Dia Internacional das Mulheres na Engenharia: conheça o trabalho de engenheiras da CPTM
Renata Ciote e Andrea Pollo são duas das 38 engenheiras da companhia
- Data: 23/06/2022 11:06
- Alterado: 23/06/2022 11:06
- Autor: Redação
- Fonte: CPTM
Crédito:Governo do Estado de São Paulo
A engenharia é uma profissão escolhida por pessoas que gostam de ver as coisas acontecerem. Gostam de imaginar, planejar e concretizar grandes projetos. E, entre esses visionários, cada vez mais, estão mulheres que infelizmente ainda precisam provar sua capacidade todos os dias, mesmo que talento e dedicação tenham de sobra.
No dia 23 de junho é celebrado o Dia Internacional das Mulheres na Engenharia. Criada pela Women’s Engineering Society (WES) do Reino Unido, a data tem como objetivo fortalecer o espaço que as engenheiras vêm ganhando na profissão, antes majoritariamente ocupada por homens.
A Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM), possui em seu quadro de colaboradores 242 engenheiros que atuam em diversas áreas, como operação, manutenção e obras. Deste total, cerca de 16%, ou 38 pessoas, são mulheres.
Entre essas 38 mulheres está Renata Ciote. Formada em engenharia civil e segurança no trabalho, ela atua como chefe em um departamento responsável por nada mais do que todas as estruturas civis da companhia, como estações, pátios, passarelas e edificações em geral.
“Eu me formei em 2004, mas trabalhava como técnica em edificações desde 1998. Escolhi essa profissão porque eu gosto de ver as coisas acontecerem. É incrível olhar para um terreno e ver surgir, uma estrutura, paredes, um edifício”, explica.
É preciso admitir que a CPTM ainda é uma empresa majoritariamente masculina — apesar de grandes mudanças estarem sendo feitas nesta estrutura. “Mas foi aqui que eu tive a oportunidade de atuar como engenheira de campo. Muitas mulheres se formam em engenharia e passam a vida dentro de escritórios. Mas não é isso que queremos. A CPTM me proporciona essa experiência todos os dias”, completa Renata.
“Temos que demonstrar nossa capacidade todos os dias”
Andrea Pollo é engenheira civil formada há quase 30 anos. Na CPTM, já trabalhou em grandes projetos como a construção da Linha 13-Jade, o complexo de oficinas de manutenção Engenheiro São Paulo e as obras da atual Estação Tamanduateí, na Linha 10-Turquesa. Atualmente, ela é a responsável pela fiscalização das obras das Estações São Caetano e Utinga, também na Linha 10.
“Mas, assim como qualquer outra mulher em uma profissão dominada por homens, percebo que sou testada todos os dias. Muitas mulheres desistem desse mundo antes mesmo de terminar a faculdade, tamanha a dificuldade. Mas eu aprendi que quando me disserem que eu não posso fazer algo, isso será um estímulo para mim”, afirma.
Formada em 1996 em engenharia civil, Andrea escolheu a profissão com o objetivo de melhorar a qualidade de vida das pessoas — exatamente o que ela ajuda a fazer com os passageiros da CPTM. “O transporte a é base para o desenvolvimento, e é a partir dele que as cidades surgem oferecendo serviços essenciais como escolas, universidades, hospitais, centros comerciais, parques e lazer e outros. Nosso trabalho é responsável por conectar as pessoas a estes serviços”, diz a engenheira.
“Ser mulher na ferrovia, ser mulher na engenharia é sinônimo de responsabilidade e superação, além da demonstração da nossa capacidade técnica é inerente o desafio em ser uma profissional reconhecida em um ambiente historicamente patriarcal. Pra mim, este desafio é o combustível diário que alimenta estas profissionais para desempenhar com excelência suas atividades”, completa.
Já Renata Ciote lembra que, durante muito tempo, era a única mulher a trabalhar nos departamentos em que atuou, mas que isso vem mudando. “Os espaços estão se abrindo para as mulheres engenheiras, mas ainda temos que continuar provando nossa capacidade”, explica.