Prefeitura de SP destaca políticas afirmativas no Primeiro Encontro da Rede de Orgulho
Evento foi realizado na Zona Sul na manhã desse sábado (18)
- Data: 19/06/2022 12:06
- Alterado: 17/08/2023 02:08
- Autor: Redação
- Fonte: Prefeitura de São Paulo
Bandeira LGBT
Crédito:Marcelo Camargo - Agência Brasil
O prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes, participou, na manhã deste sábado (18), do primeiro encontro da Rede de Orgulho, que antecede a 26ª Parada do Orgulho LGBT+, na Avenida Paulista. Realizado no Hotel Pullman, no bairro do Ibirapuera, Zona Sul, o evento foi promovido pela Associação da Parada do Orgulho LGBT de São Paulo, a Diversa Arte e Cultura e o Fórum de Empresas e Direitos LGBTI+.
O objetivo desta primeira reunião foi formar um espaço de escuta e relacionamentos com a comunidade paulistana e países aliados como Estados Unidos, Grã Bretanha, Chile e Alemanha para a promoção de ações de inclusão das pessoas LGBT.
“São Paulo é a cidade da diversidade, de todos e a Prefeitura trabalha a favor da inclusão. Para incluir e proteger a população LGBT temos feito políticas públicas muito consistentes, como o Programa Transcidadania. Em 2016 o programa contava com cem vagas e a Prefeitura contribuía com R$ 500. Hoje temos 500 vagas e a Prefeitura contribui com R$ 1.100 para que as pessoas trans possam estudar e se qualificar para o mercado de trabalho. Também temos nos nossos Cates (Centros de Apoio ao Trabalho e Empreendedorismo) uma rede para encaminhamento dessa população”, disse o prefeito Ricardo Nunes.
Para Franco Reinaudo, diretor da Associação da Parada do Orgumos LGBT+ e da Associação Diversa, Arte e Cultura, nos últimos anos houve um progresso muito grande quanto à diversidade, porém ainda há um longo caminho para que a equidade de direitos seja para todas as pessoas.
“Sabemos que as empresas têm um importante papel com relação à inclusão da população no ambiente de trabalho e os governos na implementação de políticas públicas na luta pelos direitos. Historicamente, porém, esses universos têm movido ações em separado. Por isso, enfatizamos a importância do diálogo, da união na construção de pautas conjuntas com empresas, governos e ativistas”.
Franco Reinaudo ainda destacou que é importante que sejam pensadas estratégias e ações em potencial para modificar o status quo e a sociedade respeite as diferenças.
Mercado de trabalho
A secretária municipal de Cultura, Aline Torres, enfatizou a importância da Rede de Orgulho.
“É fundamental ter uma rede. A Parada é um movimento que nasceu para que a gente tenha orgulho. A Secretaria Municipal de Cultura tem o primeiro centro cultural do mundo focado 100% na diversidade (o Centro Cultural da Diversidade, localizado no Itaim Bibi). A Parada é uma festa da cidade de São Paulo, que é preocupada com as pessoas”, finalizou.
Soninha Francine, secretária municipal de Direitos Humanos e Cidadania, abordou as dificuldades do público trans e a importância da ação que a Prefeitura está realizando para que essa população tenha mais oportunidades no mercado de trabalho.
“Estamos falando de festa, mas é uma celebração que foi construída a partir de muita dor, de pessoas que têm medo de sair às ruas e serem agredidas e que também têm problemas para trabalhar”.
A secretária afirmou que o programa Transcidadania foi criado para que o público trans conclua o Ensino Médio, mas que a Prefeitura está preocupada com essas pessoas que, mesmo tendo concluído essa etapa escolar, ainda não encontram trabalho.
“Por esse motivo o prefeito encomendou à secretária Aline Cardoso (da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico e Trabalho) e a mim a criação de vagas para além desse nível básico de escolaridade”, anunciou Soninha Francine.
Economia
De acordo com o prefeito Ricardo Nunes, a capital está com 80% da rede hoteleira ocupada por conta da Parada, que representa um movimento a economia da cidade em torno de R$ 400 milhões.
“Um estudo do Observatório (de Indicadores da Cidade de São Paulo) demonstra que cada turista LGBT gasta, em média, R$ 1.600 por dia antes, durante e depois da Parada”.
Segurança
Para que toda a população possa se divertir durante a 26ª edição da evento que ocupará a Avenida Paulista neste domingo (19), a Prefeitura de São Paulo e o Governo do Estado disponibilizarão 2 mil policiais militares e 287 guardas civis metropolitanos, além de profissionais que estarão infiltrados no meio do público, munidos de câmeras para flagrar qualquer tipo de violência.
“Não aceitamos transfobia na cidade. Por isso, criamos um sistema de segurança reforçado com o governo estadual. Em 2019 eram 800 policiais da Polícia Militar e, nesta edição, aumentamos os efetivos”, garantiu Nunes.
O prefeito destacou que a Parada é um marco, uma festa que tem repercussão no Brasil e no mundo, mas é preciso continuar lutando em prol da população trans e a favor da diversidade.
“Por esse motivo trabalhamos os 365 do ano focados em ações contra o preconceito, com ações públicas. Semana passada, por exemplo, inauguramos uma casa de acolhida para mulhres trans”, afirmou o prefeito, referindo-se ao Centro de Acolhida Especial (CAE) – Casarão Brasil, localizado na Zona Sul da capital
Apoio
Em nome da Prefeitura de São Paulo, o secretário municipal de Turismo, Rodolfo Marinho, ressaltou que a Parada é o um dos quatro maiores eventos da cidade de são Paulo e reiterou o apoio do município.
“É uma festa muito importante. Que façamos um ótimo evento neste ano e, em 2023, um maior ainda”, celebrou.
Sobre a APOLGBT
A Associação da Parada do Orgulho LGBT de São Paulo é uma organização da sociedade civil sem fins lucrativos. Criada em 1999, tem como objetivo, além de celebrar com o orgulho de viver a diversidade, por meio da parada do orgulho LGBT+, desenvolver atividades e ações que promovam os direitos humanos de cada segmento.
Diversa Arte e Cultura
Trata-se de uma organização social que tem como objetivo preservar a memória da população LGBTI+. Ao longo dos seus quase dez anos de existência constituiu um acervo com mais de 60 mil itens de diversas tipologias, doados pela própria comunidade.
Fórum de empresas e direitos LGBTI
Criado em 2013, é um movimento empresarial com atuação permanente, reunindo grandes empresas em torno de dez compromissos com o respeito e a promoção dos direitos humanos LGBTI+ que ajuda a inserir essas pessoas no mercado de trabalho.
Parada do Orgulho LGBT
Uma manifestação social que reivindica direitos, promove a visibilidade e celebra a diversidade, com ações políticas e afirmativas é a principal função da Parada do Orgulho LGBT, organizada pela Associação da Parada do Orgulho LGBT. Sua primeira edição ocorreu em 1997, com cerca de 2 mil participantes, Já conquistou um público de 4 milhões de pessoas e entrou para o Guinness Book como o maior evento do mundo.