UFSCar faz balanço do Dia Mundial da Limpeza
Resultados contribuem para a Universidade, que se prepara para elaborar Plano de Gestão de Resíduos Sólidos
- Data: 19/10/2022 13:10
- Alterado: 15/08/2023 20:08
- Autor: Redação
- Fonte: UFSCar
Ação do Dia Mundial da Limpeza na UFSCar
Crédito:SGAS/UFSCar
No último dia 17 de setembro, foi celebrado o Dia Mundial da Limpeza (ou “World Clean up Day”, em Inglês). Essa data é resultado de um programa de ações globais voltado ao combate à poluição por resíduos sólidos. O movimento acontece há quatro anos e vem se fortalecendo ao redor do planeta. O Programa de Coleta Seletiva Solidária da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), coordenado pelo Departamento de Apoio à Educação Ambiental (DeAEA) da Secretaria Geral de Gestão Ambiental e Sustentabilidade (SGAS), com apoio da Pró-Reitoria de Extensão (ProEx), realizou um conjunto de atividades para marcar a data.
Em um primeiro momento foi realizada uma auditoria dos resíduos e rejeitos plásticos junto à Cooperativa de Catadores de Materiais Recicláveis de São Carlos (Coopervida). Essa atividade seguiu uma metodologia proposta pelos embaixadores jovens da organização internacional Break Free from Plastic (BFFP) no Brasil e teve como objetivo contribuir com um relatório internacional, e o primeiro brasileiro, sobre as principais marcas associadas à poluição plástica no Brasil e no mundo. Em um segundo momento, em parceria com a Empresa Júnior da Gestão Ambiental, foi realizada uma auditoria ampla, envolvendo todos os resíduos depositados em dois dos contentores azuis utilizados para o armazenamento dos recicláveis no Campus São Carlos. A atividade realizada nas dependências do Campus São Carlos, além de contribuir com a auditoria dos plásticos, teve o objetivo de expor para a comunidade o tipo de material que está sendo encaminhado para a Coleta Seletiva.
Em relação aos rejeitos já triados identificados na Coopervida, destacam-se potes de iogurte, garrafas de leite e rótulos, além de frascos de produtos de higiene pessoal. “Embora a maioria dessas embalagens seja de material plástico potencialmente reciclável (PET), elas são produzidas em multicamadas ou coloridas, de modo que não encontram mercado para uma reciclagem efetiva. Geram a ilusão da reciclagem para o consumidor, além de serem um problema para as cooperativas que investem em transporte, triagem e armazenamento sem um retorno financeiro”, explica a bióloga Liane Biehl Printes, Chefe do DeAEA/UFSCar.
Na UFSCar, foram identificados diversos materiais nos contentores azuis destinados à coleta seletiva. Dentre os materiais recicláveis nobres, foram destaque: resíduos eletroeletrônicos (teclado, CDs e cabos elétricos), sucatas (ferramentas), caixas de papelão e papel impresso. Contudo, a maior diversidade do material depositado foi de material de rejeito, como embalagens plásticas multicamadas de alimentos e espumas ou ainda materiais potencialmente perigosos ou contaminados, incluindo máscaras descartáveis, papel higiênico e toalha usados, marmitas de isopor com restos de alimentos, filtro de café sujo, retalhos de madeira e cacos de vidro soltos.
“As duas atividades demonstraram a grande dificuldade enfrentada pelas cooperadas e cooperados, que retiram parte do seu sustento da reciclagem de materiais da UFSCar”, avalia Liane Printes. Ela aponta que as dificuldades estão relacionadas ao trabalho de coleta, triagem e aproveitamento desses materiais. “Há uma gama de questões envolvidas no âmbito ambiental, da saúde e econômico. Certamente, cada consumidor precisa estar consciente desde o momento em que opta por adquirir um determinado produto até a forma como este será destinado no pós-consumo”, comenta.
Orientações à comunidade
Para a bióloga da UFSCar, cada integrante da comunidade acadêmica pode contribuir para a melhora da coleta seletiva de materiais recicláveis na Universidade: “Os ATs [edifícios de aulas teóricos], os departamentos e unidades acadêmicas dispõem das caixas coletoras de papel e dos coletores amarelos que são de uso exclusivo para o descarte de materiais recicláveis limpos. Para o descarte dos resíduos orgânicos ou não recicláveis, devem ser usados somente os coletores designados para essa finalidade”.
Segundo a bióloga, cabe ainda, em especial aos grandes produtores, repensarem o ciclo de vida dos materiais que lançam no mercado, de forma a apresentarem soluções que contribuam de forma efetiva para a redução da poluição por resíduos sólidos, em especial da poluição plástica.
A publicação dos relatórios finas das ações do Dia Mundial da Limpeza estarão disponíveis no no início de novembro.
Encaminhamentos
Considerando a preocupação constante com a integração da sustentabilidade dentro das diferentes atividades administrativas, de ensino, pesquisa e extensão, a SGAS/UFSCar, em suporte à Reitoria, também iniciou, neste segundo semestre de 2022, a elaboração do Plano de Gestão de Resíduos Sólidos (PGRS) da UFSCar.
O Plano terá como objetivo o planejamento das ações relacionadas à gestão de resíduos sólidos nos quatro campi da Instituição. Mais informações podem ser solicitadas pelo e-mail [email protected].