Balanço da Brock – 19/10/2022

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  • Data: 19/10/2022 22:10
  • Alterado: 19/10/2022 22:10
  • Autor: Andréa Brock
  • Fonte: ABCdoABC
Balanço da Brock – 19/10/2022

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Mais um tucano se vai…

O ex-governador de São Paulo, João Doria, anunciou hoje em sua conta no Twitter, sua desfiliação no PSDB após 22 anos no partido. Diz a nota do ex-governador: “Inspirado na social democracia e em nomes como Franco Montoro, Mário Covas, José Serra e FHC, cumpri minha missão política partidária pautado na excelência da gestão pública e em uma sociedade mais justa e menos desigual. Encerro essa etapa de cabeça erguida. Orgulhoso pela contribuição que pude dar a São Paulo e ao Brasil, graças à generosidade e à confiança de todos aqueles que optaram pelo meu nome em três prévias e duas eleições. Com minha missão cumprida, deixo meu agradecimento e o firme desejo de que o PSDB tenha um olhar atento ao seu grandioso passado em busca de inspiração para o futuro. E sempre em defesa da democracia, da liberdade e do progresso social do Brasil”, escreveu Doria. 

Crise no ninho tucano 

O PSDB, no governo do então presidente Fernando Henrique Cardoso, consolidou a estabilização da moeda e o fim da hiperinflação com duas vitórias em primeiro turno de FHC, em 1994 e 1998. Quatro derrotas para o PT iniciaram a redução do capital político do partido. Esse ano não se esperava bons ventos para o PSDB. Pela primeira vez o partido não lançou candidato a presidente. A candidatura de Doria não decolou, o que o fez desistir de disputar a presidência. A sigla optou então por apoiar Simone Tebet (MDB) e indicou a senadora tucana Mara Gabrilli para ser vice na chapa. Em São Paulo, Rodrigo Garcia não foi ao segundo turno e o partido fez somente 13 deputados federais (em 1998 o partido elegeu 99 deputados federais), não elegeu nenhum senador e aguarda a resposta das urnas em quatro estados, sendo dois deles já governados por tucanos: Rio Grande do Sul, Mato Grosso do Sul, Pernambuco e Paraíba. É aguardar para ver o que sobra de um dos partidos que já foi o maior e com maior número de lideranças de destaque no país. 

Rodrigo Maia declara apoio a Lula 

O deputado federal Rodrigo Maia (PSDB) anunciou hoje que votará em Lula nas eleições. Ele afirmou ao programa Estúdio I, da GloboNews, que tem divergências “profundas” com o presidente Jair Bolsonaro, que busca se reeleger. “É óbvio que minhas divergências são profundas (com Bolsonaro). É obvio que meu voto estará no outro campo que não o do presidente Bolsonaro. É óbvio que meu voto será, depois de 33 anos, – a última vez que votei no presidente Lula foi em 1989-, naquele que eu acredito que vai afirmar os valores democráticos, que vai preservar o nosso meio ambiente e que, principalmente, vai olhar para os mais pobres”, disse Maia no programa. 

No final do primeiro turno, quando o governador derrotado Rodrigo Garcia declarou apoio à Tarcísio de Freitas e Bolsonaro no segundo turno, Maia pediu exoneração do cargo de presidente do Desenvolve SP. Desde domingo, logo após o debate realizado na Band entre os candidatos Lula e Bolsonaro, Rodrigo Maia tem chamado Bolsonaro de “pai do orçamento secreto”. Em vídeo gravado por Maia e divulgado em sua conta no Twitter, ele afirmou que a prerrogativa da criação do orçamento secreto é do presidente. “Está secreto para a gente e para a imprensa, para ele não.  No vídeo ele afirmou que Bolsonaro foi quem criou o orçamento secreto.

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