Último Ciclo de Conversas sobre a exposição Botannica Tirannica acontece em setembro
O tema da mesa é A metamorfose das plantas, debatido por Emanuele Coccia e Anderson Santos
- Data: 30/08/2022 13:08
- Alterado: 15/08/2023 23:08
- Autor: Redação
- Fonte: Museu Judaico de São Paulo
Último Ciclo de Conversas sobre a exposição Botannica Tirannica acontece em setembro no Museu Jadaico de São Paulo
Crédito:Divulgação
O fechamento do Ciclo de Conversas no Museu Judaico de São Paulo acontece na sexta-feira, dia 2 de setembro, às 11h, com o tema A metamorfose das plantas, e conta com a presença do filósofo italiano e professor Emanuele Coccia e o biólogo brasileiro e botânico Anderson Santos, mestre em biodiversidade vegetal e meio ambiente. A mediação será feita pela curadora e pesquisadora Ilana Feldman, acompanhada da artista e professora da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo, Giselle Beiguelman.
“Pouco falamos delas e mal sabemos seus nomes”. Assim o filósofo italiano Emanuele Coccia dá início ao ensaio A vida das plantas – uma metafísica da mistura, obra dedicada a pensar e interrogar o mundo vegetal como espaço de criação, vida e metamorfose. Inspirada por esse livro maior da filosofia contemporânea, a exposição Botannica Tirannica não apenas dá nome às plantas, revelando a dimensão colonial e preconceituosa das nomenclaturas científicas e populares, como também inventa novas plantas e novos nomes, criando uma espécie de jardim decolonial e pós-natural. Na última conversa de nossos programas públicos, intitulada “A metamorfose das plantas”, Emanuele Coccia encontra o biólogo brasileiro Anderson Santos, fundador da Escola de Botânica e apresentador da série Terra Brasil, para um diálogo sobre botânica, jardins, colonialismo, nomes, vida e metamorfoses.
Na ocasião também será lançado o catálogo da exposição, que apresenta as obras e vistas da mostra, incluindo também, textos da curadora Ilana Feldman e da artista Giselle Beiguelman, além de uma compilação das plantas pesquisadas e referências. Com design gráfico de Maria Cau Levy, o catálogo documenta e expande a experiência de Botannica Tirannica.
Além disso, estarão disponíveis para venda dois produtos exclusivos assinados pelo estilista brasileiro Ronaldo Fraga, desenvolvidos especialmente para a mostra Botannica Tirannica. Os itens foram criados em uma parceria do estilista com o MUJ; a edição é limitada e pode ser adquirida através da loja do Museu ou da loja do Rodrigo.
Sobre Emanuele Coccia
Emanuele Coccia é filósofo e professor titular na École des Hautes Études en Sciences Sociales (EHESS), em Paris. Até os 19 anos de idade, frequentou uma escola agrícola no interior da Itália central e desses anos veio o interesse em dirigir seu olhar às plantas. Em suas obras, como A Vida das Plantas – uma metafísica da mistura (Cultura e Barbárie, 2018) e Metamorfoses (Dantes Editora, 2020), Coccia estabelece proposições que ampliam a percepção da vida, de seus sistemas e do mundo, trabalhando a metafísica da vida vegetal e também a vida dos objetos. Ele também editou, com Giorgio Agamben, a antologia Angeli. Judaísmo, Cristianismo, Islamismo (Milão, 2009).
Sobre Anderson Santos
Anderson Santos atua como biólogo e botânico. Mestre em biodiversidade vegetal e Meio Ambiente, trabalha com pesquisa e ensino de botânica. Realizou mais de 80 expedições pelo Brasil, pesquisando a flora e a relação entre pessoas e natureza. É fundador da Escola de Botânica e apresentador da série de natureza Terra Brasil, em exibição na TV Cultura, Animal Planet e disponível no Amazon Prime Video.
Sobre Giselle Beiguelman
Giselle Beiguelman é artista e professora da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo (FAUUSP). Pesquisa arte e ativismo na cidade em rede e as estéticas da memória na contemporaneidade. É autora de Políticas da imagem: Vigilância e resistência na dadosfera (UBU Editora, 2021), Memória da amnésia: políticas do esquecimento (Edições SESC, 2019), entre outros. Suas obras artísticas integram acervos de museus no Brasil e no exterior, como ZKM (Alemanha), Jewish Museum Berlin, MAC-USP e Pinacoteca de São Paulo. Recebeu vários prêmios nacionais e internacionais, como o Prêmio ABCA 2016, da Associação Brasileira dos Críticos de Arte e The Intelligent. Museum, com Bruno Moreschi e Bernardo Fontes, promovido pelo ZKM e Deutsches Museum (2021).
O Museu Judaico de São Paulo (MUJ), espaço que foi inaugurado após vinte anos de planejamento, é fruto de uma mobilização da sociedade civil. Além de quatro andares expositivos, os visitantes também têm acesso a uma biblioteca com mais de mil livros para consulta e a um café que serve comidas judaicas. Para os projetos de 2022, o MUJ conta com doação do Instituto Cultural Vale, Instituto CCR, Família Minev, Sotreq, Fundação Arymax, Dexco e Alfa Seguros.
Serviço
“A metamorfose das plantas” Botannica Tirannica, de Giselle Beiguelman | Ciclo de conversa
Museu Judaico de São Paulo (MUJ)
Data: Dia 2 de setembro, sexta-feira, às 11h,
Local: Rua Martinho Prado, 128 – São Paulo, SP
Classificação indicativa: Livre
Acesso para pessoas com mobilidade reduzida