“Inquinado” – Abel Ferreira detona arbitragem
Treinador Palmeirense endossou as críticas do vice-presidente Paulo Buosi aos árbitros do confronto e ironizou VAR: "Estava a comer pipocas"
- Data: 31/03/2022 09:03
- Alterado: 17/08/2023 06:08
- Autor: Redação ABCdoABC
- Fonte: Estadão Conteúdo
Abel Ferreira
Crédito:Divulgação
Se em 2018 o então presidente Maurício Galiotte chamou de ‘paulistinha’ o Estadual, neste ano, Abel Ferreira foi peremptório ao dizer que o Campeonato Paulista está “inquinado”, isto é, manchado. A declaração do português foi motivada pela marcação do pênalti que gerou o primeiro gol do São Paulo na vitória do time tricolor por 3 a 1 sobre o Palmeiras nesta quarta-feira.
Abel passou boa parte dos 20 minutos de sua entrevista coletiva reclamando da atuação do árbitro Douglas Marques das Flores no primeiro jogo da final do Campeonato Paulista. O treinador ficou indignado com o pênalti que o juiz marcou somente após ir ao monitor do VAR rever o lance em que a bola bate na mão de Marcos Rocha.
Ele também manifestou revolta com um agarrão em cima de Gómez dentro da área no segundo tempo, lance em que a arbitragem nada marcou.
“O VAR estava a comer pipocas, não chamou o árbitro”, ironizou o português, sobre a possível falta em Gómez na área. “Façam o que quiser. O Campeonato Paulista está manchado”, afirmou. O técnico ficou incomodado, sobretudo, com a atuação do VAR.
“Eu não sou árbitro, mas pelas regras que eu leio, o VAR SÓ deve interferir em decisões muito flagrantes, infelizmente ele (árbitro) não teve coragem de seguir em sua decisão”, disse.
O pênalti nos acréscimos do primeiro tempo e convertido por Calleri foi “um golpe duro” para o Palmeiras assimilar, definiu Abel. O resultado, ele entende, foi condicionado por essa penalidade. “Não merecíamos. Foi um erro que não controlamos. Foi um golpe emocional”, considerou. Para ele, se os técnicos e jogadores dão satisfação à torcida após vitórias e derrotas, o árbitro também deveria se explicar nas entrevistas e ser punido em caso de erros.
Se o jogador não é bom, ele sai. Se o técnico perde três jogos seguidos, sai. Com os árbitros tem tem que ser igual. Se houver erros consecutivos, troca”, sugeriu.
Superioridade do São Paulo
Ainda que tenha dito que o pênalti condicionou “todo o desenrolar do jogo”, Abel reconheceu que o São Paulo foi superior ao Palmeiras no segundo tempo. Mas ele gostou da exibição de seus jogadores na primeira etapa.
“Não entramos da forma que queríamos. Nosso adversário foi melhor. O 2 a 0 nos deixou abaixo. Na primeira parte, jogamos melhor, mas não fizemos gol. No segundo tempo, o São Paulo foi melhor. Costumamos estar mais criativos”, avaliou. Além de superior, o São Paulo foi, na visão do português, “muito feliz” nos lances de seus três gols.
O campeão estadual será conhecido no domingo, quando os dois voltam a se enfrentar, mas no Allianz Parque. O São Paulo pode até perder por um gol de diferença que levanta a taça. Ao Palmeiras, resta ganhar por três gols de vantagem. Se vencer por dois, o título será decidido nos pênaltis.
“Acho que na nossa casa é diferente. Quando jogamos fora usamos uma estratégia e em casa usamos outra. Acho que com a nossa torcida vamos propor mais o jogo”, comentou Gustavo Gómez.