Festival Cultural Pangeia chega a sua quarta edição em formato híbrido
Recheado de atividades o evento traz como tema "Conexão Brasil, África(s) e Caribe” trazendo visibilidade às realidades culturais por diversas regiões periféricas de São Paulo
- Data: 05/08/2022 10:08
- Alterado: 05/08/2022 10:08
- Autor: Redação
- Fonte: Festival Cultural Pangeia
Crédito:Divulgação
O Festival Cultural Pangeia, proomovido pelo coletivo MisturArte, chega em sua quarta edição em formato híbrido e conta com oficinas e workshops que iniciam hoje e vai até o mês de novembro. Este ano, o festival tem como tema “Conexão Brasil, África (s) e Caribe”, tem como principal objetivo expandir e ultrapassar as barreiras, para mostrar e unir culturas distintas, mas que possuem essências muito parecidas. “O tema Caribe, surgiu durante o período de estudos do grupo, num momento em que avaliamos as edições anteriores, o coletivo sugeriu a passagem pelo território caribenho que faltava. Identificamos uma grande vontade de continuar o que já tínhamos iniciado no último projeto ‘Américas e África’, decidimos por triangular Caribe – África(s) – Brasil para dar continuidade`, conta Pauliana Reis, diretora do Festival.
Ocorrendo em formato híbrido, a diretora do projeto espera alcançar mais pessoas. “A edição passada aconteceu totalmente em formato online. Agora esperamos alcançar um público maior e levar o Festival Pangeia para além do oceano, trazendo uma conexão ainda mais afetiva. Tudo isso sem perder um dos momentos mais esperados das atividades que é o contato, a troca, os compartilhamentos e a energia do presencial”, reforça Pauliana Reis. As inscrições para participar das atividades devem ser realizadas através do no formulário disponível na bio do Instagram @festivalpangeia https://forms.gle/gfza9YDFDtrLxJ6WA Todas as aulas são gratuitas e com certificado.
O Festival ainda irá realizar outras atividades como FIC Pangeia, Exposição, exibição de documentário e apresentações artísticas em datas que ainda serão divulgadas. Desde março o coletivo tem realizado lives e mesas de debates em suas redes sociais.
Confira a programação das oficinas e workshops:
Oficinas Produção Audiovisual Afrodiaspórica
Artista Ministrante: Ianca Santos
Segmento: Produção Audiovisual
Quando: Do dia 01 à 06 de agosto (Segunda a Sábado) – das 14h às 16h
Duração: 12 horas – Via Google Meet.
Resumo A oficina Produção Audiovisual Afrodiaspórica é voltada somente para mulheres negras a partir de 16 anos, e propõe uma experimentação audiovisual a partir da prática cinematográfica refletida nas narrativas visuais negras e quilombolas que constrói imagens de colônias, sobre um olhar crítico que convoca a ancestralidade para reconstruir e descoloniza as imagens do passado colonial
Oficina Teatral Ori Ambulante
Artista Ministrante: Dina Maia
Segmento:Teatro
Quando: do dia 02 à 31 de agosto (Terça e Quarta) – das 19h às 22h
Duração: 30 horas
HÍBRIDO
Local: Ocupação Mateus Santos – e Via Google Meet
Endereço: Av. Paranaguá, 1633 – Jardim Belém, São Paulo
Resumo: Consiste em criar um processo de Iniciação Teatral, para buscar pela nossa própria ancestralidade. O Projeto Ori Ambulante retrata a busca individual de nossas histórias como potência artística além de demonstrar como o teatro pode denunciar as dores e vivências próprias de nossa existência. Serão utilizados alguns textos de Carolina Maria de Jesus, Conceição Evaristo, Elisa Lucinda, Assata Shakur, Jota Mombaça e Lélia Gonzales entre outras escritoras negras e caboclas.
Oficina Pintando África com Acrílico
Artista Ministrante: Paulo Chavonga
Segmento: Pintura
Quando: Do dia 02 à 20 de agosto (Terça a Sábado) – das 13h às 15h
Duração: 30 horas – Online
Onde: Via Google Meet.
Resumo: Durante a oficina os participantes poderão aprender o passo a passo da criação de uma obra desde o planejamento da sua composição até o resultado. Irão aprender os princípios de luz e sombra, técnicas de desenho, além de técnicas sobre profundidade com as cores.
Palhaçarias Risadaria e Africanidades
Quando: 11/08 (Quinta-feira) das 19h às 22h
Artista Ministrante: Raquel Franco
Segmento: Teatro e Circo
Duração: 3 horas, via Google Meet
Descrição: Vivência em comicidade e palhaçaria de raízes populares e de matriz africana, quer provocar nos participantes através do riso a forma ancestral negra de brincar. Utilizando a partir do tambor de crioula, do bumba boi, das catirinas, chicos, mateus e palhaçaria popular brasileira, onde a alegria presente nos ritos e ritmos são manifestações sagradas.
Olhares diversos sobre a diversidade do ser humano – Fotografia
Quando: 03/09 e 10/09 (Sábados) – das 10h às 14h
Artista Ministrante: Bianca Vasconcellos
Segmento: Fotografia
Duração: 8 Horas – Presencial
Local: Fábricas de Cultura. Jardim São Luís
Endereço: Rua Antônio Ramos Rosa, 651 – Jardim São Luís, São Paulo – SP
Descrição: Do conceito da fotografia de retrato – e como em tempos de selfies ela está presente na vida contemporânea – até as infinitas possibilidades de realizações com uma câmera de celular.
Oficinas Rastafari: Raiz e Cultura Africana
Artista Ministrante: Ras Soto
Segmento: Cultura Rastafari
Quando: 11/08 à 10/09 (Quinta e Sábado) Quinta das 19h às 21h – Sábado das 13h às 15h
Duração: 20 horas – Presencial
Onde: Instituto Tambor
Endereço: Av. General Francisco Morazan, 181 – Vila Sônia – São Paulo – SP Resumo: Durante os encontros, serão abordados a parte histórica e toda a simbologia e filosofia que estruturam a cultura Rastafari, tais como o cultivo das dreadlocks, alimentação Ital, utilização da canabis, linguagem positiva e musicalidade Nyabinghi. Acima de tudo, a oficina irá mostrar que o Rastafari não é uma religião, é um estilo de vida voltado à espiritualidade e ao bem-estar.
Oficina Mapeamento dos Afetos
Artista Ministrante: Bruno Novais
Segmento: Dança
Quando: 15/08 às 20/08 – (Segunda à Sábado) – das 18h30 às 21:30
Duração: 18 horas – Presencial
Local: Comunidade Cultural Quilombaque
Endereço:Tv. Cambaratiba, 05 – Perus, São Paulo – SP
Resumo: Utilizando uma metodologia em dança chamada ”Mapeamento dos Afetos” desenvolvida pelo proponente em 2018, que consiste em um procedimento de reflexão e escrita pelo corpo utilizado como disparador para processos criativos. Serão 6 dias de processos com vagas para 15 pessoas, com dinâmicas que irão gerar proposições de criação de células e improvisação em dança a partir do tema proposto, pautando sempre a criação no coletivo. Ao fim, a proposta é que este mapeamento gere uma pequena produção cênica do grupo como resultado dessa vivência.
Oficina Sankofa – Corpo em Diáspora
Artista Ministrante: Bia Rezende
Segmento: Dança
Quando: 19/08 à 09/09 (Toda sexta-feira) das 18h às 21h
Duração: 10 horas – Presencial
Local: Fábricas de Cultura. Jardim São Luís
Endereço: Rua Antônio Ramos Rosa, 651 – Jardim São Luís, São Paulo – SP
Resumo da oficina: O curso Sankofa busca trabalhar fundamentos de danças africanas, caribenhas e brasileiras a fim de explorar outras estéticas corporais para além das já estipuladas como admiráveis e refinadas. Usando fundamentos de Dancehall (Jamaica), Danças Afro-brasileiras e de algumas danças africanas como Guedra (Mauritânia, Marrocos e Egito), essa oficina irá proporcionar uma vivência corporal de estéticas e movimentações africanas e diaspóricas.
Oficinas Kindezi – Neuroeducação e arte em afro perspectiva, estratégias educacionais compensar a brecha educacional do pós pandemia
Artista Ministrante: Rose Mara
Segmento: Processos pedagógicos para professoras (es), arte educadoras (es) e artistas.
Quando: Do dia 03/09 à 01/10 (Todas Segunda e Quarta) – das 19h às 22h
Duração: 30 horas – Presencial
Onde: Container 011 – CEU Vila Rubi
Endereço: R. Domingos Tarroso, 101 – Vila Rubi, São Paulo – SP, 04823-090
Resumo: Kindezi, na cultura dos povos Bakongo, é o responsável pela educação da criança quando sua mãe está ausente, e nessa comunidade o processo educacional é compreendido como um processo de iniciação. Sendo assim, nessa oficina para além de trazer estratégias de ensino aprendizagem através das artes e manifestações culturais de matriz africana, à partir de uma perspectiva neuroeducacional necessária para que superemos a brecha educacional gerada pela pandemia, proponho um “sankofar educacional”, ou seja, visitar as ferramentas educacionais deixadas pelos nossos ancestrais, olhá-las à através da neurociência contemporânea nos empoderando da sua potência educacional, para ajudar na construção de um futuro mais digno e potente para tod@s nós.