Volvo começa a testar no Brasil seus caminhões pesados 100% elétricos FM Electric
A eletrificação do transporte de cargas por caminhões já é uma solução viável e cada vez mais adotada na Ásia, na Europa e na América do Norte
- Data: 06/06/2023 19:06
- Alterado: 31/08/2023 17:08
- Autor: Luiz Humberto Monteiro Pereira
- Fonte: AutoMotrix
Volvo FM Electric
Crédito:Divulgação
A eletrificação do transporte de cargas por caminhões já é uma solução viável e cada vez mais adotada na Ásia, na Europa e na América do Norte. E, se depender das crescentes exigências ambientais de muitas empresas em relação ao transporte de seus produtos, é provável que logo se torne cada vez mais comum também no Brasil. Marcas como a Volkswagen e a FNM já produzem localmente caminhões elétricos e enfrentam a concorrência de rivais chinesas, como a BYD e a XCMG. De olho na demanda, a Volvo está apresentando seu FM Electric a transportadores nacionais em diferentes regiões, para coletar as primeiras impressões em aplicações tipicamente brasileiras. O cavalo-mecânico pesado 100% elétrico da marca sueca tem potência de 490 kW (o equivalente a 666 cavalos), com opções de PBTC (Peso Bruto Total Combinado) de até 44 toneladas. Ele pode ser equipado com três motores elétricos e até seis baterias (540 kWh). Com autonomia de até 300 quilômetros, é ideal para operações no entorno de centros urbanos. O carregamento pode ser feito em estações no pátio da própria transportadora, de uma hora e meia a oito horas para o recarregamento, dependendo da quantidade de baterias e tipo de carregador. Com suspensão a ar em todos os eixos, o Volvo FM Electric é dotado de freios de regeneração, que permite a recuperação da energia. O modelo tem baixíssimo nível de ruído, tornando-o uma boa alternativa para aplicações próximas a áreas residenciais. Sem emissões de gases, pode ser utilizado em ambientes fechados, como galpões e armazén
Equipado com a caixa de câmbio I-Shift, o FM Electric é um veículo para uma série de operações, desde o transporte de produtos industrializados, cargas refrigeradas, alimentos e bebidas, até bens de consumo e hortifrutigranjeiros, podendo ser implementado com baú ou sider, em carretas de dois ou três eixos. “Conforme anunciado na última Fenatran, estamos colocando veículos em empresas de transporte com operações regulares no Brasil, para que os frotistas sintam os benefícios e os avanços de nossa tecnologia. Os relatos têm sido muito positivos. Além da ausência total de emissões, os transportadores constatam grande eficiência energética, inexistência de ruído, baixíssima vibração e alto conforto para o motorista. Eles destacam ainda o bom nível de segurança embarcada, em linha com a visão ‘Zero Acidentes’ da Volvo”, explica Wilson Lirmann, presidente do Grupo Volvo América Latina.
As viagens do FM Electric em território brasileiro estão sendo feitas por transportadores de vários setores e em diversas regiões do país. O objetivo é entender às expectativas e demandas dos potenciais clientes e coletar dados técnicos nas diferentes aplicações. As rotas nacionais do caminhão elétrico da Volvo misturam trechos urbanos e de rodovias, obedecendo as condições reais das demandas de cada transportador. Na maioria das vezes, os veículos fazem embarque nas unidades produtoras e levam a carga para centros de distribuição ou mesmo até o destino final. Ao fim da jornada diária de trabalho, pode ter carregamento noturno com corrente alternada, em estações de abastecimento no pátio da transportadora. Como alternativa, podem ser feitas recargas rápidas em corrente contínua.
A Volvo é uma das empresas que estão na vanguarda global em transporte pesado sustentável. Sua meta é reduzir em 50% as emissões de CO2 de seus veículos até 2030 e em 100% até 2040. A marca é líder em elétricos pesados na Europa e nos Estados Unidos e tem quase 5 mil caminhões entregues com essa tecnologia em todo o mundo. “O início dos testes do Volvo FM Electric no Brasil é mais um passo da nossa jornada global rumo à descarbonização do setor. Nossa meta são transportes 100% mais seguros, mais produtivos e livres de CO2”, completa Lirmann.