Sesc Belenzinho recebe a pré-estreia do espetáculo circense italiano Coppelia
Apresentação acontecerá nos dias 24 e 25 de maio, sexta e sábado, às 20h
- Data: 20/05/2024 12:05
- Alterado: 20/05/2024 12:05
- Autor: Redação
- Fonte: Sesc
Andrea Macchia
Crédito:Andrea Macchia
O Sesc Belenzinho apresenta a pré-estreia do espetáculo circense italiano Coppelia Project nos dias 24 e 25 de maio, sexta e sábado, às 20h.
Uma boneca mecânica e a ilusão, corpo fora do eixo, pendurado e indefeso, como uma marionete procurando uma maneira de ter empatia e ao mesmo tempo libertar-se: relata o projeto Coppelia, com este trabalho da coreógrafa Caterina Mochi Sismondi, atenção ao tema da identidade, da máscara que cada um de nós usa e de uma mulher vista na sua fragilidade, mas também na sua força, graças a diferentes papéis que é capaz de desempenhar. Inspirado no balé Coppelia – A menina dos olhos maltados, essa nova criação da companhia combina e harmoniza técnicas de dança clássica e contemporânea, da contorção e suspensão capilar, e mistura entre objeto, som e imagem, colocando sempre a ênfase no corpo e na sua fragmentação. A música, a partir das notas de Delibes, é com curadoria da musicista Bea Zanin e apresenta temas do balé com interferência de eletrônicos e violoncelo. O trabalho inspira um maior desenvolvimento e sinal de interpretação do Ballet Mécanique a partir de 1924, obra de Fernand Léger um dos primeiros do cinema cubista. O filme contém muitos sinais e significados semelhantes a esta encenação, trazendo justamente de volta a um balé onde detalhes do corpo e dos objetos em movimento – num ritmo sempre quebrado e integrado das notas do compositor George Antheil – ganha vida com repetições contínuas, câmera lenta e aceleração.
A versão solo do Projeto Coppelia com Elisa Mutto ganhou cinco prêmios do público no Festival Solocoreográfico da Itália e Alemanha.
FICHA TÉCNICA
Ideia e direção: Caterina Mochi Sismondi
Performance: Elisa Mutto, Michelangelo Merlanti, Vladimir Ježić, Carlos Rodrigo Parra Zavala, Simone Menichini, Jonnathan Lemos
Rigging: Michelangelo Merlanti
Música original do bailado Coppélia: Léo Delibes
Música ao vivo e eletrônica: Beatrice Zanin
Direção de iluminação: Massimo Vesco
Fotografia: Andrea Macchia
Produção: Centro Nacional de Produção blucinQue Nice em colaboração com a Fundação Cirko Vertigo e Cia Tempo.
ELISA MUTTO
PERFORMER
Elisa estudou desde cedo balé, canto e representação. Aos 17 anos iniciou os seus estudos na Academia de Arte Circense de Verona, especializando-se em tecido aéreo, verticalismo, contorcionismo e hooping aéreo. Em 2012-2013 frequentou a academia Kataklò em Milão e em 2013, ingressou na Academia Cirko Vertigo, onde se formou dois anos mais tarde. De 2016 a 2022, trabalhou como professora de disciplinas aéreas na Cirko Vertigo. Atualmente, trabalha como acrobata e bailarina na companhia blucinQue, dirigida por Caterina Mochi Sismondi, nos espectáculos Off Ballad, Juliet’s Vertigo, Gelsomina Dreams, Effetto Marilyn e Projeto Coppelia, no qual desempenha o papel principal.
BEA ZANIN
MÚSICA
Músico polimorfo, Bea Zanin começou a sua carreira com o estudo clássico do violoncelo, passando depois para a exploração do indie e do underground, e depois para a produção de música eletrônica e escrita de música para o teatro. De 2011 a 2018, como violoncelista pop, trabalhou ao lado de numerosos cantores e compositores (Celona, Morino – Mau Mau, Spaccamonti, Bianco, Mao, Jaselli, Dellera) nos palcos italianos e nas suas atuações televisivas e na rádio.
VLADIMIR JEŽIĆ
PERFORMER
Vladimir Ježić, artista de circo contemporâneo, bailarino e artista visual croata, nascido em 1989 em Rijeka, Croácia, licenciado em pedagogia da arte, departamento de pintura e vídeo, em 2012 na Academia de Artes Aplicadas de Rijeka. Desde 2007, é membro da associação de artes performativas Protor+ em Rijeka, onde começou a sua formação em dança contemporânea e realizou as suas primeiras experiências em palco como intérprete e autor. Entra em contacto com o mundo do circo em 2009 através dos workshops de têxteis aéreos de Nikolina Komljenovic e Nives Soldičić em Rijeka. Continuou a sua formação em circo e dança através de numerosos workshops e formação independente até 2013, quando se inscreveu na Academia Cirko Vertigo, graduando-se em 2015 e especializou-se em trapézio fixo. Desde 2015, tem trabalhado para a Fundação Cirko Vertigo, bem como performer e artista, também como professor de disciplinas aéreas e em cursos amadores, desde 2018, trabalha como professor de teatro físico no curso de licenciatura de artista de circo contemporâneo. A partir de 2019, começa a fazer parte da companhia blucinQue dirigida por Caterina Mochi Sismondi, participando nos espetáculos Vertigine di Giulietta, Gelsomina Dreams, Effetto Marilyn. Em 2020 realizou a sua primeira residência artística como autor, com o espetáculo The Serpent of Old, encenado em 2021. Em 2023, protagoniza o espetáculo solo Missão Priscila.
CARLOS RODRIGO PARRA ZAVALA
PERFORMER
Apaixonado por esportes radicais e cultura urbana, aos 18 anos, começou a praticar parkour e graças a esta disciplina, aos 22 anos aproximou-se do mundo do cinema onde trabalhou em várias produções como dublê e quase simultaneamente começou a praticar acrobacias. Conheceu assim o mundo do circo, pelo qual se apaixonou. Em 2018, iniciou os seus estudos na Academia Cirko Vertigo, nascido no México muda-se para Itália. E lá começa a frequentar o curso de dois anos para artistas de circo contemporâneo, especializando-se em pole chinês. Durante a sua formação, participou em vários projetos da Fundação, com a qual colabora atualmente como docente. No verão de 2020, participou no projeto Zoè in città organizado pela companhia Circo Zoè e atua nos cabarés Carte Blanche e Boomerang. É um dos fundadores do Coletivo 6tu. E colabora com a companhia blucinQue na produção Coppelia.
JONNATHAN LEMOS
PERFORMER
Jonnathan Lemos Felicio pratica o malabarismo há mais de 10 anos a nível profissional, especializando-se na manipulação de esferas. Chegou ao circo depois de estudar danças e disciplinas folclóricas típicas do seu país de origem, o Brasil, tais como Capoeira, o Forró, a Ciranda e o Maracatu. De 2014 a 2016 forma-se no Teatro Físico Philip Radice, em Turim. Desde 2021 é professor de malabarismo e movimento, performer e malabarista da academia Materia Viva em Roma. Estudou, entre outros, com Michael Moshen e Viktor Kee, monumentos do malabarismo a nível mundial. Colabora com a companhia blucinQue para a produção do Projeto Coppelia.
MICHELANGELO MERLANTI
PERFORMER E MANIPULADOR
Nasceu em Rovereto, na província de Trento. Iniciou a sua atividade artística como músico, tocando baixo numa banda de metal. Trabalha com uma companhia de amigos malabaristas como percussionista, atuando em várias cidades italianas. Em 2014, em Florença, na associação Vola Tutto, começou a estudar malabarismo e outras disciplinas circenses, incluindo o equilíbrio, que aprofundou ao entrar na Academia da Fundação Cirko Academia da Fundação Vertigo. Termina o seu segundo ano de formação profissional em julho de 2021, especializando-se em corda frouxa. Atualmente colabora com a companhia blucinQue nos espectáculos Gelsomina Dreams, Juliet’s Vertigo, Effetto Marilyn e, mais recentemente, Projeto Coppelia, como artista e rigger. Atualmente colabora com a companhia blucinQue nos espectáculos Gelsomina Sonhos, Vertigine di Giulietta, Effetto Marilyn como artista e rigger e, juntamente com Elisa Mutto, cria o espetáculo Coppelia Project.
SIMONE MENICHINI
PERFORMER
Nascido em Bergamo em 1997, conheceu as artes circenses ainda criança graças à sua família, que criou uma associação empenhada na promoção do circo contemporâneo na zona de Bergamo. Neste contexto, Simone especializou-se nas disciplinas de monociclo e malabarismo. Em 2020 inscreveu-se na Academia Cirko Vertigo onde, em 2022, se formou como equilibrista de escala livre. Assim que se forma e começa a colaborar com diferentes realidades até entrar em 2021 na empresa blucinQue.
COMPAGNIA BLUCINQUE
A blucinQue, empresa fundada por Caterina Mochi Sismondi, é conhecida pelas suas inovadoras obras de criação e pela sua diretora artística do Teatro Café Müller em Turim. Desde a sua fundação, a blucinQue tem explorado temas como a deslocação, a sensação de estar fora do lugar e a instabilidade da identidade. Em 2009, ganhou o concurso RIgenerazione para o Sistema de Teatro de Turim, com o espetáculo ApeRegina, e desde então tem participado em exposições e festivais em toda a Itália e no exterior, com projetos performativos, como os Déplacés. Em colaboração com o músico e colaborador Davide Tomat, que fundou a Superbudda em Turim, um novo coletivo de músicos e intérpretes.
Em 2014, a coreógrafa iniciou a criação de Vertigem de Julieta, que foi selecionada pela rede In Situ e colaborou com a MTV para o projeto Mogees de Bruno Zamborlin na Galeria Diana da Reggia de Venaria. A partir daí, a blucinQue continuou a explorar os clássicos, propondo obras como Vertigine di Giulietta/relation1, baseada no balé Romeu e Julieta, e Molduras para Rassegna in Silenzio, focada no tema do silêncio. Além disso, a companhia lançou a trilogia Limit juntas ao colaborador e intérprete Jonathan Rodríguez Anjo.
A blucinQue também tem se apresentado em festivais e teatros de renome, como o Festival de Ópera Marchesato, o Festival de Teatro de Asti e o Festival de Ávila. Em 2020, adaptou o espetáculo Vertigine di Giulietta para apresentações remotas ao vivo e ao ar livre, levando-o a várias praças no circuito da Fundação Piemonte dal Vivo e ao Salão do Major Concílio de Gênova. No mesmo ano, criou Gelsomina Sonhos, em homenagem a Federico Fellini, e ganhou o Living Italian Style Estágio do Ministério das Relações Interiores e Cooperação Internacional (MAECi) em colaboração com o então Ministério de Bens e Atividades Culturais (MiBACT).
No futuro, a blucinQue tem planos de apresentar novas produções como Projeto Coppelia e DansCirque. Além disso, Caterina Mochi Sismondi está envolvida na temporada Solo no Teatro, no Teatro Café Müller, e na plataforma NicePlatform. A empresa continua a colaborar com artistas e profissionais talentosos, como Alexandre Duarte, Massimo Vesco, Stefano Rogliatti, Andrea Macchia e Beatrice Zanin.
Em suma, a blucinQue tem sido uma força inovadora no cenário artístico italiano e tem conquistado reconhecimento tanto dentro como fora do país, através das suas obras criativas e performances únicas.
Serviço:
Espetáculo/ circo: Coppelia Project
Dias 24 e 25 de maio. Sexta e sábado, às 20h30.
Ingressos: R$ 40,00 (inteira), R$ 20,00 (meia-entrada), R$ 12,00 (Credencial Sesc).
Ingressos à venda no portal sescsp.org.br e nas bilheterias das unidades Sesc.
Limite de 2 ingressos por pessoa.
Local: Sala de Espetáculos 1 (120 lugares). Classificação: 14 anos. Duração: 45 min.
Estacionamento
De terça a sábado, das 9h às 21h. Domingos e feriados, das 9h às 18h.
Valores: Credenciados plenos do Sesc: R$ 8,00 a primeira hora e R$ 3,00 por hora adicional. Não credenciados no Sesc: R$ 17,00 a primeira hora e R$ 4,00 por hora adicional.
Transporte Público
Metro Belém (550m) | Estação Tatuapé (1400m)
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