SELEÇÕES: Preparação para a Liga das Nações vai muito além dos treinos físicos e táticos

No Centro de Treinamento da CBV em Saquarema, palestras e encontros fazem parte do desenvolvimento das equipes

  • Data: 29/05/2022 07:05
  • Alterado: 29/05/2022 07:05
  • Autor: Redação
  • Fonte: Vôlei Brasil
SELEÇÕES: Preparação para a Liga das Nações vai muito além dos treinos físicos e táticos

Crédito:Divulgação / CBV

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Que treinamentos físicos e táticos fazem parte da intensa rotina das seleções brasileiras antes de grandes competições, todo mundo sabe. Mas como preparar a mente para a pressão, o desgaste e os desafios do dia a dia e de uma maratona de jogos decisivos? No Centro de Treinamento da Confederação Brasileira de Voleibol (CBV), em Saquarema, palestras sobre diversos temas fazem parte do desenvolvimento das equipes. Oportunidades para entender melhor o mundo à sua volta, os sinais de seu corpo e o próprio voleibol. 

Para a seleção feminina, a Liga das Nações começa na terça-feira, diz 31, em partida contra a Alemanha, às 19h, nos Estados Unidos. A equipe masculina estreia em casa, em Brasília, contra a Austrália, no dia 8 de junho. Maio foi um mês de muitos treinos, mas também de parar e ouvir: o Centro de Treinamento da CBV recebeu o escritor Klester Cavalcanti, vencedor de três prêmios Jabuti, o mais importante da literatura nacional; a Dra. Tathiana Parmigiano, ginecologista do Comitê Olímpico Brasileiro (COB); e o árbitro internacional Anderson Caçador.

“Buscamos incorporar temas contemporâneos ao dia a dia das seleções. Além do desenvolvimento esportivo, queremos que os atletas tenham vivência em assuntos que façam deles cidadãos melhores. As experiências e o conhecimento do Klester Cavalcanti podem abrir horizontes. A doutora Tathiana faz um trabalho incrível com ginecologia do esporte, no qual a atleta conhece suas particularidades e isso gera uma evolução no resultado esportivo. Já o Caçador é um árbitro internacional conceituado e deixou nossas comissões técnicas informadas sobre novas regras da Federação Internacional de Voleibol (FIVB)”, explica Julia Silva, gerente de seleções da CBV.

Em sua palestra, Klester Cavalcanti falou sobre geopolítica, grandes coberturas jornalísticas e temas relevantes no cenário mundial.

“A palestra foi bem bacana. Estou lendo o livro dele e, durante a palestra, ele contou sobre os momentos de dificuldade que viveu na Síria. Falou como foi importante desenvolver a empatia e superar os medos. Uma mensagem muito importante para todos, que pode ser aplicada em várias situações. Foi uma conversa muito legal, com alguém que tem uma experiência de vida incrível”, elogia Renan dal Zotto, técnico da seleção masculina.

A palestra da médica Tathiana Parmigiano abordou temas como anatomia, fisiologia e saúde feminina, riscos de treinamento sem nutrição adequada e como minimizar a influência do ciclo menstrual.

“Falar com o as equipes de vôlei é algo muito especial. No mesmo auditório, estavam as jogadoras e uma comissão técnica pioneira na valorização do universo feminino, com o Zé Roberto (treinador) e o Zé Elias (preparador físico). O trabalho interdisciplinar é muito mais produtivo quando todos recebem as mesmas informações e seguem alinhados. No vôlei, isso acontece. Essa atenção com o fora da quadra tem se refletido em sucesso”, explica Tathiana.

Já o arbitro Anderson Caçador apresentou para as comissões técnicas das seleções brasileiras uma série de mudanças nas regras da FIVB. Entre as novidades, o líbero pode ser capitão, as partidas não têm mais obrigatoriedade de tempo técnico no oitavo e no 16º ponto, e há novos critérios para invasão, barreira e expulsão.

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  • Data: 29/05/2022 07:05
  • Alterado:29/05/2022 07:05
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