo disso seja a morte; Natali Mamani conta a história da criação do mundo andino e oferece uma nova representação de seus principais simbolismos; Rogério Vieira apresenta a intenção de manter vivo o debate sobre a violência policial sofrida pelas pessoas das periferias e favelas do Brasil, na sua maioria, negras; Rose Afefé revela que a valorização dos saberes tradicionais é o que nos faz o que somos e é o barro que molda os caminhos para a resistência da comunidade e suas práticas; Xadalu Tupã Jekupé trata do dilema contemporâneo que aterroriza as populações indígenas: a contínua exploração e roubo do solo.
Em paralelo, no quadro de artistas convidados, expõem projetos inéditos: Rosana Paulino, com Biografia de uma obra, que reúne um conjunto de obras e sublinha processos artísticos de Paulino em torno da obra Parede da Memória e da série Geometria à Brasileira; e Dora Longo Bahia que exibe Minas, um conjunto de trabalhos que remetem a cenários de guerra e conflito armado, com a presença de mulheres nesses campos minados, com as séries Espiãs e Minas.
Confira a programação:
32° Programa de Exposições CCSP – 2° Mostra 2022
05/11 a 26/02 de 2023
Abertura: 5/11 às 15h
Piso Caio Graco
Visitação:
terça a sexta, das 10h às 20h
sábados, domingos e feriados, das 10h às 18h
Classificação indicativa: livre
Gratuito, não há necessidade de retirada de ingressos
Endereço: Rua Vergueiro, 1000 – Paraíso, São Paulo – SP
Ficha Técnica | Curadoria de Artes Visuais CCSP
Curadoria: Maria Adelaide Pontes e Sylvia Monasterios.
Arquitetura de Exposição: Karen Doho.
Produção de Exposição: Marllon Caetano.
Assistência de Curadoria: Victor Hugo de Souza.
Estágio: Maria Luiza Meneses.