Via Streaming – “Munique – No Limite da Guerra” – Diferenças à parte

No interlúdio entre a Primeira e a Segunda Guerra Mundial, após a ascensão do partido nazista ao governo, houve um período que ficou marcado pela política de apaziguamento adotada principalmente pela Inglaterra, sob comando de Neville Chamberlain. O auge desta política, que consistia na tolerância às violações de Hitler aos pactos internacionais sob o temor de uma nova guerra, foi a Conferência de Munique em 1938. E é nesta que se passa a mais nova produção original Netflix, “Munique – No Limite da Guerra“, que estreia dia 21 de janeiro na plataforma.

O filme se inicia em 1932, na prestigiada universidade inglesa de Oxford, onde o britânico Hugh Legat (George MacKay) comemora sua graduação ao lado do colega alemão, Paul Hartman (Jannis Niewöhner). No entanto, o perfil nacionalista do segundo e sua posterior adesão ao partido nazista fizeram com que eles se afastassem e, passados 6 anos da formatura, fossem dois completos estranhos com apenas uma coisa em comum: ambos trabalham com política internacional. Arrependido de ter se juntado ao partido de extrema direita, Paul decide usar sua influência como diplomata a favor de um grupo de oficiais insatisfeitos com a visão de Hitler (Martin Wuttke) para Alemanha e que buscava uma maneira de tirá-lo do poder.

Assim, de posse de documentos que comprovam a visão expansionista de Hitler, Paul precisa encontrar uma forma de entregá-los ao primeiro-ministro inglês, Chamberlain (Jeremy Irons). Para isso, sua antiga amizade com Hugh virá a calhar, dado que este trabalha como assistente do político. Sua esperança é que os documentos sejam provas suficientes para que a Inglaterra e a França adotem uma posição mais dura frente aos planos do ditador alemão de invadir a Tchecoslováquia para anexar a região de Sudetos. Nesse contexto, Paul e Hugh começam a trabalhar juntos, mas a perspectiva da guerra se torna cada vez mais iminente.