Concessionária nega que tatuzão do metrô tenha atingido rede de esgoto

Obra do metrô cedeu e interditou Marginal Tietê. Linha Uni e a ACCIONA, responsáveis pelas obras informam o ocorrido

  • Data: 01/02/2022 17:02
  • Alterado: 01/02/2022 17:02
  • Autor: Redação
  • Fonte: Agência Brasil
Concessionária nega que tatuzão do metrô tenha atingido rede de esgoto

An aerial view shows part of an expressway collapsed above a construction site where Spain's Acciona SA was excavating a tunnel for a new metro line in Sao Paulo, Brazil, February 1, 2022. REUTERS/Carla Carniel

Crédito:Carla Carniel

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A tuneladora – ou tatuzão, como é chamada popularmente – equipamento que escavava a linha 6 Laranja do Metrô de São Paulo, não se chocou com a rede coletora de esgoto que rompeu na manhã de terça-feira (1º) e causou o desmoronamento de parte da Marginal Tietê, na capital paulista. Segundo o presidente da Acciona, empresa concessionária responsável pela construção e operação da linha, o equipamento estava a 3 metros dos dutos.

“Não houve nenhum choque entre o tatuzão ou tuneladora com as redes, as coletoras ou adutoras. Nós estamos buscando a causa [do rompimento] agora. Provavelmente tenha a ver com a chuva, com erosões, porque a tuneladora estava a três metros dessa coletora. Não houve nenhum choque”, disse André de Ângelo, presidente da empresa.

O rompimento dos dutos de esgoto inundou o túnel do metrô em construção e desestabilizou o solo, causando o desmoronamento que atingiu a via local da Marginal Tietê, no sentido da rodovia Ayrton Senna. Quatro pessoas foram atendidas pelo serviço médico, mas passam bem.

A Linha Uni e a ACCIONA, responsáveis pelas obras da Linha 6-Laranja de metrô, informam:

1- Com as informações disponíveis neste momento, o incidente ocorrido esta manhã na Marginal Tietê não está relacionado diretamente ao desenvolvimento das obras da Linha 6-Laranja. Trata-se de um rompimento de um interceptor de esgoto.

2- O incidente não ocasionou nenhuma vítima. Todos os profissionais que estavam no local foram retirados com segurança.  A empresa está prestando todo o suporte necessário à equipe e à comunidade.

3 – A Defesa Civil esteve no local e, até o momento, não houve recomendação de evacuação na vizinhança.

4 – Os trabalhos de contenção para recuperação da pista local da Marginal Tietê já foram iniciados com toda a urgência necessária.

5 – A equipe técnica segue reunida para definir as melhores soluções de engenharia para dar continuidade nas ações de mitigação dos danos e retomar as obras.

6 – O incidente é pontual e não interfere nas demais frentes de trabalho do projeto, que seguem em execução.

De acordo com o presidente da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp), Benedito Braga, a empresa já conseguiu desviar parcialmente o fluxo de esgoto que estava inundando o túnel do metrô. “Nesse momento, a quantidade de esgoto que chega aqui é bem menor do que chegava pela manhã. A situação não representa grande problema nesse momento. Até o final do dia, essa questão do esgoto vai estar resolvida”, disse.

A Marginal Tietê, no trecho atingido, tem três vias: a local, a central e a expressa. No momento, somente a via expressa está liberada para o tráfego. A via local, atingida diretamente pelo desmoronamento, permanecerá bloqueada. Já a pista central poderá ser liberada nas próximas horas, após autorização da empresa Comgás, já que dutos de gás passam sob a via.

“Nessa via passa uma tubulação da Comgás, e a empresa só em 24 horas faria essa liberação. Uma vez fechado o gás lá e verificado que não tem mais nenhuma instabilidade no solo, a gente poderá liberar a pista central”, destacou o prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes.

O governador de São Paulo, João Doria, determinou que a concessionária Acciona aponte com agilidade as causas do acidente. Segundo o governador, a empresa deverá elaborar ainda, em conjunto com a prefeitura de São Paulo, uma solução para normalizar o trânsito na marginal. “É a prioridade número um”, afirmou Doria.

O governador confirmou que a Acciona será cobrada para que as obras da Linha-6 possam ser retomadas no menor prazo possível. Segundo ele, o objetivo do governo é que o cronograma da obra seja mantido em relação a prazos, mas com prioridade para a segurança.

ATUALIZAÇÃO – STM E SABESP – 06 hs – 02/02/2022

A Secretaria de Transportes Metropolitanos e a Sabesp acompanham o incidente no Poço de Ventilação da Linha-6 Laranja do metrô e o rompimento da tubulação de esgoto ao lado das obras.

Na manhã de hoje (2), o Diário Oficial do Estado publicou a constituição do comitê criado pela Secretaria dos Transportes Metropolitanos em conjunto com a Secretaria de Infraestrutura e Meio Ambiente que irá apurar, dentre outras providências, os fatos e responsabilidades relacionados ao incidente, monitorar o cumprimento das providências necessárias e assegurar a transparência das medidas adotadas.

O Comitê será integrado por profissionais com expertise nas áreas técnica, financeira, jurídica e de comunicação. O Comitê ainda poderá convidar representantes de entidades da administração direta ou indireta do Estado de São Paulo, da Prefeitura Municipal de São Paulo e de Concessionárias de Serviços Públicos, para participar dos trabalhos, visando a adoção de medidas para a rápida normalização do tráfego local e da retomada das obras.

Na tarde de ontem (1°), foi realizada a primeira reunião do comitê, com a participação de 20 pessoas envolvidas na solução da situação.

ATUALIZAÇÃO – STM E SABESP – – 20h – 01/02/2022

(01/02/22) A Secretaria de Transportes Metropolitanos e a Sabesp acompanham o incidente no Poço de Ventilação da Linha-6 Laranja do metrô e o rompimento da tubulação de esgoto ao lado das obras.

 Após reunião dos técnicos da Secretaria dos Transportes Metropolitanos, da Sabesp, da Acciona e da prefeitura de São Paulo, ficou decidido pelo preenchimento do poço de ventilação, circulação e emergência (VSE Aquinos) com material rochoso e com argamassa na cratera que se abriu na marginal.

 Tudo para estabilizar a cratera e os deslizamentos, visando posterior recuperação da tubulação, da erosão e marginal.

Bombas irão fazer o esgotamento do coletor e, após estancarem a vazão existente, fazer a retirada da água pelo VSE Tietê.

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  • Data: 01/02/2022 05:02
  • Alterado:01/02/2022 17:02
  • Autor: Redação
  • Fonte: Agência Brasil









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