O seu estabelecimento é amigável para o público LGBTI+?

Os casos de violência com o público LGBTI+ cresceram no último ano, mesmo diante de um período de distanciamento social devido a pandemia Covid-19. Uma realidade que preocupa, e que pede atenção de toda a sociedade que luta por respeito, segurança e educação.

De acordo com os dados do grupo Acontece e do Grupo Gay da Bahia (GGB) só no ano de 2020 foram 237 mortes de LGBTQIA+ em território nacional, sendo 224 homicídios e 13 suicídios.

Para auxiliar esse público que deseja trabalhar, sair e viver normalmente sem medo, Hóttmar Loch co liderou um grupo de pessoas que, de forma natural, contribuíram com o nascimento da startup Nohs Somos, em 2018. O propósito desta nova ideia é garantir o bem-estar da comunidade LGBTI+.

“A Nohs não tinha como objetivo ser uma startup, nem uma consultoria. A nossa história começa com um grupo de pessoas que buscava entender a onda de violência contra a comunidade LGBTI+ no final de 2018. Para isso, pensamos em como usar a tecnologia em prol da causa, fomentando a criação de ambientes mais inclusivos”, destaca Hóttmar Loch, CEO da Nohs Somos.

Loch acredita que a tecnologia pode ser uma ferramenta de impacto positivo para criar soluções voltadas à insegurança no meio urbano, fomentando a criação de ambientes mais inclusivos.

“Organizando os dados da comunidade LGBTI+ conseguimos auxiliar as pessoas a tomar decisões mais assertivas na busca por lugares livres de preconceito”.

Uma das principais realizações da Nohs Somos é o Mapa LGBTI+, plataforma para mapeamento de lugares amigáveis à população LGBTI+ : mapalgbti.nohssomos.com.br/onboarding .

O site Mapa LGBTI abrange todo o país e funciona mapeando estabelecimentos. A pessoa consumidora poderá avaliar o local que acabou de frequentar, lojas, academia, comércio de todos os tipos e empresas. As notas levam em consideração a receptividade à comunidade e os lugares amigáveis às mulheres e pessoas negras LGBTQIA+. Para ganhar o selo “amigável”, o local precisará ter mais de quatro estrelas na avaliação.

Os usuários também podem filtrar locais de acordo com as letras da comunidade. Dessa forma, é possível achar lugares que são amigáveis às pessoas lésbicas, gays, bis, ou trans. Isso porque existem lugares que são gay friendly, entretanto são transfóbicos. A plataforma também coleta dados de transfobia, racismo, homofobia, lesbofobia, bifobia e assédio contra mulheres (cis/trans).

“O nosso Mapa nasceu em 2020, onde a principal funcionalidade é destacar os locais amigáveis curados pelos usuários. Essa métrica de impacto foi co-criada em parceria com a Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e atualmente está presente em 16 cidades do Brasil”, explica.

Além do Mapa LGBTI+a Nohs Somos também trabalha Diversidade & Inclusão para as empresas.

“Alinhamos know-how, vivências e expertise dos nossos consultores em diversidade para desenvolver soluções transformadoras que geram resultados. Já atuamos junto a players importantes como Ambev, Liberty Seguros, Whirlpool, entre outros”, finaliza o CEO da Nohs Somos.