10 mil pessoas em situação de vulnerabilidade são inseridas no programa Bolsa Trabalho

O programa Bolsa Trabalho, parceria entre a Prefeitura de São Paulo e o Governo do Estado, está com 9,8 mil pessoas, em situação de rua e em alta vulnerabilidade social, cadastradas para integrar atividades de capacitação profissional e trabalho. Os participantes contarão com uma bolsa-auxílio de R$ 540 por até cinco meses, cumprindo 20 horas semanais de atividades, de segunda a sexta-feira, em equipamentos públicos da cidade.

Foram duas fases de cadastros realizados em conjunto entre as secretarias municipais de Desenvolvimento Econômico e Trabalho, de Assistência e Desenvolvimento Social e de Direitos Humanos e Cidadania. Os técnicos fizeram abordagens em centros de acolhida e albergues, a fim de efetivar a inserção do público-alvo. Em 1º de agosto, 5,3 mil pessoas, que atenderam os critérios do programa, iniciaram as oficinas socioemocionais e avaliação de perfil profissional. Os 4,5 mil inscritos serão comunicados a partir da próxima semana para retornarem ao Cate – Centro de Apoio ao Trabalho e Empreendedorismo da Prefeitura de São Paulo para assinatura do termo de compromisso e responsabilidade, que habilita o cidadão a integrar o Bolsa Trabalho.

“Já estamos acompanhando esse primeiro grupo, trazendo novas perspectivas para esses cidadãos. Na atividade de integração, conseguimos ver nos olhos das pessoas e na conversa com elas a esperança e a dignidade com a oportunidade de qualificação, trabalho e geração de renda”, destaca a secretária de Desenvolvimento Econômico e Trabalho, Aline Cardoso.

O programa Bolsa Trabalho foi dividido em três grupos com base nos endereços dos equipamentos de acolhida ou locais de moradia. As atividades como zeladoria, apoio ou administrativa serão desenvolvidas em equipamentos públicos das esferas municipal e estadual, contando com 170 locais para capacitação profissional.

Todos os inscritos no programa Bolsa Trabalho têm os dados fornecidos no cadastro analisados pelas equipes técnicas dos órgãos envolvidos. Entre os critérios avaliados estão ser maior de 18 anos, ter renda familiar de até meio salário mínimo por pessoa, residir no estado de São Paulo há pelo menos dois anos, estar desempregado, não receber auxílio como seguro-desemprego e BPC – Benefício de Prestação Continuada, entre outros.

A prioridade na seleção para integrar o programa é para pessoas em situação de rua, mulheres arrimo de família, maior tempo de desemprego e faixa etária avançada.

Reencontro

A ação do Bolsa Trabalho na Capital está no âmbito do Programa Reencontro da Prefeitura de São Paulo, que conta com tem três eixos de atuação: Conexão, Cuidado e Oportunidade. O primeiro prevê estimular a recriação de vínculos preexistentes e o fortalecimento da rede de apoio. O primeiro elemento de conexão entre o poder público e o indivíduo em situação de rua é a abordagem social, sendo um instrumento fundamental de vinculação das pessoas à política pública e às demais etapas e eixos do Programa Reencontro.

Já no segundo eixo, Cuidado, serão oferecidas moradias subsidiadas para aqueles que não possuem renda suficiente, nas seguintes modalidades: locação social, que é o aluguel subsidiado conforme renda; a renda mínima ou o auxílio pecuniário para pessoas sem problemas de dependência física e psicológica de drogas; moradia transitória ou as unidades com alta rotatividade, para que se busque evitar o processo crônica, promovendo rápido resgate da autonomia.

O terceiro eixo é o Oportunidade, que consiste na intermediação de mão de obra e emprego, por meio da capacitação profissional, da alocação em contratos públicos (Decreto nº 59.252/20), da busca ativa por vagas e pelo estímulo à contratação no setor privado.