‘Tiraram de contexto’, diz Ludmilla sobre ser acusada de intolerância religiosa
Imagem exibida no telão durante o show da cantora foi questionada por internautas; segundo a artista, vídeo representa ‘favela sem filtros’
- Data: 22/04/2024 11:04
- Alterado: 22/04/2024 20:04
- Autor: Redação
- Fonte: Estadão Conteúdo
Crédito:Reprodução
Ludmilla respondeu às acusações de intolerância religiosa que recebeu na internet após se apresentar no Coachella neste domingo, 21. Entre as imagens exibidas no telão durante o seu show, estava uma faixa que dizia “Só Jesus expulsa o tranca rua das pessoas”. A frase se refere a uma entidade das religiões de matriz africana, o Tranca Ruas.
Essa imagem foi exibida no telão do show da Ludmilla no Coachella.
— Nossos Orixàs🕊 (@NossosOrixas) April 22, 2024
Além da frase preconceituosa, Ludmilla ainda colocou uma pessoa pisando em uma oferenda
INTOLERÂNCIA RELIGIOSA É CRIME!!! pic.twitter.com/gAGrJUqM8k
Ludmilla se pronunciou no X (antigo Twitter) nesta segunda-feira 22, e disse que “tiraram do contexto” a imagem utilizada. “Quando eu disse que vocês teriam que se esforçar pra falar mal de mim, eu não achei que iriam tão longe”, escreveu. “Hoje tiraram do contexto uma das imagens do vídeo do telão do show em Rainha da Favela, que traz diversos registros de espaços e realidades a qual eu cresci e vivi por muitos anos, querendo reescrever o significado dele, e me colocando em uma posição que é completamente contrária à minha”.
“Rainha da Favela apresenta a minha favela, uma favela real, nua e crua, onde cresci mas infelizmente se vive muitas mazelas: genocídio preto, violência policial, miséria, intolerância religiosa e tantas outras vivências de uma gente que supera obstáculos, que vive em adversidades, mas que não desiste. Isso passa por conviver em um ambiente muitas vezes hostil, onde a cada esquina você precisa se deparar com as dificuldades da favela”, continuou.
Segundo ela, o vídeo apresenta “uma favela sem filtros”. “Não me coloquem nesse lugar, vocês sabem quem eu sou e de onde eu vim. Não tentem limitar para onde eu vou. Respeito todas as pessoas como elas são, e independente de qualquer fé, raça, gênero, sexualidade ou qualquer particularidade de que façam elas únicas”, finalizou.
A reportagem procurou a cantora para mais comentários, mas não obteve resposta até a publicação desta matéria. O espaço segue aberto.