Metaverso pode impulsionar o mercado de trabalho

A vivência no metaverso tem se tornado algo cada vez mais comentado e discutido. Esse desenvolvimento da tecnologia traz novas possibilidades de conectar pessoas e expandir as oportunidades. Mas você sabe como funciona e como isso pode impulsionar o mercado de trabalho?

O professor Angelo Zanini, coordenador do curso de Ciência da Computação do Instituto Mauá de Tecnologia (IMT), explica que o espaço virtual proposto pretende concentrar nesse ambiente todos os tipos de meios de comunicação atuais em um processo imersivo, com cenários virtuais altamente tecnológicos que facilitem e motivem a convivência com as pessoas, representadas por avatares em um ambiente de hiper-realidade, em que a realidade e fantasia se misturam.

Como o coordenador explica, esses novos espaços permitem criar ambientes de convivência virtual que suprem os desejos em diferentes aspectos, pois não são limitados pelo que existe na realidade nem pelas leis da física. “A proposta é a construção de um mundo novo, na forma de uma extensão do atual, onde as pessoas se encontrem em tempo real, mas em ambientes virtualmente construídos”, comenta Zanini.

E é nesse ambiente que se abrem muitas vagas de trabalho e surgem possibilidades de novas profissões. Muitas delas ainda não existem e vão gerar a necessidade de formar profissionais rapidamente para tais áreas. “Isso vai desde a necessidade de designers de cenários virtuais e criadores de personagens até organizadores de eventos e profissionais de marketing digital nessa nova plataforma social”, acrescenta o professor.

O especialista ainda comenta que essa aposta do mercado é algo que vai se consolidar. “A criação dessa tecnologia é fruto de bilhões de dólares de investimentos. As empresas de tecnologia da informação estão altamente capitalizadas e podem fazer investimentos expressivos, para popularizar a tecnologia e ganhar adeptos rapidamente.” Porém, ele esclarece que, para que essas plataformas sejam amplamente utilizadas, o acesso aos recursos devem ser facilitados.

“É preciso que haja um barateamento dos dispositivos de acesso necessários para vivenciar totalmente essa nova virtualidade, tais como dispositivos pessoais (smartphones, computadores, tablets e smartwatches) com alta capacidade de processamento e óculos de realidade virtual, além de banda larga rápida e confiável para todos”, finaliza Zanini.