Setembro Amarelo: práticas que fazem a diferença no apoio à maternidade atípica nas empresas
Organizações também precisam estar atentas à saúde mental e desafios dos pais de filhos com desenvolvimento atípico
- Data: 23/09/2024 10:09
- Alterado: 23/09/2024 10:09
- Autor: Redação
- Fonte: Mariana Sotero Bonnás
Grávidas
Crédito:TV Brasil
Muitas empresas têm adotado iniciativas para promover o bem-estar emocional dos seus colaboradores e discutir a importância da saúde mental durante o Setembro Amarelo, mês dedicado à prevenção ao suicídio. Psicóloga referência no atendimento de mães atípicas, Mariana Bonnás chama atenção para a necessidade das organizações estarem atentas também para os desafios dessa parentalidade e suas demandas específicas.
“Hoje em dia cada vez mais pessoas têm filhos com algum diagnóstico e é ilusão pensar que nós, enquanto seres humanos, conseguiremos separar totalmente o trabalho da vida pessoal. Ter um funcionário bem emocionalmente irá refletir diretamente no trabalho dele”, afirma.
A profissional ressalta que várias práticas são bem-vindas e que podem influenciar diretamente na qualidade de vida, auxiliando essas famílias a vivenciarem sua parentalidade de forma mais leve. “Se preocupar com o bem-estar dos colaboradores, principalmente quando são pais atípicos, é mais do que beneficiar a própria empresa, é melhorar o mundo em que vivemos e fazer parte da mudança positiva que desejamos para a vida das pessoas”, incentiva a psicóloga.
Confira algumas ações que as empresas podem implementar para aderir ao Setembro Amarelo e fazer a diferença no acolhimento da parentalidade atípica durante o ano todo!
Espaços para Diálogo
É importante que as empresas saibam como amparar as famílias atípicas, pois elas vivenciam desafios diferentes de quem tem filhos sem nenhuma necessidade específica. Elas precisam se sentir seguras para comunicar caso haja alguma situação com seu filho que necessite de mais cuidados. Por isso, é fundamental oferecer canais de suporte onde os pais possam falar sobre as suas demandas com relação ao filho e serem acolhidos pela empresa em que trabalha, sem ter medo de se expor.
Flexibilidade
Sempre que possível, a empresa pode possibilitar uma carga horária mais flexível para que essa mãe possa adequar às necessidades do filho. Após o diagnóstico, as famílias passam a lidar com uma intensa agenda em busca de médicos, terapias e conhecimentos especializados, por exemplo.
Workshops
É fundamental que as empresas promovam workshops para todos os funcionários abordando temas relacionados a inclusão de pessoas com deficiência, assim como o acolhimento das famílias, para que os colaboradores como um todo tenham mais clareza sobre a vivência da parentalidade atípica.
Suporte psicológico
Nem sempre essa mãe encontra tempo ou ferramentas para fazer algo por si, e contar um acompanhamento psicológico dedicado poderá auxiliá-la a lidar com os desafios que surgirão ao longo da vida.