China pede moderação e segurança para todos os envolvidos no conflito na Ucrânia
O País alinhou amplamente sua política externa com a da Rússia nos últimos anos como parte de esforços conjuntos para desafiar a ordem internacional liberal liderada pelos Estados Unidos
- Data: 01/03/2022 10:03
- Alterado: 01/03/2022 10:03
- Autor: Redação ABCdoABC
- Fonte: Estadão Conteúdo
Crédito:Reprodução
A China está pedindo moderação de “todas as partes” na guerra da Rússia contra a Ucrânia, dando continuidade aos seus esforços para expressar apoio ao seu aliado do norte sem endossar totalmente a invasão.
O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, Wang Wenbin, reiterou nesta terça-feira o apelo da China para que as “preocupações razoáveis de segurança” de todos os países sejam respeitadas e afirmou que a questão da Ucrânia tem “uma realidade complexa”.
As “legítimas exigências de segurança da Rússia devem ser levadas a sério e devidamente abordadas” diante da expansão da Otan para o leste, disse Wang a repórteres. “Lamentamos as vítimas. A situação atual não é algo que queremos ver”, acrescentou.
Wang destacou ser “imperativo que todas as partes mantenham a contenção necessária para evitar que a situação no terreno se deteriore ainda mais ou até saia do controle, e se esforcem para proteger efetivamente a vida e a propriedade dos civis, especialmente para evitar uma crise humanitária em grande escala”.
A China alinhou amplamente sua política externa com a da Rússia nos últimos anos como parte de esforços conjuntos para desafiar a ordem internacional liberal liderada pelos Estados Unidos.
Durante uma visita do presidente russo, Vladimir Putin, a Pequim no início do mês passado, a China endossou as objeções de Putin a uma maior expansão da Otan e a Rússia apoiou a reivindicação da China à democracia insular autônoma de Taiwan.