Siamesas ligadas pelo tórax deixam hospital pela primeira vez na vida em GO
O caso delas é complexo, já que elas são unidas pelo tórax e compartilham fígado, intestino, genitálias e uma perna.
- Data: 08/08/2024 15:08
- Alterado: 08/08/2024 15:08
- Autor: Redação
- Fonte: Uol/FolhaPress
Crédito:Divulgação
Duas irmãs siamesas unidas pelo tórax receberam alta do hospital quase nove meses após nascerem em Goiás.
Lara e Larissa deixaram o Hospital Estadual da Criança e do Adolescente (Hecad) nessa quarta-feira (7). Elas deram entrada na unidade de saúde em janeiro de 2024, após mais de 50 dias internadas em estado grave no Hospital Estadual da Mulher (Hemu) de Goiânia.
Pais das meninas são naturais de Parauapebas (PA) e se mudaram para Goiás. À reportagem, a mãe das meninas, Kátia Márcia Cardoso, afirmou que eles alugaram um apartamento perto do hospital, o que deve facilitar a locomoção para tratamentos e terapias necessárias pelos próximos meses.
Apartamento foi adaptado para receber as duas. Entre os equipamentos instalados estão suporte de oxigênio, respirador e suporte para alimentação por sonda, afirmou o médico Zacharias Calil em pronunciamento à imprensa após a alta.
Expectativa é de que família more em Goiás até cirurgia de separação das meninas, que não tem previsão para ocorrer. O caso delas é complexo, já que elas são unidas pelo tórax e compartilham fígado, intestino, genitálias e uma perna.
Família tenta arrecadar dinheiro para ajudar com as despesas. Uma vaquinha virtual foi aberta pela família das gêmeas para financiar a estadia delas no estado. Eles calculam gastos de R$ 350 mil, mas só R$ 3,5 mil foram doados até o momento.
Internação foi marcada por altos e baixos. No período em que estiveram internadas, as meninas tiveram melhora e acabaram enviadas à enfermaria, mas precisaram ser momentaneamente internadas na UTI por causa de um problema cardíaco em Larissa.
Cirurgia inédita foi performada em uma das gêmeas. Larissa precisou passar por um cateterismo cardíaco durante a internação. Esta foi a primeira vez em que uma operação do tipo foi realizada em gêmeas siamesas.
“Elas apresentaram várias intercorrências, desceram para a enfermaria, retornaram para a UTI, pensamos até em fazer uma cirurgia de separação de emergência. Mas hoje é dia de comemorar essa vitória delas”, disse Calil.