STF mantém Robinho preso no Brasil após pedido de extradição da Itália
Votação termina com 9 a 2. Ex-jogador participa de programas de reintegração social.
- Data: 27/11/2024 09:11
- Alterado: 27/11/2024 09:11
- Autor: Redação
- Fonte: Band
O ex-jogador Robinho está preso desde 21 de março
Crédito:Reprodução
O Supremo Tribunal Federal (STF) encerrou uma sessão decisiva com nove votos contrários e dois favoráveis à soltura do ex-jogador Robinho, um resultado consolidado quatro dias após a votação inicial. Na última sexta-feira, o ministro Alexandre de Moraes manifestou seu voto alinhando-se ao relator Luiz Fux, contra a libertação do réu. Juntaram-se a eles Edson Fachin, Luís Roberto Barroso, Cristiano Zanin e Cármen Lúcia, formando a maioria necessária.
No momento em que se definiu o resultado, Gilmar Mendes era o único voto discordante, sendo posteriormente acompanhado por Dias Toffoli. A defesa de Robinho questionou a legalidade da prisão e solicitou que ele pudesse aguardar em liberdade enquanto os recursos legais fossem esgotados. A Justiça Brasileira foi incumbida de executar a pena imposta na Itália por um crime de estupro cometido em 2013.
Robinho foi condenado pela Justiça italiana pelo estupro de uma jovem albanesa ocorrido em uma boate quando jogava pelo Milan. O caso também envolveu outros cinco indivíduos, dos quais apenas Roberto Falco está atualmente detido, enquanto os demais ainda não foram julgados. Após recorrer sem sucesso em todas as instâncias na Itália, com a sentença final proferida em 2022, o Ministério da Justiça italiano solicitou sua extradição ao Brasil.
Dada a impossibilidade legal de extraditar cidadãos brasileiros, a Itália pediu que Robinho cumprisse a pena de nove anos no território brasileiro. Atualmente, ele encontra-se detido no pavilhão 1 da Penitenciária II de Tremembé, onde participa regularmente de atividades recreativas e educacionais. Além de jogar futebol com outros detentos, Robinho está envolvido em programas educacionais intitulados “De olho no futuro” e “Reescrevendo a minha história”, cada um com dez módulos destinados à reabilitação e reintegração social.