Construção civil se antecipa às eleições
Construtoras preparam lista de reivindicações para candidatos às Prefeituras do Grande ABC. Tempo de aprovação, custos, plano diretor estão na lista prioritária
- Data: 13/06/2016 16:06
- Alterado: 13/06/2016 16:06
- Autor: Redação
- Fonte: ACIGABC
Crédito:ACIGABC
A diretoria de Construtoras e Incorporadoras da ACIGABC (Associação das Construtoras, Imobiliárias e Administradoras do Grande ABC) se reuniu na última semana (8 de junho) na Ekopar Incorporadora Imobiliária, em São Caetano, para redigir documento com reivindicações da categoria e que será encaminhado para os candidatos à Prefeitura das sete cidades do Grande ABC.
Sob a organização do diretor de construtoras, Paulo Sérgio Augustini, a primeira reunião histórica fora da sede de São Bernardo reuniu 53 pessoas engajadas em apresentar problemas pertinentes ao setor e ideias para pauta de reclamações. Entre os principais pontos levantados na reunião estão a demora no tempo de aprovação de projetos, altas taxas, custos elevados, plano diretor e zoneamento urbano.
“São itens que nós que trabalhamos com construção civil nos defrontamos dia a dia e a impressão de temos é de que a administração pública se empenha apenas para tornar a nossa rotina ainda mais difícil”, explica Paulo Augustini. Entre os problemas que afetam a maioria das construtoras está a burocratização e a consequente demora em aprovação de projetos junto à administração municipal e órgãos ambientais. “O pior é perder o time do mercado. Uma coisa é lançar um empreendimento hoje e outra é lançar 20 meses depois. Há projetos que demoram 2, 3 anos para serem aprovados. Perdemos assim o senso de previsibilidade de lançamentos”, afirma.
O diretor Paulo Augustini destaca a importância da união entre os empresários do setor para cobrar dos futuros prefeitos ações que possam contribuir com o desenvolvimento da categoria. “A construção civil é um dos setores que mais gera emprego. Se somarmos o número de empregos que geramos, teríamos a força de uma montadora de veículos. Mas quando não temos obra para abrigar os funcionários, somos obrigados a dispensar. Não temos incentivos como montadoras, que contam com lay off pago pelo governo. A nível municipal, o que podemos fazer é nos unir para fortalecer a nossa categoria e juntos fazermos reivindicações para estes candidatos a fim de trabalhar em ações para que possamos gerar ainda mais empregos.
O documento com as solicitações das construtoras será redigido pela área técnica da ACIGABC e posteriormente analisado pelo departamento jurídico. As reivindicações serão entregues a todos os candidatos das sete cidades em eventos organizados pelas vice-diretorias da ACIGABC.