Balanço da Brock – 17/08/2022

Noite de recados 

A posse do Ministro Alexandre de Moraes no Tribunal Superior Eleitoral ontem, 16 de agosto, data de início oficial das campanhas eleitorais, traz um marco nas eleições desse país. Com um discurso recheado de recados ao presidente Jair Bolsonaro, Alexandre de Moraes fez defesa ao sistema eleitoral e às urnas eletrônicas, à democracia, citando se tratar do único regime político em que o poder emana do povo, citou a diferença entre “liberdade de expressão e liberdade de destruição da democracia”, criticou as fake news e o discurso de ódio. Ao iniciar o seu discurso, Moraes citou a agilidade do sistema eletrônico e a confiança no processo eleitoral. “Somos uma das maiores democracias do mundo em termos de voto popular, estando entre as quatro maiores democracias do mundo. Mas somos a única democracia do mundo que apura e divulga os resultados eleitorais no mesmo dia. Com agilidade, segurança, competência e transparência. Isso é motivo de orgulho nacional”, disse o novo presidente do TSE. O público presente se levantou e o aplaudiu de pé. 

Um show de democracia

A posse do novo ministro do TSE foi marcada pela importância dada a Democracia e às instituições. A começar pela presença de diversas lideranças políticas nacionais que, deixando de lado desavenças do passado, permaneceram lado a lado na noite da posse de Moraes. Além de Bolsonaro e os ex-presidentes Michel Temer, Lula, Dilma Roussef e José Sarney, estiveram presentes o presidente do Congresso, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), o presidente da Câmara, Arthur Lira, (PP-AL) e o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luiz Fux, além de deputados, ministros do STF, senadores, 22 governadores e representantes de 40 países. Os candidatos a presidente Ciro Gomes e Simone Tebet também compareceram.

Avaliação 

Alguns críticos políticos avaliaram que os fatos ocorridos na posse de Alexandre de Moraes ao TSE deverão colocar um ponto final nos discursos de críticas ao sistema eleitoral e às urnas eletrônicas do Brasil por parte do presidente Jair Bolsonaro. Eles avaliam que faltará “clima” para o presidente continuar com a sua tese de que o sistema eleitoral no Brasil não é 100% confiável, haja vista que foi o mesmo sistema utilizado na campanha de 2018 que o levou a vencer as eleições presidenciais. 

Homenagem a Milton Bigucci 

O empresário Milton Bigucci, presidente da MBigucci, será homenageado com o Título de Cidadão Honorário de Santo André no próximo dia 24 de agosto, quarta-feira, em Sessão Solene no Plenário da Câmara Municipal de Santo André. A homenagem partiu do Projeto de Decreto Legislativo 01/2021, de autoria do vereador Lucas Zacarias. Bigucci é um dos mais prósperos empresários do Grande ABC. Atua há 61 anos no setor da Construção Civil, dos quais 22 deles como presidente da Associação dos Construtores, Imobiliárias e Administradoras do Grande ABC. Em Santo André já entregou 62 empreendimentos residenciais (2.028 unidades). Em 2021 iniciou a construção do seu maior condomínio industrial e logístico na cidade, o MBigucci Business Park Santo André em um terreno com 110 mil metros quadrados localizado na avenida dos Estados. Recentemente a MBigucci foi reconhecida na publicação City´s Book de Santo André como a primeira construtora e terceira empresa que mais investiu na cidade. 

De volta ao ninho 

O ex-presidente Lula (PT) iniciou ontem o primeiro dia oficial da campanha eleitoral 2022 em frente à montadora Volkswagen, em São Bernardo. Lula foi recebido com aplausos pelos metalúrgicos e afirmou que sua primeira medida, caso seja eleito presidente, será reajustar a tabela do Imposto de Renda. Lula esteve acompanhado pelo candidato a governador do PT, Fernando Haddad e pelo ex-governador Márcio França, que é candidato ao Senado por São Paulo pelo PSB com o apoio de Lula e de Haddad. O prefeito de Diadema, município administrado pelo PT, José de Fillipi Júnior, também acompanhou a visita. Haddad lembrou do papel de São Bernardo na luta por direitos trabalhistas e pela redemocratização do país. “Se não fosse a luta dos nossos sindicatos talvez ainda estivéssemos vivendo tempos sombrios com a Ditadura Militar”, afirmou Haddad.