Tebet aposta em crescimento do PIB acima de 2% em 2023 após avanço do 1º trimestre
Tebet destacou que o aquecimento da economia não está gerando inflação "não haveria razão para não começa a diminuir os juros no Brasil"
- Data: 01/06/2023 21:06
- Alterado: 01/06/2023 21:06
- Autor: Redação ABCdoABC
- Fonte: Estadão Conteúdo
Brasília (DF) 09/05/2023 Ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, participa audiência pública nas comissões de Infraestrutura (CI) e de Desenvolvimento Regional (CDR). Foto Lula Marques/ Agência Brasil.
Crédito:Foto: Lula Marques/ Agência Brasil
A ministra do Planejamento, Simone Tebet, avalia que o Produto Interno Bruto (PIB) do País pode crescer mais de 2% em 2023. “Mesmo se nada acontecer, o Brasil crescerá mais de 2% esse ano” disse após comentar o avanço de1,9% do PIB no primeiro trimestre do ano. Tebet avaliou que há projeções de mercado “conservadoras”, apontando o crescimento de 1,3% do PIB no ano, mas que esse resultado pode chegar a 2,3%.
A projeção do Ministério da Fazenda é de avanço de 1,9% do PIB ao final deste ano, mas o bom desempenho do primeiro trimestre já levou a Secretaria de Políticas Econômicas (SPE) a admitir um viés de alta para a economia brasileira.
Tebet destacou que o aquecimento da economia não está gerando inflação. “Isso só reforça minha tese de que mesmo com a economia mais aquecida, isso não vai impactar a inflação e não haveria razão para não começar, ainda que de modo muito gradual, a diminuir os juros no Brasil”, afirmou.
Avanço do agro
Ao comemorar o avanço de 1,9% do PIB no primeiro trimestre, Tebet destacou o desempenho robusto do agronegócio, alavancado pela safra de soja. “Foi um crescimento extraordinário, 21% em relação ao ano passado não é pouca coisa”, disse.
Ela também observou que o setor de serviços mantendo um ritmo de crescimento e fez uma observação em relação à indústria, que precisa da reforma tributária para voltar a crescer.
“Com todas as limitações, apesar da alta taxa de juros, da necessidade da reforma tributária e de o arcabouço ainda não ter saído, tem uma confiança do mercado que se reflete nos números”, afirmou a ministra.