Setembro Amarelo: como culpa materna pode levar à depressão

Ansiedade e falta de suporte estão entre os principais fatores de risco para as mães. Psicóloga perinatal Rafaela Schiavo explica como prevenir e cuidar da saúde mental

  • Data: 10/09/2024 09:09
  • Alterado: 10/09/2024 09:09
  • Autor: Redação
  • Fonte: Rafaela Schiavo
Setembro Amarelo: como culpa materna pode levar à depressão

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Crédito:TV Brasil

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O Setembro Amarelo reforça a importância de falar sobre saúde mental, especialmente quando o assunto envolve as mães, que muitas vezes carregam o peso da culpa materna em silêncio. Essa culpa, alimentada por expectativas sociais e pressões internas, pode não só minar o bem-estar emocional das mulheres, mas também evoluir para transtornos graves, como a depressão pós-parto e o burnout materno.

A falta de acesso à informação correta, muitas vezes, causa receio e insegurança nas mães. Por isso, durante o Setembro Amarelo, mês voltado para a campanha brasileira de prevenção ao suicídio, a psicóloga perinatal Rafaela Schiavo, fundadora do Instituto MaterOnline, esclarece as dúvidas mais comuns sobre culpa materna e oferece dicas práticas para ajudar as mães a lidar com esses sentimentos da melhor forma.

O que é a culpa materna e por que acontece tanto?

A culpa materna é um sentimento que surge por conta das junções sociais, pessoais e a realidade da maternidade. Muitas mães se sentem culpadas por não conseguirem atender a todas as demandas e expectativas que a sociedade e elas mesmas impõem. É quase como se a culpa fosse uma sombra que acompanha a maternidade.

Como a culpa materna pode evoluir para depressão pós-parto?
Se a culpa materna não for abordada, pode evoluir para quadros de depressão pós-parto. A sobrecarga emocional, a falta de suporte e a idealização da maternidade são fatores que aumentam o risco de depressão, especialmente no período do puerpério.

Quando é hora de buscar ajuda profissional?
Se a mãe sentir tristeza persistente, falta de energia, dificuldade de conexão com o bebê, ou pensamentos negativos, é importante procurar ajuda. A depressão pós-parto pode surgir até um ano após o parto, e o acompanhamento psicológico pode ser importante para o bem-estar da mãe e do bebê.

Como a psicologia perinatal pode ajudar no tratamento da culpa materna e depressão pós-parto?
A psicologia perinatal oferece suporte especializado para gestantes e puérperas. O tratamento pode ser realizado por meio de sessões individuais, em grupo ou familiares, que ajudam a mãe a lidar com os desafios emocionais da maternidade e a prevenir problemas mais graves.

É normal se sentir cansada da maternidade às vezes?
Com certeza. Todas as mães se sentem cansadas ou frustradas em algum momento. O importante é saber que isso não te faz uma mãe ruim. Aceitar e conversar sobre esses sentimentos ajuda muito.

Como a sociedade influencia a culpa materna?

A sociedade tem grandes expectativas sobre as mães. Essa pressão cultural pode fazer com que muitas mulheres se sintam culpadas por quererem trabalhar ou por outras escolhas pessoais. Reconhecer e questionar essas expectativas é um passo importante para se sentir melhor.

Dicas para lidar com a culpa materna e a depressão pós-parto:

Ser gentil consigo mesma: Entender que está tudo bem em não ser uma mãe perfeita. Porque mães perfeitas, além de não existirem, poderiam prejudicar o desenvolvimento do filho. Não é esperado que as pessoas tenham mães perfeitas, mas sim mães possíveis, ou suficientemente boas.
Cuide de si mesma: É muito importante reservar um tempo para cuidar da sua mente e do seu corpo.
Converse com seu obstetra: Peça indicações de psicólogos perinatais e se informe sobre a nova Lei 14.721, que garante suporte psicológico gratuito pelo SUS.
Participe de grupos de apoio: Compartilhar experiências com outras mães ajuda a reduzir o sentimento de culpa e fortalece o suporte emocional.
Busque ajuda profissional quando necessário: Se a culpa e a tristeza forem persistentes, buscar apoio de um profissional de saúde mental pode ajudar a evitar a evolução para depressão pós-parto.

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  • Data: 10/09/2024 09:09
  • Alterado:10/09/2024 09:09
  • Autor: Redação
  • Fonte: Rafaela Schiavo









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