Sehal: Aplicativos de comida mudam hábito do consumidor e do mercado
Ferramentas estão disponíveis para pequenos negócios ao lado de grandes redes, segundo especialistas
- Data: 06/03/2020 09:03
- Alterado: 06/03/2020 09:03
- Autor: Redação
- Fonte: Sehal
Sharon Frizão e o consultor Klever Oliveira
Crédito:divulgação
O tradicional pedido por telefone é um velho conhecido dos fãs de delivery, mas deixou de ser a opção favorita dos clientes há algum tempo. Em época de smartphone, a tendência são aplicativos de celular para pedir comida. Portanto, quem tem um restaurante, uma pizzaria, um bar e ainda não faz entregas pode estar perdendo clientes e dinheiro.
“Trouxemos o assunto para ser debatido na casa pelo grande envolvimento e interesse que desperta no setor gastronômico, que precisa cada vez mais se adaptar à nova realidade”, disse Beto Moreira, presidente do Sehal (Sindicato das Empresas de Hospedagem e Alimentação do Grande ABC).
A publicitária Sharon Frizão e o consultor Klever Oliveira, da D’Zuca, destacaram para um público atento no Sehal, na noite de quarta-feira, (4), que a nova ferramenta oferecida pelos aplicativos traz oportunidade para os estabelecimentos de pequeno porte se manterem no mercado.
O boom do mercado delivery ocorreu com a vinda do ifood em 2011, uma das maiores plataformas de pedidos, com cerca de 6,5 milhões de solicitações. As grandes plataformas moldaram o mercado, impulsionadas por players como Mc Donalds, Burguer King, entre outros.
“A principal vantagem para os pequenos estabelecimentos é poder se apresentar lado a lado com as grandes empresas e mostrar seu produto e serviço de uma forma que antes era impossível”, explicou Sharon.
A publicitária ressaltou que a inovação com os aplicativos transformou o mercado. O perfil do consumidor é de público jovem, pessoas que moram sozinhas e profissionais que não dispõem de tempo livre. “É uma comodidade para o cliente mais imediatista, que consegue comprar rapidamente, que vê a comida e sabe quando vai chegar”, acrescentou.
O consultor Klever Oliveira alertou que o mercado tem um gigante potencial de crescimento. “Porém é um mercado sem barreiras que abre espaço para pequenas empresas. Qualquer empresa de alimentação com CNPJ pode entrar”, disse.
Para saber se vale a pena o tipo de investimento é necessário planejamento, estratégias e avaliações como a estrutura da empresa, sua área de atuação, perfil do público, do produto ou cardápio, encargos, despesas com embalagem, criar combos, parcerias vantajosas e, principalmente, uma boa foto que faz a diferença. “A conta tem que fechar”, adiantou Sharon.
Dark Kitchens – Outro destaque da palestra foram as chamadas cozinhas fantasmas, que também estão ganhando cada vez mais o mercado. O formato surgiu com a popularização dos aplicativos e que só existem com apps de comida e não são mais abertas para o cliente em espaço físico. “São restaurantes virtuais que só existem no mundo digital, não há loja, nem fachada”, explicou Sharon.
Para o presidente do Sehal, Beto Moreia, a modalidade não tem mais volta. “É um novo mercado e que está se tornando um investimento atrativo em relação ao custo em se abrir uma loja física tradicional. É preciso apenas uma cozinha, um cozinheiro, um produto e um contrato com um aplicativo”, explicou.
Redes sociais – investir em mídias sociais também foram consideradas estratégias para ganhar visibilidade, aproximação com o cliente e impulsionar vendas. Outro ponto importante é ter um site. “Em tempos de rede social pode parecer pouco necessário, porém, é a principal forma de fortalecer a marca, mostra sua empresa aberta ao cliente 24h, e possibilita conhecer melhor seu público, e no fim, acaba sendo um aliado das redes sociais”, explicou Leandro Jardim, do Grupo Seja, agência de comunicação e editora. As dicas também são responder os comentários, utilizar hashtag de cidade, nome do estabelecimento e palavras chave relacionadas ao negócio.