Via Streaming – Dica da Semana: “I May Destroy You”
Baseada na história da própria criadora, diretora e protagonista, a minissérie da HBO Max é um relato sincero sobre uma situação de abuso sexual
- Data: 17/05/2022 07:05
- Alterado: 22/08/2023 22:08
- Autor: Kreitlon Pereira
- Fonte: Via Streaming
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Michaela Coel é uma atriz, roteirista, diretora e poetisa britânica de descendência ganesa que conquistou o público mundial ao criar e protagonizar a série “Chewig Gum”, comédia lançada em 2015. Mais recentemente, a artista ganhou destaque com a produção original da HBO Mac “I May Destroy”, que foi lançada em 2020 e é baseada na história de abuso sexual vivida por ela mesma, quando foi vítima de um “boa noite cinderela”. A produção também foi muito elogiada pela crítica, tendo sido a grande vencedora dos Prêmios Bafta de 2021, além de ter garantido o Emmy de Melhor Roteiro para Série Limitada ou Filme, no mesmo ano.
Na série, Coel cria a personagem Arabella, uma escritora londrina que teve sua estreia com um livro muito bem-sucedido – baseado em tweets – e que vive a pressão de ter que entregar uma segunda obra melhor do que a sua primeira. Assim, quando suas amigas a chamam para uma noite de curtição na cidade, a jovem aceita o convite para relaxar um pouco. Porém, o que era para ser uma noite tranquila acaba mudando a sua vida por completo pois, ao acordar no dia seguinte sem se lembrar de absolutamente nada do que aconteceu, Arabella percebe que havia sido drogada e violentada por estranhos.
Assim, a personagem começará uma jornada para tentar entender o que aconteceu, ao mesmo tempo em que enfrenta diversas fases do trauma. Apesar de ser uma série que mistura comédia e drama, o que mais se destaca é essa busca pela cura que a protagonista almeja durante toda a temporada. Sendo assim, “I May Destrou You” aborda temas fortes e reais, o que pode causar gatilhos em algumas pessoas, principalmente pela única e sincera com que Coel consegue exprimir o que ela mesmo já passou. Além disso, a série busca discutir outros aspectos da sociedade atual, como o uso intensivo e opressivo das redes sociais.