Ao completar 90 anos, Revolução de 1932 é tema de exposição no MIS

Na mostra os visitantes podem conferir itens históricos, fotografias, instalações e informações sobre o contexto da época

  • Data: 09/08/2022 15:08
  • Alterado: 09/08/2022 15:08
  • Autor: Redação
  • Fonte: MIS
Ao completar 90 anos, Revolução de 1932 é tema de exposição no MIS

Crédito:Divulgação

Você está em:

Há 90 anos, São Paulo vivia um dos momentos mais emblemáticos da sua história: a Revolução Constitucionalista de 1932. Considerado o primeiro grande levante contra o Governo de Getúlio Vargas e o último conflito armado de grandes proporções em território brasileiro, o momento histórico é o tema da exposição “1932: Revolução, Constituição e Cidadania – A força de um ideal”. A mostra está em cartaz no Museu da Imagem e do Som (MIS), instituição da Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Governo de São Paulo, até 11 de setembro. Os ingressos, gratuitos, devem ser reservados pelo site: mis-sp.byinti.com.

A exposição foi desenhada e concebida para ser imersiva e contemplativa, com peças e cenários recriados a partir de pesquisas e fotos, que ilustram de forma didática o panorama brasileiro e mundial na década de 30, ao transportar o visitante para os 90 dias da revolução.

Além de conferir itens históricos originais, fotografias, instalações e textos que elucidam questões da época, o visitante tem a oportunidade de vivenciar tudo o que ocasionou o conflito até seus desdobramentos históricos, tecnológicos e políticos gerados pelo movimento Constitucionalista – o objetivo da exposição é tornar o assunto mais acessível para o público. “O ano de 1932 faz parte da luta pela liberdade e pela democracia”, afirma a curadoria.

As surpresas sensoriais acontecem desde o início, situando o visitante nos dias que antecederam a luta armada em ordem histórica pela revolta popular.

Relembra a morte dos 4 estudantes conhecidos como “MMDC”, cita a alternância da “Política do Café com Leite”, passa pela modernização das indústrias paulistas,  realça a influência do rádio como meio de comunicação e informações do front, dá um vislumbre do que eram as trincheiras e seus “aparatos” bélicos, assombra o visitante  com o “Fantasma da Morte”, o trem blindado, – terror das tropas getulistas estrategicamente posicionado na entrada do “Túnel da Mantiqueira”, explica de forma lúdica algumas batalhas e movimentação de tropas num mapa de guerra tipo arcade interativo e termina com a “Proeza Paulista”, ato de ousadia cometido por pilotos paulistas que ao sobrevoarem o Rio de Janeiro, ao invés de bombardearem a capital, despejaram folhetos explicando aos cariocas o movimento Constitucionalista.

Todas as peças da mostra trazem algum tipo de interação que certamente deixarão um residual de memória marcante e duradouro para o visitante, uma vez que todo o espaço expositivo é um grande ambiente instagramável, lúdico e divertido.

A mostra ocupa parte do espaço expositivo do 2º andar do MIS, ao lado da exposição “Cem anos modernos”, já em cartaz. A museologia é de Beatriz Cruz e a arquitetura de Icaro Hueza.

Revolução de 1932

A Revolução Constitucionalista de 1932 representou um momento histórico no processo de construção da democracia no Brasil. A defesa de eleições livres, com voto secreto, voto feminino, e a convocação de uma Assembleia Nacional Constituinte, deram ao movimento um caráter ímpar na história republicana.

A revolta teve início em 9 de julho e é considerada o maior conflito bélico da história brasileira do século 20. Foram mais de 100 mil homens combatendo – estima-se que o Exército Federal teve cerca de 55 mil homens nas frentes de batalha; os constitucionalistas, aproximadamente 30 mil soldados – dos quais 10 mil eram voluntários –, e mais de 30 mil das forças policiais do Rio de Janeiro, Minas Gerais, Rio Grande do Sul e Mato Grosso.

A guerra acabou ficando restrita fundamentalmente a São Paulo: o apoio sinalizado por Flores da Cunha, interventor no Rio Grande do Sul, não ocorreu, e as oposições estaduais também não tiveram força militar para criar outros focos de rebelião, mesmo onde havia apoio popular, como no Pará, Rio Grande do Norte e Piauí.

Rapidamente, São Paulo foi cercada por tropas federais e, após 87 dias de combate, os paulistas se renderam no dia 4 de outubro de 1932. Na época, foram registrados 934 mortos – hoje, acredita-se que ao menos 2.200 pessoas tenham falecido durante o conflito. Atualmente, o Obelisco do Ibirapuera abriga os restos mortais dos mártires da Revolução de 1932. Para o Diretor-Geral do MIS Marcos Mendonça São Paulo foi derrotada nas armas, mas foi vitoriosa em seus ideais, já que em 1933 tivemos eleições para a Constituinte e em 1934 uma nos Constituição.

A exposição é uma realização do Governo Federal, Ministério do Turismo, Secretaria Especial da Cultura, Governo do Estado de São Paulo, por meio da Secretaria de Cultura e Economia Criativa de São Paulo.

Agradecimentos

Instituições: Acervo Histórico da Assembleia Legislativa de São Paulo, Arquivo Público do Estado de São Paulo, Associação dos Funcionários Públicos do Estado de São Paulo, Centro de Memória do Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo, Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo, Museu da Polícia Militar de São Paulo, Museu Histórico Municipal de Piraju e Sociedade Numismática Brasileira.

Pessoas: Bruno Henrique Miniuchi Pellizzari, Coronel Galdino Vieira da Silva Neto, Gilberto Fernando Tenor, José Roberto Briguenti e Marcelo Augusto Tibúrcio.

SERVIÇO

1932: revolução, constituição e cidadania – a força de um ideal

Local: Espaço Expositivo 2º andar – MIS (Av. Europa, 158 – Jardim Europa / São Paulo)

Data: De 9 de julho a 11 de setembro

Horário: Abertura (9/7): 15h | Terça a domingo, das 11h às 19h 

Ingresso: Gratuito – Reserva no site mis-sp.byinti.com

Classificação: Livre 

Compartilhar:
1
Crédito:Divulgação
1
Crédito:Divulgação

  • Data: 09/08/2022 03:08
  • Alterado:09/08/2022 15:08
  • Autor: Redação
  • Fonte: MIS









Copyright © 2024 - Portal ABC do ABC - Todos os direitos reservados