CVSP inicia arrecadação de doações para refugiados que desembarcaram na capital paulista

Devido aos conflitos entre Rússia e Ucrânia, muitos refugiados têm procurado o Brasil para fugir da guerra. Dados da Polícia Federal mostram que o Brasil já recebeu, pelo menos, 894 ucranianos. Destes, 28 pediram visto – seja temporário, residente ou provisório – para permanecer no país. Uma parte desse grupo foi encaminhado à Curitiba, mas alguns acabaram escolhendo outras localidades para refazer a vida, incluindo São Paulo. Além dos ucranianos, a entidade também está acompanhando um grupo de 42 afegãos que chegaram à cidade e passam por inúmeras dificuldades financeiras.

A entidade acredita que a brusca mudança de endereço desses refugiados faz com que eles necessitem de um atendimento especial ao chegar ao Brasil de uma viagem emergencial. Além disso, o idioma é outro fator que dificulta a integração desses refugiados. Por isso a Cruz Vermelha São Paulo (CVSP) está trabalhando em ações que vão além do acompanhamento dos refugiados.

“Estamos arrecadando recursos financeiros para a contratação de professores que deem a essas pessoas condições de se comunicar com nossa sociedade, pois só assim elas conseguiram emprego e renda para viverem em nosso país”, explica Bruno Semino, diretor executivo da CVSP.

Mas não basta ensinar a falar o básico do português, eles precisam também de um lugar para ficarem, utensílios domésticos, atenção social para crianças e inclusão no mercado de trabalho. E nesse sentido, na capital paulista, CVSP também busca apoiadores para obter recursos que financiem abrigos e outros donativos para os refugiados.

Por fim, foi iniciado um o trabalho de arrecadação de alimentos não perecíveis e kits de higiene e limpeza para ajudar as essas famílias que saíram de seus países fugindo da guerra.

As contribuições podem ser levadas diretamente para a sede da entidade, localizada na Avenida Moreira Guimarães 699 – Indianópolis, ou por meio de transferência pix no próprio site da Cruz Vermelha São Paulo.

“A CVSP recebeu muitas doações no começo do ano e, por isso, já temos um grande volume de roupas para ofertar, mas faltam alimentos não perecíveis e itens de higiene e limpeza. Precisamos da ajuda da população para auxiliar as pessoas que tanto necessitam neste momento”, afirma Bruno Semino, diretor executivo da entidade.