Falando de Transportes e Transportadoras – Quando o trabalho mata
Dados do Observatório de Segurança e Saúde no Trabalho, feito pelo Ministério Público do Trabalho (MPT) e a Organização Internacional do Trabalho (OIT), mostraram que, em 2021, o transporte rodoviário de cargas ficou em terceiro lugar no ranking de Comunicações de Acidentes de Trabalho (CATs) no Brasil, mas esteve na frente na lista do setor […]
- Data: 26/07/2022 15:07
- Alterado: 16/08/2023 23:08
- Autor: Luiz Humberto Monteiro Pereira
- Fonte: AutoMotrix
Acidente de trânsito envolvendo caminhão
Crédito:Divulgação
Dados do Observatório de Segurança e Saúde no Trabalho, feito pelo Ministério Público do Trabalho (MPT) e a Organização Internacional do Trabalho (OIT), mostraram que, em 2021, o transporte rodoviário de cargas ficou em terceiro lugar no ranking de Comunicações de Acidentes de Trabalho (CATs) no Brasil, mas esteve na frente na lista do setor com o maior número de mortes. No ano passado, foram registradas 327 mortes em acidentes de trabalho e 12.771 notificações de acidentes.
A pesquisa “A Realidade do Caminhoneiro Autônomo em 2022”, da Confederação Nacional do Transporte (CNT), revela que cerca de 23,7% dos caminhoneiros trabalham de 26 a 31 dias por mês, com a média diária de horas ao volante chegando a 13. Os dados do Anuário Estatístico da Polícia Rodoviária Federal (PRF) apontam que, em 2021, 853 ocupantes de caminhão morreram nas estradas federais em sinistros de trânsito e outros 1.616 ficaram gravemente feridos.
As condições de conservação das rodovias são, segundo a pesquisa da CNT, a maior dificuldade enfrentada pelos caminhoneiros autônomos. Em segundo lugar, aparece a segurança.
Levantamento feito pela Ammetra com base em dados da PRF mostraram que, no ano passado, apesar de representarem apenas 5% da frota total, os veículos pesados (ônibus e caminhões) responderam por quase metade (47%) das mortes e por quase um terço (31%) dos feridos graves nas rodovias federais brasileiras.