1ª Conferência Municipal de Saúde Mental de Diadema será nesta terça-feira (19)

A participação popular ganha destaque na 1ª Conferência Municipal de Saúde Mental de Diadema, que será realizada em 19 de abril, às 14h, no auditório do Quarteirão da Saúde (QS), na região central da cidade. Com o tema “A Política de Saúde Mental como Direito: pela defesa do cuidado em liberdade, rumo a avanços e garantia dos serviços de atenção psicossocial no SUS”, o evento presencial vai possibilitar a discussão de oito diretrizes sistematizadas a partir de 200 propostas aprovadas nas quatro pré-conferências.

Os grupos de música dos Centros de Atenção Psicossocial (CAPS) Infanto Juvenil e Leste farão a abertura do evento. As bandas contam com a coordenação de trabalhadores e a participação de usuários de ambos os serviços.

Entre as autoridades presentes para a mesa, estarão o prefeito José de Filippi Junior, a vice-prefeita e secretária de Desenvolvimento Econômico e Trabalho Patty Ferreira e os secretários municipais Ana Sanches (Educação), Deivid Couto (Cultura) e Rejane Calixto (Saúde), além do usuário João Batista e de profissionais da Saúde Mental. Durante a conferência, a médica sanitarista, professora Dra da Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo (USP), Laura Camargo Macruz Feuerwerker, abordará o contexto atual da Saúde Mental.

Para a coordenadora de Saúde Mental, Analdeci Moreira dos Santos, a discussão é fundamental para reafirmar a política de saúde mental no município. “A primeira Conferência Municipal de Saúde Mental de Diadema está sendo realizada em um momento de resistência para existirmos. Parafraseando a escritora Clarice Lispector, é um verdadeiro soco no estômago quando o governo federal libera 10 milhões para hospitais psiquiátricos, dando mais um passo no desmonte da Reforma Psiquiátrica Brasileira intensificado nos últimos anos. O processo que estamos construindo em Diadema com as pré-conferências e com a conferência é um movimento de defesa de uma Saúde Mental feita em liberdade, no encontro e nos territórios de existência dos sujeitos. E, principalmente, da participação popular e inventividade na defesa dos direitos humanos”, ressalta.