Centro Cultural Fiesp apresenta exposição fotográfica “Cidades Líquidas”

Mostra retrata a transitoriedade das cidades e as transformações das relações humanas, por meio de várias camadas da realidade

  • Data: 02/11/2022 15:11
  • Alterado: 15/08/2023 19:08
  • Autor: Redação
  • Fonte: Assessoria
Centro Cultural Fiesp apresenta exposição fotográfica “Cidades Líquidas”

Centro Cultural Fiesp apresenta exposição fotográfica "Cidades Líquidas"

Crédito:Divulgação

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A transitoriedade das cidades e as transformações das relações sociais e culturais – a “modernidade líquida”, definida por Baumann – podem ser observadas nas imagens de Gustavo Minas. Cidades Líquidas, em cartaz de 22 de novembro de 2022 até 23 de abril de 2023, na Galeria de Fotos, no Centro Cultural Fiesp (CCF), tem curadoria de Rosely Nakagawa e reúne 55 obras do fotógrafo, que retrata o cotidiano dos grandes centros urbanos, com um olhar apurado para a relação do espaço, tempo e o ser humano. 

Minas captura minuciosamente várias camadas das realidades, definidas por diferentes necessidades pessoais de múltiplos grupos socioeconômicos. Do homem branco executivo que se fecha em um automóvel de luxo, até a diarista que leva horas para se locomover por meio de transporte público lotado. Dos lugares construídos para garantir, em nome do medo e da segurança, o isolamento e a desumanização nas relações sociais e culturais. Leva em consideração que a cidade contemporânea não tem uma configuração de paisagem única, linear, geral. Clica a pluralidade, acentuada ainda mais pela velocidade tecnológica, como a do uso e da transmissão da imagem como instrumento de comunicação, localização e informação.

Segundo a curadora, ele “insere seu olhar na percepção de um espaço/tempo cibernético. A experiência de ir e vir é indicada em janelas espelhadas individuais. A realidade presente é a da internet onde quer que estejamos. Conhecemos o lugar pelo link. O sujeito, pelo perfil. As paredes são espelhos, as poucas janelas se abrem para dentro; as portas são túneis de telas planas; as escadas sobem automaticamente para o subsolo. O percurso é um mapa digital, no qual sensores que decidem seu itinerário e indicam que você chegou a lugar nenhum. Suas imagens nos trazem esse desconforto do passageiro no ônibus, que embarca e se senta para ver o sol se pôr nos relógios digitais.”

As relações visuais entre o lugar simbólico, o ser e o estar, no entanto, são características marcantes do fotógrafo. Um exemplo são os registros feitos em Brasília, que fogem do estereótipo das formas geométricas arquitetônicas e das manifestações e desfiles no Palácio da Alvorada e destacam os tempos fluidos, líquidos. 

A exposição é uma produção da Holy Cow Criações, uma empresa especializada no desenvolvimento e implantação de soluções em cultura e investimento social para empresas privadas, institutos, fundações, artistas e coletivos. 

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  • Data: 02/11/2022 03:11
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