7 anos após o crime, Famílias de Marielle Franco e Anderson Gomes lutam por justiça e esperança

A condenação dos executores do assassinato, Ronnie Lessa e Élcio Queiroz, ocorrida em outubro último, representa um marco significativo neste processo

  • Data: 14/03/2025 09:03
  • Alterado: 14/03/2025 09:03
  • Autor: Redação
  • Fonte: G1
7 anos após o crime, Famílias de Marielle Franco e Anderson Gomes lutam por justiça e esperança

Marielle Franco

Crédito:Reprodução - Redes Sociais

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No dia 14 de março de 2018, a tragédia que envolveu a vereadora Marielle Franco (PSOL) e seu motorista, Anderson Gomes, deixou uma marca indelével na sociedade brasileira. Após anos de luta por justiça, as famílias das vítimas celebram os avanços recentes no processo judicial, embora ainda carreguem a dor da perda.

Em um contexto de esperança e saudade, Mônica Benício, viúva de Marielle, expressou seu desejo: “Espero que em 2026 possamos falar apenas de saudade”. Sua declaração reflete a expectativa por um futuro onde todas as perguntas sobre o crime possam ser respondidas e os mandantes devidamente punidos.

A condenação dos executores do assassinato, Ronnie Lessa e Élcio Queiroz, ocorrida em outubro último, representa um marco significativo neste processo. Lessa foi sentenciado a 78 anos e 9 meses de prisão, enquanto Queiroz recebeu uma pena de 59 anos e 8 meses. Esse desfecho é visto como uma vitória parcial pelas famílias, que ainda buscam justiça completa.

Luyara Santos, filha de Marielle, enfatizou a necessidade de respostas: “Para 2026, espero que continuemos a receber esclarecimentos sobre o que realmente aconteceu. É essencial que tenhamos justiça plena para o legado da minha mãe”.

As familiares das vítimas também compartilharam suas esperanças em uma conversa com a reportagem. Agatha Arnaus, viúva de Anderson Gomes, destacou a sensação de alívio proporcionada pela condenação dos assassinos: “Com a condenação dos executores, sinto que um peso começou a sair das minhas costas”. No entanto, ela ressaltou que muitos processos ainda estão pendentes.

Mônica Benício também falou sobre a natureza ambígua da vitória: “Foi uma conquista importante, mas ainda não trouxe a paz que buscamos. Lutamos para que todos os envolvidos no crime sejam responsabilizados.”

A prisão dos supostos mandantes do crime, os irmãos Brazão e o delegado Rivaldo Barbosa, em março do ano passado trouxe novos elementos ao caso. Barbosa é acusado pela Polícia Federal de ter desempenhado um papel central na conspiração para assassinar Marielle e Anderson. A revelação de seu suposto envolvimento chocou as famílias, que confiaram nele durante as investigações iniciais.

Luyara expressou sua incredulidade: “Foi surpreendente descobrir que alguém que prometeu lutar por respostas poderia estar envolvido no crime”. Agatha acrescentou que o momento foi angustiante: “Conviver com alguém que se mostrou como um aliado enquanto conspirava contra você é uma experiência devastadora”.

À medida que novas audiências se aproximam, as viúvas e filhos das vítimas se preparam para continuar sua luta por justiça. Todas concordaram em um ponto crucial: “Queremos a condenação de todos os envolvidos”. A esperança é que em 2026 as lembranças sejam apenas de saudade e amor, e não mais de dor e injustiça.

O caso Marielle Franco e Anderson Gomes transcende o âmbito pessoal; ele se tornou um símbolo da luta pela verdade e pela justiça no Brasil. As famílias permanecem firmes em sua busca incansável por respostas enquanto honram a memória daqueles que perderam.

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  • Data: 14/03/2025 09:03
  • Alterado:14/03/2025 09:03
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