5 mitos sobre vacinas e imunização
É importante entender que as vacinas são seguras e eficazes e têm sido responsáveis pela prevenção ou erradicação de muitas doenças perigosas
- Data: 29/06/2023 10:06
- Alterado: 29/06/2023 10:06
- Autor: Redação
- Fonte: Marco César Roque
Crédito:Divulgação
As vacinas são uma das maiores conquistas da medicina moderna e têm sido responsáveis por erradicar ou controlar muitas doenças perigosas em todo o mundo. Desde a introdução da primeira vacina contra a varíola em 1796, as vacinas têm sido uma ferramenta vital na luta contra doenças como a poliomielite, o sarampo, a rubéola, a caxumba e a difteria. Graças à imunização em massa, muitas dessas doenças foram erradicadas ou estão em vias de serem eliminadas.
O médico e diretor técnico da Salus Imunizações – clínica de vacinas – explica que, no entanto, ainda existem muitos mitos e desinformações em torno das vacinas, o que pode levar as pessoas a não se imunizarem ou atrasarem a imunização de seus filhos.
As vacinas podem causar autismo
Mito. Esse é um mito que foi desmentido por vários estudos científicos. Não há nenhuma evidência de que as vacinas causem autismo. O médico e pesquisador inglês Andrew Wakefield publicou um estudo em 1998 que sugeriu uma conexão entre a vacina tríplice viral (que protege contra sarampo, caxumba e rubéola) e o autismo. No entanto, o estudo foi amplamente desacreditado e descobriu-se que Wakefield havia falsificado os dados.
As vacinas podem causar efeitos colaterais graves
Mito. As vacinas são seguras e os efeitos colaterais graves são extremamente raros. A maioria das pessoas experimenta apenas efeitos colaterais leves, como dor no local da injeção, febre baixa e fadiga. A vacinação em massa é um procedimento muito seguro e a maioria das pessoas não apresenta nenhum problema.
As vacinas podem causar a doença que estão tentando prevenir
Mito. As vacinas contêm uma forma enfraquecida ou inativada do patógeno, o que significa que não podem causar a doença completa. Em alguns casos, as pessoas podem experimentar sintomas leves após receberem a vacina, mas isso é uma resposta normal do sistema imunológico à vacina. No entanto, é importante lembrar que as vacinas não são 100% eficazes e uma pequena porcentagem de pessoas ainda pode contrair a doença mesmo após serem vacinadas. No entanto, mesmo que uma pessoa vacinada contraia a doença, ela geralmente terá uma forma mais leve da doença e terá menos risco de complicações graves.
As vacinas não são necessárias porque as doenças foram erradicadas
Mito. As vacinas foram responsáveis pela erradicação ou controle de muitas doenças perigosas, mas ainda existem doenças que podem ser prevenidas por vacinas, como o sarampo, a poliomielite e a gripe. Além disso, a imunização em massa é importante para proteger os grupos mais vulneráveis, como crianças e idosos. Sem a vacinação em massa, essas doenças podem voltar a ser uma ameaça à saúde pública.
As vacinas são apenas para crianças
Mito. As vacinas são importantes para pessoas de todas as idades. Alguns tipos de vacinas são recomendados especificamente para adultos, como vacinas contra a gripe, pneumonia e hepatite B. É importante que os adultos mantenham suas vacinas em dia para proteger sua própria saúde e a saúde de suas famílias e comunidades.
Vale lembrar que as vacinas não são apenas uma questão individual de saúde, mas também uma questão de saúde pública. A imunização em massa é importante para proteger a população como um todo e prevenir surtos de doenças. Quando um número suficiente de pessoas é vacinado, a doença não pode se espalhar facilmente e a comunidade como um todo fica mais protegida.
O Dr. Marco César Roque destaca que, além disso, as vacinas são uma forma muito mais segura e econômica de prevenir doenças do que tratá-las depois que elas surgem. O custo do tratamento de uma doença é muito maior do que o custo da prevenção através da vacinação. Além disso, as vacinas ajudam a prevenir complicações graves que podem ocorrer em pessoas que contraem a doença.
Para fortalecer ainda mais a importância da vacinação, podemos citar o exemplo da erradicação da varíola. A varíola foi uma das doenças mais mortais da história, matando cerca de 300 milhões de pessoas no século XX. No entanto, graças à vacinação em massa, a varíola foi declarada erradicada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) em 1980. Isso mostra que a vacinação em massa pode ser extremamente eficaz na prevenção de doenças graves.
“É importante lembrar que a vacinação é um direito e uma responsabilidade de todos. Ao se vacinar, você não apenas protege a si mesmo, mas também protege sua família, amigos e comunidade. A imunização em massa é uma das formas mais eficazes de prevenir doenças e garantir a saúde pública.” Finaliza o Dr. Marco.
Marco César Roque
Diretor Técnico da Clínica de Vacinas Salus Imunizações. Médico graduado pela Faculdade de Ciências Médicas de Santos com residência em Neurologia Pediátrica pelo Hospital do Servidor Público Estadual- IAMSPE, responsável pelo setor de Neurologia Pediátrica do Grupo Santa Joana. Membro da Sociedade Brasileira de Neurologia Infantil, é preceptor do programa de Residência Médica do Hospital Municipal Infantil Menino Jesus -PMSP.