Inscrições para o Prêmio Oceanos 2022 batem recordes
O Itaú Cultural e o Oceanos anunciam o número de concorrentes à premiação nesta edição: um total de 2.452 obras publicadas em sete países, 621 concorrentes a mais que os 1.831 de 2021.
- Data: 20/05/2022 11:05
- Alterado: 20/05/2022 11:05
- Autor: Redação
- Fonte: Itaú Cultural
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Concorrem ao Oceanos 2022 escritores de 17 nacionalidades diferentes, com obras publicadas em sete países: Angola, Brasil, Cabo Verde, Estados Unidos, Guiné-Bissau, Moçambique e Portugal. Esta é ainda a edição de mais expressiva participação dos países de língua portuguesa do continente africano: 121% a mais do que a anterior. Foram recebidos 62 livros de autores nascidos em Angola (18), Cabo-Verde (8), Guiné-Bissau (3), Moçambique (31) e São Tomé e Príncipe (2) – todos escrevendo e publicando originalmente em língua portuguesa.
Tais resultados indicam que, embora o isolamento social devido à pandemia de Covid-19 tenha provocado o adiamento ou o cancelamento de projetos artísticos, houve um crescimento considerável na produção literária de 2021 em relação à edição anterior: 34%. O alto número é também reflexo do melhor faturamento do mercado de livros no ano passado. De acordo com dados da Nielsen BookScan, divulgados pelo Sindicato Nacional dos Editores de Livros (SNEL), o lucro do setor em 2021, no Brasil, aumentou quase 30% em relação a 2020.
Para a organização do Oceanos, o fato se deve sobretudo à ampliação da equipe de curadores, que passou a contar neste ano com o moçambicano Nataniel Ngomane, professor da Universidade Eduardo Mondlane, em Maputo, e presidente do Fundo Bibliográfico de Língua Portuguesa de Moçambique. A curadoria transnacional — hoje com membros de Brasil, Cabo Verde, Moçambique e Portugal — possibilita maior conhecimento do prêmio entre escritores e editores de diferentes territórios de língua portuguesa ao redor do mundo.
A edição 2022 do Oceanos apresentou ainda outros recordes em relação ao ano anterior: o número de editoras participantes (453) cresceu 34% e, dentre as categorias avaliadas, a poesia – com 1.130 livros inscritos – cresceu 36%. A lista de livros concorrentes está disponível no site do Itaú Cultural.
Processo
Entre maio e julho deste ano, os livros inscritos serão lidos e avaliados por um júri internacional composto por 123 escritores, poetas, professores e críticos literários de sete países: Angola, Argentina, Brasil, Guiné-Bissau, Itália, Moçambique e Portugal. Esse primeiro júri elege entre os concorrentes as 50 obras semifinalistas – a serem divulgadas em agosto – e escolhe, por votação, os membros dos júris subsequentes (intermediário e final). Na segunda etapa, o júri intermediário seleciona dez finalistas entre os semifinalistas eleitos pelo júri anterior. Por fim, na terceira etapa, o júri final elege os três vencedores entre os dez finalistas. O valor total do prêmio é de R$ 250 mil – R$ 120 mil para o primeiro colocado, R$ 80 mil para o segundo e R$ 50 mil para o terceiro.
Mapeamento
Todos os livros concorrentes ao Oceanos 2022 terão os seus aspectos gerais – estéticos e temáticos – catalogados na segunda edição do Mapeamento das Literaturas em Língua Língua Portuguesa. Durante a avaliação das obras pelo júri de avaliação do Oceanos, 41 professores ficarão responsáveis pela leitura e análise do conjunto dos 2.452 inscritos. Os resultados – em contraponto com as análises obtidas na edição anterior – serão apresentados no final deste ano. Os dados do Oceanos – Mapeamento 2021 estão disponíveis na plataforma digital do projeto.
Curadoria e coordenação
A curadoria Oceanos 2022 é formada pelo moçambicano Nataniel Ngomane, pelos jornalistas Isabel Lucas, de Portugal, e Manuel da Costa Pinto, do Brasil, e pela pesquisadora Matilde Santos, de Cabo Verde. A coordenação-geral fica a cargo da gestora cultural luso-brasileira Selma Caetano.
Parcerias
O Oceanos é realizado via Lei de Incentivo à Cultura, pela Secretaria Especial da Cultura do Ministério do Turismo, e conta com o patrocínio do Banco Itaú e da Direção-Geral do Livro, dos Arquivos e das Bibliotecas da República Portuguesa; com o apoio do Itaú Cultural, do Fundo Bibliográfico da Língua Portuguesa de Moçambique e do Ministério da Cultura e das Indústrias Criativas de Cabo Verde; e com o apoio institucional da CPLP.