Djokovic vira sócio majoritário de empresa que quer fazer remédio contra covid-19
Mais uma vez o nome do tenista está atrelado à pandemia, mas desta vez como empresário
- Data: 19/01/2022 20:01
- Alterado: 19/01/2022 20:01
- Autor: Redação ABCdoABC
- Fonte: Estadão Conteúdo
Crédito:Reprodução
Novak Djokovic voltou ao noticiário nesta quarta-feira, 19. Desta vez sem qualquer relação com tênis ou vacinas, mas ainda no tema da pandemia. O tenista sérvio foi apontado como cofundador e sócio majoritário da QuantBioRes, empresa dinamarquesa de biotecnologia que pretende criar um remédio para tratar a covid-19.
A empresa foi criada em junho de 2020, ainda na parte inicial da pandemia. Mas a informação sobre a participação do número 1 do mundo só veio à tona nesta quarta em entrevistas do diretor da companhia, Ivan Loncarevic, às agências internacionais.
Ele revelou que o tenista e sua esposa, Jelena Djokovic, detêm juntos 80% da QuantBioRes. Loncarevic não revelou o valor investido pela família na empresa. De acordo com a revista Forbes, o tenista ganhou US$ 34,5 milhões (cerca de R$ 190 milhões) ao longo da temporada passada, entre premiações e patrocínios.
A empresa criada na Dinamarca tem cerca de 12 pesquisadores, que atuam também em outros países, como Reino Unido, Eslovênia e Austrália. De acordo com Loncarevic, o objetivo da companhia é desenvolver medicamentos contra vírus e bactérias resistentes. E a covid-19 se tornou o principal alvo da equipe, que não trabalhará com vacinas.
Os primeiros remédios específicos contra a covid-19 no mundo estão perto de serem lançados, nos próximos meses. O mais conhecido é o Paxlovid, da Pfizer. Mas os custos serão bem mais elevados do que as vacinas. O tratamento com este medicamento pode chegar a US$ 530. No caso dos imunizantes, as doses custam cerca de US$ 10.
Djokovic protagonizou uma das maiores polêmicas da história do tênis nos últimos dias ao ser deportado da Austrália e ser retirado da chave do primeiro Grand Slam do ano porque não tomou a vacina contra a covid-19. A polêmica durou 11 dias, entre sua chegada e a saída do país, no domingo, após dois cancelamentos do seu visto e dois julgamentos na Justiça local.
O sérvio tentou entrar na Austrália sem apresentar o comprovante de vacinação, após obter uma “permissão médica especial” junto ao governo estadual e a Tennis Australia, a federação australiana de tênis. A questão mobilizou o governo federal e até gerou uma crise diplomática entre a Austrália e a Sérvia. Agora Djokovic corre o risco de não poder entrar no país da Oceania pelos próximos três anos.