Semana 8/1: Crônicas de um Patriota

A primeira da série de duas crônicas sob dois pontos de vista distintos acerca dos ataques do dia 8/1

  • Data: 11/01/2024 06:01
  • Alterado: 11/01/2024 07:01
  • Autor: João Pedro Mello
Semana 8/1: Crônicas de um Patriota

Crédito:Agência Brasil

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Aquele não se tratava de um típico domingo em família do inesquecível dia 8 de janeiro de 2023, quando homens, mulheres, crianças e até famílias inteiras, levantavam-se de suas camas cedo para um tradicional almoço dominical. Por outros cantos do Brasil, espalhados pelo Sul, norte, nordeste, centro, entre outros tantos locais, já estavam na estrada. Havia um sentimento de indignação pairando no ar. Não havia motivos para iniciar a primeira semana do ano com sorrisos no rosto, frente a sensação de furto a mão armada com punho faltante de um mindinho do homem de barba que sorria fazendo troça do povo (de verdade) que sentia. Foram tantas mazelas esquecidas e jogadas ao vento, tantos empresários, famílias atiradas para debaixo do tapete, enquanto o senhor Luís Inácio Lula da Silva (PT), escapava, e mesmo antes de ser solto de sua cela de privilégios, nós não podíamos nos render.

Na mente daquele corajoso patriota, os pensamentos fervilhavam, engasgados na goela, trancada pelo nó de uma espécie de gravata que só a inconformidade emocional lhe podia dosar, por isso se coçava aos montes, parecia uma alergia sem fim, tanto que não conseguia mais segurar quando tomou a palavra. O homem precisava dizer algumas frases de incentivo antes das pessoas começarem a descer dos ônibus.

“Pessoal, não nos apeguemos ao que dirão de nós no futuro, mas recordem que estamos fazendo história. Todos aqui serão marcados por aqueles que nunca se esquecerão de nossos atos, mas será tudo pelo Brasil. Em minha mente transborda a lembrança dos mais de 13 anos sendo testemunha ocular de uma roubalheira indiscriminada, por isso não aguentamos mais. Nossas peles não suportam esse país socialista que nos tornamos, esse martírio precisa ter um fim, nós vivemos pra ver o maior saque da história desse planeta. E finalmente, quando o país estava prestes a tomar jeito –, já havíamos acabado com a corrupção e imoralidade que precisava ser lavada de nossa nação maculada pelo Partido dos Trabalhadores, que por anos manchou a honra de nossa pátria –, somos surrupiados em meio a eleição mais mentirosa de toda história desse país. Portanto, peguem suas bíblias, com bravura e contra a barbárie, nós vamos”. 

Nesta hora, esse sentimento nos obriga a tomar a única alternativa que nos foi apresentada frente ao grande assalto fraudulento destas eleições criada por homens de capa preta e um bandido de nove dedos: vestir nossa farda verde-amarela e lutar, pois, um verdadeiro patriota, jamais foge à luta!

A mera lembrança de uma eleição claramente fraudada, trazia à tona, a enxurrada de controvérsias suportadas durante todo o período eleitoral. A sequência de mandos e desmandos do ministro pavão do Supremo, Alexandre de Moraes, foi sentida como uma apunhalada no coração de nossa pátria amada, que lentamente foi aquarelando nosso verde-amarelo. E como se fosse falta de aviso, não foi. Olavo (de Carvalho) tinha razão. E mais, Jair Bolsonaro (PL), também já havia nos prevenido do que viria, a todo momento ele nos preparava do que poderia acontecer. Foi uma tragédia grega que estava por vir – outrora anunciada –, antes mesmo do trailer da uma peça de mal gosto, que mesmo assim, só trazia a possibilidade mais e mais viva de uma guerra. E era tudo uma questão de tempo, espiritual, do Bem contra o Mal.

Em seu âmago, se lançara o peito com flamulas na cor da bandeira nacional, que rente as barricadas e por volta das 15h, romperam a primeira barreira policial. O homem de rosto coberto, não estava sozinho, com ele estavam mais de 4 mil outros guerreiros patriotas, que fizeram história naquela tarde. Auxiliados inclusive pelos guardas que trancavam passagem que dá caminho a rampa e laje que cobre o Palácio do Planalto e o Palácio do Supremo Tribunal Federal.

É claro que a grande mídia estava ávida por noticiar o fato que obviamente foi pacífico, mas infelizmente, foi contaminado por alguns infiltrados se passando por “gente de bem”. Portanto vale lembrar que, toda manifestação pacífica é benéfica conforme dispõe a constituição no artigo 220.

A manifestação do pensamento, a criação, a expressão e a informação, sob qualquer forma, processo ou veículo não sofrerão qualquer restrição, observado o disposto nesta Constituição.” “Toda pessoa tem direito à liberdade de pensamento e de expressão”.

Para todo aquele que acompanhou as manifestações por um veículo sério como a emissora Jovem Pan, saberá que não houve qualquer tipo de violência ou forma de vandalismo parte dos verdadeiros patriotas. Entretanto, em casos isolados, o uso da força pode-se tornar-se necessário na tomada de poder quando uma nação se vê na necessidade de restabelecimento da ordem, conforme dispõe o artigo 142 sobre intervenção militar e utilização das forças armadas.

Em outras palavras, havia uma liderança sim, mas, fundamentalmente, estavam todos amparados sob o guarda-chuva disposto nas diretivas da Constituição Federal. A ânsia pela vitória é grande, mas infelizmente, não se pode mudar o país sem levantar-se do sofá de casa, ou seja, todos aqueles que foram até Brasília, devem ser respeitados como manifestantes, tais quais legítimos, quanto foram tratados os arruaceiros que trancavam ruas e impediam alunos de estudar em escolas e universidades, da esquerda caviar.

Quando adentrei ao Salão Nobre e posteriormente o plenário do STF a descarga emocional foi tamanha, ali eu vislumbrava o local onde toda aquelas mazelas eram decididas, dia após dia, onde destinos eram cumpridos e remendados nas mais injustas maneiras possíveis. Mesmo assim, a tristeza não me abateu por completo, nem mesmo quando vi outros patriotas sendo acertados pela escolta tardia da polícia, quando a cavalaria chegou batendo na gente e saiu prendendo todo mundo sem nem ao menos tentar entender o que fazíamos lá, foi um total abuso e despreparo por parte da polícia.

Hoje recém passado aniversario de um ano do dia 8/1, acompanho timidamente as notícias sobre os recortes que a grande mídia traz sobre o que vivemos naquela nostálgica data, e lembro com um certo carinho de minha cela. O que para mim e outros tantos foi um sonho, ou devaneio, deixa a certeza, de que tudo que fizemos naquela tarde, foi pela ordem em prol de um Brasil que estava ferido, que mancava, mas queria se reerguer feito o gigante que somos (nós) quem fazemos esse levante, e portanto, jamais iremos deixar que eles destruam nosso patrimônio tão querido, a nossa querida e amada pátria.

Com todo amor por meu país,

Um patriota.

8/1.

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  • Data: 11/01/2024 06:01
  • Alterado:11/01/2024 07:01
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