4 doenças evitáveis que afetam as mulheres no Brasil e podem levar a óbito

Apesar de comuns e tratáveis, muitas mulheres ainda são acometidas por essas doenças. Conheça-as e saiba como se prevenir

  • Data: 23/03/2022 12:03
  • Alterado: 17/08/2023 07:08
  • Autor: Redação
4 doenças evitáveis que afetam as mulheres no Brasil e podem levar a óbito

Saúde

Crédito:Divulgação

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Historicamente, as mulheres no Brasil são as principais usuárias do Sistema Único de Saúde (SUS), representando 50,77% dos atendimentos. Além de serem as pacientes, acompanham seus filhos, familiares, idosos, pessoas com deficiência ou até mesmo vizinhos e amigos.

Apesar dos cuidados periódicos frequentes, as mortes de pessoas do sexo feminino decorrentes de causas evitáveis — por diagnóstico e tratamento precoce — representaram 56% do total de óbitos de mulheres no País entre 1983 e 2005. O dado foi levantado por pesquisadores da Universidade de Minas Gerais e, embora esteja um pouco defasado, indica a relevância de cuidar da saúde para evitar casos graves.

Por isso, é muito importante que a mulher esteja sempre de olho na sua saúde e em doenças mais comuns para não ser pega de surpresa. 

Neste artigo, reunimos quatro doenças evitáveis comuns entre mulheres listadas em uma publicação da Seguros Unimed, companhia especialista em assuntos envolvendo seguro saúde e bem-estar. 

Osteoporose

A osteoporose é uma condição relacionada à redução da densidade do osso, o que ocasiona maior fragilidade da massa óssea. Desta maneira, os ossos ficam mais expostos a fraturas.

A doença costuma atingir mais mulheres na menopausa, pois é quando há uma redução significativa na produção de estrógeno. A osteoporose ocorre pela ausência de cálcio, o que leva ao enfraquecimento dos ossos.

De acordo com um levantamento do Hospital Israelita Albert Einstein, 10 milhões de brasileiros vivem com osteoporose. A cada três mulheres acima de 50 anos de idade, uma delas apresenta sintomas da doença. 

Ainda de acordo com a instituição, cerca de 2,4 milhões de fraturas ocasionadas pela osteoporose são diagnosticadas anualmente, enquanto 200 mil pessoas morrem em decorrência delas todos os anos.

Boas maneiras de prevenir a osteoporose são a prática regular de atividades físicas, alimentação balanceada rica em cálcio e vitamina D, além de garantir um bom banho de sol nas manhãs e aos finais das tardes para garantir um maior consumo de vitamina D.

Câncer de mama

O câncer de mama é o tipo de câncer mais comum entre pacientes do sexo feminino no Brasil — são cerca de 25% de novos casos por ano. De acordo com o Instituto Nacional do Câncer (INCA), é a primeira causa de morte por câncer entre mulheres no País.

A doença raramente aparece antes dos 35 anos, mas a incidência cresce muito após os 50 anos de idade. Apesar de fatores hereditários contribuírem para possíveis novos casos, estudos mostram que estilo de vida, alimentação e estresse impactam no surgimento da doença. Por causa desses fatores, a prevenção se torna ainda mais importante.

Estudos mostram que a prevenção por meio da prática de atividades físicas, redução no consumo de álcool e seguir uma alimentação saudável podem ajudar a reduzir em até 28% o risco de uma mulher desenvolver câncer de mama.

Os exames clínicos também fazem parte da rotina de prevenção. A detecção precoce (aquela que acontece antes da manifestação de qualquer sintoma) é fundamental para o controle da evolução da doença. A mamografia é um dos exames indicados — e deve ser realizada anualmente por mulheres acima de 40 anos. 

Câncer do colo do útero

Também conhecido como câncer cervical, é causado pelo contágio do Papilomavírus Humano (HPV). É transmitido por meio de relações sexuais sem proteção. Apesar da infecção por esse vírus ser muito frequente, em alguns casos pode evoluir para um quadro cancerígeno.

De acordo com o INCA, trata-se do 3º tumor mais frequente entre mulheres no Brasil, e leva o 4º lugar no ranking da causa de mortes do sexo feminino no País. Entre as principais causas estão o tabagismo, prática sexual sem proteção e uso prolongado de pílulas anticoncepcionais.

O câncer do colo do útero pode ser prevenido por meio de medidas relativamente simples: sexo com camisinha e a vacina tetravalente, disponível desde 2014 no calendário nacional para meninas entre 9 e 14 anos. A vacinação protege contra os tipos 6, 11, 16 e 18 do HPV — o último é o principal causador de casos cancerígenos.

Outra medida importante é o rastreamento do do câncer do colo do útero. No Brasil, esse procedimento é feito por meio do exame citopatológico, conhecido como Papanicolau, que é oferecido gratuitamente na rede pública a mulheres ou qualquer pessoa com colo do útero, entre  25 a 64 anos de idade, e com vida sexual ativa. Nesse público, também podem ser incluídos homens trans e pessoas não binárias designadas mulher ao nascer.

De acordo com informações do Ministério da Saúde, a periodicidade recomendada é a repetição do exame a cada três anos, depois de dois exames normais em sequência feitos no intervalo de um ano. Já a rotina de três anos é recomendada pela OMS.

Doenças cardiovasculares

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), doenças cardiovasculares matam um terço de mulheres no mundo todos os anos — o número equivale a cerca de 8,5 milhões de casos. 

No Brasil, estudos mostram que uma a cada cinco mulheres corre o risco de sofrer um infarto. O Ministério da Saúde indica que 20 mil óbitos femininos por ano são decorrentes de doenças cardiovasculares, sendo o Acidente Vascular Cerebral (AVC) a principal causa, seguida do infarto.

Falta de atividade física, alimentação inadequada, tabagismo, sobrepeso e obesidade são fatores que aumentam o risco de desenvolvimento das doenças cardiovasculares.

Por isso, a melhor maneira de prevenir as doenças cardiovasculares é por meio de cuidados com a alimentação, prática de atividades físicas, acompanhamento médico regular e manutenção do peso adequado.

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