Semana do Pescado 2022 movimenta todas as regiões do país em setembro

Evento envolve supermercados, restaurantes e até feiras livres com espaços gastronômicos abertos para a população

  • Data: 13/09/2022 17:09
  • Alterado: 13/09/2022 17:09
  • Autor: Redação
  • Fonte: Assessoria
Semana do Pescado 2022 movimenta todas as regiões do país em setembro

Crédito:Fabio Rodrigues Pozzebom - Agência Brasil

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Para fomentar ainda mais a cadeia da produção de peixes cultivados no país, acontece a 19ª edição da “Semana do Pescado”, (até 15 de setembro), em todas as regiões do Brasil. O evento considerado pelo varejo “segunda quaresma” visa aumentar o consumo de produtos da pesca e da aquicultura; atividades que envolvem milhares de pessoas em todo país. A expectativa é o aquecimento do setor e atrair novos negócios.

Criada pelo extinto Ministério da Pesca e Aquicultura (MPA), a campanha incentiva consumo de pescado, rico em nutrientes, como forte aliado para saúde, tendo impacto direto na economia brasileira.  Na última edição da “Semana do Pescado”, o segmento alcançou 30% de aumento no consumo em relação à edição de 2020.

“Semana do Pescado deste ano pretende ser a maior, alcançando 100% dos estados brasileiros, com engajamento mais forte do setor varejista, além de incentivar produto no cardápio escolar, pois temos grande mercado com mais de 40 milhões de alunos”, comenta Altemir Gregolin, Ex Ministro da Pesca, presidente do IFC Brasil, e membro da Coordenação Nacional do evento.

Durante toda a campanha a Organização da “Semana do Pescado” realizou diversas ações de impulsionamento junto às indústrias, supermercados, restaurantes, feiras livres e outros pontos de venda no atacado e varejo, com eventos gastronômicos e afins para possibilitar maior acesso da população.

Desempenho da produção de peixes por estado

O estado do Paraná é o líder nacional de produção de peixes, com 172.000 toneladas em 2020 contra 154.200 toneladas no ano anterior.

Um dos grandes destaques novamente é a tilápia, que cresceu 11,50% no estado. Uma explicação para estes excelentes resultados é o desempenho cooperativista, com incentivos à produção.

O bom desempenho dos peixes nativos coloca Rondônia em terceiro lugar, mesmo tendo recuado 4,80% em 2020. O volume (65.500 toneladas) ainda é bem acima do quarto colocado que é Santa Catarina, cuja produção cresceu 3% e atingiu 51.700 toneladas.

Já São Paulo está na segunda posição, com crescimento de 6,90% em 2020 e o que explica esse avanço é a regulamentação ambiental nos últimos dois anos, além de ser um grande centro consumidor, o que atrai investimentos.

No Maranhão, quinto maior produtor de peixes em 2020, o crescimento foi de 6% e alcançou 47.700 toneladas no ano, com aumento da produção de pangasius.

Minas Gerais se manteve na sétima posição do ranking de estados produtores, com aumento de 14,80% na produção (44.300 toneladas). Mato Grosso do Sul também ficou estável (8ª posição), com crescimento de 8,70% na produção (32.390 toneladas).

Além disso, houve inversão de posição também nos 9º e 10º lugares. A Bahia superou Goiás e ficou em 9º, com 30.270 toneladas (+ 5,80%). A produção de Goiás manteve-se estável no ano, com sutil aumento de 0,20% (30.062 toneladas).

Desempenho da Pesca Extrativista

Dados relatados na mais recente edição do documento “State of The World Fisheries and Aquaculture” (SOFIA) (FAO, 2022), demonstraram volume de produção recorde em 2020, de 214 milhões de toneladas métricas, apresentando novo recorde mundial e aumento de 3% frente aos dados de 2018. A atividade de pesca extrativista, continental e marítima foi responsável pela captura de 90,3 milhões de toneladas, em valor estimado de US$ 141 bilhões. Enquanto isso, a aquicultura foi responsável por cerca de 87,5 milhões de toneladas de animais aquáticos, no valor de US$ 264,8 bilhões.

No Estado do Rio de Janeiro, a pesca extrativa representa a principal origem do pescado, frente aos índices produtivos aquícolas fluminenses. Segundo dados do “Projeto de Monitoramento da Atividade Pesqueira da Bacia de Santos (PMAP)” e do “Projeto de Monitoramento do Desembarque Pesqueiro (PMDP)” (PMAP, 2021; PMDP, 2021), observou-se que produção pesqueira estadual em 2020 foi de 66.390,3 toneladas, provenientes principalmente da pesca industrial, com uso do cerco de traineira, destinado à captura de pequenos pelágicos, como sardinha-verdadeira, sardinha-laje e sardinha boca-torta. Algumas espécies de peixes, como corvina, dourado e anchova, capturados através de diversos apetrechos também se destacaram, bem como a peroá-preta, capturada pela pesca artesanal no Norte Fluminense.

O Instituto de Pesca (IP-APTA), da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, indica que em 2012, a pesca extrativista paulista foi de 12,1 mil toneladas de pescado. Principais espécies industriais: sardinha-verdadeira, corvina e pescada-foguete, capturadas com cerco, parelha e arrasto duplo. Já a pesca artesanal conta com camarão-sete-barbas, manjuba-de-iguape e corvina, capturados com arrasto-duplo e redes de emalhe.

Projeto de Monitoramento da Atividade Pesqueira do Estado de Santa Catarina, mantido pelo Laboratório de Estudos Marinhos Aplicados, da Escola do Mar, Ciência e Tecnologia da Universidade do Vale do Itajaí (UNIVALI), informa que total da pesca extrativista, no triênio 2017 a 2019, na região, correspondeu a aproximadamente 210 mil toneladas de pescado. As principais espécies capturadas da pesca industrial foram sardinha-verdadeira, sardinha-laje e corvina.  Na pesca artesanal, aparecem corvina, camarão-sete-barbas e tainha.

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  • Data: 13/09/2022 05:09
  • Alterado:13/09/2022 17:09
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