Vem com tudo: expectativa do lançamento da nova Ford Ranger no Brasil

A nova geração da Ford Ranger começa a desembarcar nas concessionárias brasileiras em julho. Com a proposta de se tornar a picape média mais moderna vendida na América do Sul, sua produção na Argentina mereceu um investimento de US$ 660 milhões (mais de R$ 3,3 bilhões) na fábrica de General Pacheco, na Grande Buenos Aires, usados para atualizar toda sua cadeia de produção e deixar a linha de montagem com o mesmo nível de tecnologia de outras unidades da marca ao redor do mundo. As melhorias aumentarão a capacidade de produção anual instalada para 110 mil unidades. O Brasil é o destino da maior parte da produção da fábrica argentina da Ford, onde a Ranger é produzida desde 1996. Mas outros mercados da região anteriormente recebiam o modelo feito nos Estados Unidos – onde a nova geração da picape já é oferecida desde o início do ano passado, assim como na Ásia. Atualmente, a Ranger é a terceira picape média mais vendida do Brasil, atrás de Toyota Hilux e da Chevrolet S10.

Apenas protótipos da Ranger 2024 foram feitos até agora na Argentina – a primeira exibição pública brasileira foi no estande da Ford na Agrishow 2023, evento agropecuário realizado na cidade paulista de Ribeirão Preto na primeira semana de maio. Na dianteira da picape, a grade com fundo em formato colmeia se estende por toda a frente, apoiada sobre os faróis principais. O para-choque ficou mais robusto e conta com um aplique simulando um quebra-mato, com a parte inferior da grade também em formato colmeia e os faróis auxiliares embutidos nas extremidades. A lateral tem vincos bem pronunciados acima das maçanetas, prolongando-se até os para-lamas dianteiros e traseiros. Atrás, a tampa do bagageiro tem um ressalto na parte inferior e traz o logo oval da marca no centro. As lanternas cresceram em relação à geração anterior e têm quase a mesma altura da tampa da caçamba.

Não há confirmação das versões, porém, a nova geração da picape da Ford deve ser apresentada no Brasil nas configurações XL, XLT e Limited já oferecidas na linha atual. A XL deve vir com rodas de aço aro 17, para-choques pretos, sem iluminação diurna em leds, bancos de tecido, freio de estacionamento mecânico e câmbio manual. A XLT já agregaria o para-choque na cor da carroceria, faróis diurnos com leds, grade dianteira em preto e rodas de liga leve. E a “top” Limited provavelmente trará faróis full-led, rodas de 18 polegadas, mais cromados na carroceria, transmissão automática com uma alavanca no estilo “joystick” e o freio de estacionamento eletrônico.

As motorizações da nova Ranger para o mercado brasileiro também ainda não foram definidas – foi confirmado apenas que haverá uma configuração com um motor 3.0 V6 turbodiesel (que nos mercados externos entrega quase 246 cavalos a 3.750 rpm e 61 kgfm a 1.750 rpm). Provavelmente estreando nas versões “top”, o motor mais forte deve vir acoplado a uma caixa automática de 10 marchas. Nos mercados globais, as versões básicas da nova geração da picape média da Ford têm o motor 2.0 turbodiesel em configurações de 150 e 170 cavalos, com torque acima de 40 kgfm. Os câmbios são o manual de 6 marchas ou o automático também de 6. Já as intermediárias usam um 2.0 biturbodiesel de 210 cavalos, com câmbio automático de 10 marchas. Para o Brasil, a motorização deve ser a 2.0 EcoBlue Turbo diesel de 167 cavalos a 3.500 rpm e 41,2 kgfm a 1.750 rpm.