Série de Workshop: Diálogos Entre Olhares e Trajetos acontece toda quinta-feira
Projeto trará artistas periféricos locais e da região que partilhem com o público informações das mais diversas modalidades da arte.
- Data: 30/03/2021 09:03
- Alterado: 30/03/2021 09:03
- Autor: Redação
- Fonte: Projeto Olhares e Trajetos
Flávio Dirceu
Crédito:Flávio Dirceu
Riograndense serrano de quarta geração, Flavio Dirceu deu e continua dando seus primeiros passos aqui, circulando e registrando cenas cotidianas da cidade desde suas primeiras experimentações com a produção de fotografias. Nestas tantas andanças, suas investigações o levam a perceber que desenvolver um olhar inovador para o que é conhecido e familiar, como as ruas da sua própria cidade, não é um desafio fácil.
No fluxo acelerado do trânsito das pessoas e das paisagens, surge a motivação de partir da fotografia estática e ganhar movimento na produção fílmica. Dessa forma, o projeto Olhares e Trajetos, conjunto de fotografias de lugares pelo mundo, realizadas pelo artista riograndense, desde 2014, se transforma em Olhares e Trajetos sobre a Serra, um projeto coletivo que busca refletir e desenvolver a cena cultural local. O projeto experimenta das linguagens da pintura, da performance e do vídeo para estabelecer diálogos entre os diferentes atores culturais da cidade e da região do Grande ABC, sejam eles artistas ou público, através de um leque de ações que se pretende reverberar no desenvolvimento na cena e na identidade cultural riograndense. Contemplado pela Lei Emergencial Cultural Aldir Blanc junto ao Edital 04.2020 do município de Rio Grande da Serra., o projeto é dividido em algumas atividades, entre elas a produção de pintura original inspirada na obra “Igreja Matriz”, da também artista riograndense Jô Rabelo, pelo olhar de Flávio Dirceu, e a produção de um curta-metragem por Rio Grande da Serra, retratando o cotidiano da cidade. Além de uma série de workshops de demonstração, apreciação e discussão artística, já em andamento, realizados pelo Instagram do projeto @olhartrajetosdaserra.
A intenção da pintura inspirada é propor um diálogo entre duas gerações de artistas negros riograndenses e seus olhares sobre a cidade, e do curta-metragem é visibilizar as narrativas, faladas ou não, dos cidadãos comuns na cidade de Rio Grande da Serra. Ambas as obras estarão, ao final do projeto, disponíveis para a apreciação do público de forma gratuita em espaços físicos (se possível) e virtuais.
O conjunto de workshops já estão acontecendo desde o dia 11 de março e vão até o dia 08 de abril, todas as quintas-feiras às 20 horas no canal do Instagram do projeto. Com curadoria e mediação do antropólogo urbano e visual Eduardo Fernandes (VISURB-UNIFESP) os encontros são oportunidades de discussão de outros projetos e trabalhos de artistas jovens e periféricos, buscando estabelecer conexões entre eles e o público, além de um aprofundamento das reflexões sobre o desenvolvimento da cena artística local e demonstrações de atividades acessíveis ao grande público.
William Hart, no dia 11 de março, debateu sobre a sua trajetória na videoarte. No dia 18 de março, Bruno Marcitelli dialogou sobre a pintura a óleo e a visibilização de corpos marginais na desmitificação do belo na arte clássica. No dia 25 de março, Kelly Cristina mobilizou a sua trajetória como bailarina e atriz numa demonstração de preparação do corpo através de alongamentos e automassagem. Na próxima semana, no dia 01 de abril, Flavio Dirceu apresentará técnicas fotográficas e de ilustração. Por fim, no dia 08 de abril, Marcela Marques debaterá sobre produção e agitação cultural.