Varandas em Edifícios Históricos: Solução Inovadora que Valoriza Imóveis em SP

Benefícios, desafios e o impacto no valor dos imóveis. Descubra tudo sobre essa tendência!

  • Data: 04/01/2025 09:01
  • Alterado: 04/01/2025 09:01
  • Autor: redação
  • Fonte: Folhapress
Varandas em Edifícios Históricos: Solução Inovadora que Valoriza Imóveis em SP

Crédito:Divulgação

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Em São Paulo, muitos edifícios históricos foram projetados sem a inclusão de varandas, uma característica que se tornou essencial em empreendimentos recentes. Para adaptar essas construções ao gosto contemporâneo, a acoplagem de varandas surge como uma solução viável. Esse processo envolve a instalação de varandas externas, utilizando estruturas metálicas, que são montadas de forma a não interferir no espaço interno dos apartamentos.

No entanto, essa inovação apresenta um desafio significativo: os custos elevados. O preço por metro quadrado da obra pode oscilar entre R$ 2.500 e R$ 10 mil, o que torna o projeto inviável para muitos moradores e concentra as iniciativas nas áreas mais abastadas da cidade, como Itaim Bibi e Jardim Paulista.

Um dos principais atrativos da acoplagem é o potencial aumento no valor do imóvel, o que atrai tanto compradores quanto investidores. Com a nova área criada, o valor de mercado dos apartamentos tende a ser maior, além de proporcionar um espaço extra aos residentes.

Contudo, as preocupações não se limitam apenas ao custo. O tempo necessário para a realização das obras pode variar consideravelmente, dependendo das dimensões do edifício, podendo chegar até um ano. Além disso, há implicações financeiras relacionadas ao aumento do IPTU (Imposto sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbana), conforme explica Luciana Patriarcha, arquiteta urbanista. Ela esclarece que o imposto pode aumentar devido à nova avaliação do valor do metro quadrado do apartamento após a adição da varanda.

Outro ponto importante é que a possibilidade de acoplagem depende também do cumprimento das exigências legais relativas aos recuos obrigatórios do terreno. “Se a edificação estiver muito próxima de outra construção adjacente, a instalação da varanda poderá ser inviabilizada devido aos recuos mínimos estipulados pela legislação municipal”, alerta Luciana.

A execução da acoplagem é realizada por meio de estruturas metálicas pré-fabricadas que são montadas na fachada do edifício. Alberto Alves, responsável técnico da BR Retrofit, empresa especializada nesse tipo de obra, descreve o processo como semelhante à montagem de peças de Lego. “As estruturas chegam desmontadas e são parafusadas no local. Isso reduz significativamente o risco de atrasos, já que todo o trabalho é feito externamente”, detalha.

Atualmente, menos de dez projetos desse tipo estão em andamento na capital paulista. Alberto acredita que com a valorização contínua dos imóveis na cidade, novos empreendimentos devem emergir nos próximos anos. No entanto, ele ressalta que o maior obstáculo permanece sendo a necessidade de consenso entre os moradores para aprovação do projeto nas assembleias condominiais.

Luís Ceotto, da construtora Urbic, compartilha experiências semelhantes em relação às dificuldades enfrentadas para obter aprovações. Nos últimos três anos, apesar da demanda por orçamentos para varandas metálicas por parte de oito condomínios, nenhum conseguiu avançar para a fase de contrato.

Flávio Machado atua como síndico em um prédio no Itaim Bibi onde atualmente acontece uma obra de acoplagem de varanda. Ele relata que o interesse por esse tipo de intervenção surgiu após a observação de um projeto similar em um edifício vizinho. O processo interno de aprovação se estendeu por aproximadamente quatro anos devido à necessidade de maioria absoluta e à resistência de alguns condôminos.

Flávio enfatiza que a resistência pode ser mais intensa entre moradores mais antigos que estão há muito tempo no condomínio. No entanto, ele observa que o entendimento sobre os benefícios econômicos e funcionais da obra tem facilitado sua aceitação entre os condôminos.

A obra é planejada para causar o mínimo possível de transtorno aos moradores; sendo realizada externamente e com um tempo estimado para demolição limitado a noventa dias. Até o momento, Flávio afirma não ter recebido reclamações significativas durante o processo.

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  • Data: 04/01/2025 09:01
  • Alterado:04/01/2025 09:01
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