General Motors vai à Justiça por legitimidade de greve em São Caetano

Metalúrgicos entraram em greve no início do mês e conforme decisão, funcionários seguem paralisados

  • Data: 06/10/2021 16:10
  • Alterado: 06/10/2021 16:10
  • Fonte: ABCdoABC
General Motors vai à Justiça por legitimidade de greve em São Caetano

Crédito:Reprodução Sindicato dos Metalúrgicos de São Caetano do Sul

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Nesta terça-feira (05), a General Motors (GM), teve seve seu pedido negado pelo magistrado, para que fosse reconsiderada a concessão de uma liminar que determinasse o término da greve dos funcionários da empresa. A juíza da 9ª Vara do Trabalho de São Paulo, Raquel Gabbai, ordenou que fosse marcada uma nova data para audiência, para a próxima sexta-feira (10).

Com a greve iniciada no primeiro dia de outubro, a GM protocolou um pedido a Justiça do Trabalho para que o ato dos metalúrgicos de São Caetano, ABC paulista, seja declarado abusivo. A decisão foi tomada após dissídio coletivo apreciado no fim de semana, após tentativa sem acordo em audiência de conciliação.

Durante o período de paralização, trabalhadores e empresa seguem sem acordo, enquanto isso, a linha de montagem continua parada em São Caetano. A fábrica da GM na região, possui uma produção diária por volta de 750 em veículos como: Tracker, Spin, Joy e Joy Plus (modelos anteriores do Prisma e Onix).

De acordo com o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de São Caetano do Sul, Aparecido Inácio da Silva, já são aproximadamente 4.100 “Cidão”, como é conhecido o líder do sindicato, afirma que a GM tentou um novo acordo, mas a proposta não agradou em razão de determinados pontos convergentes.

No final de semana, a tentativa foi através de um reajuste salarial de 10,42%, sob o INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor), que teve acúmulo de 12 meses. O acordo foi desenhado na ideia de que tais valores seriam quitados de maneira integral, retroativamente, a setembro, sendo que na tratativa anterior, tentou-se uma proposta que abarcasse os pagamentos somente em fevereiro do ano que vem.

No final das contas, o acordo não ocorreu, visto que de um lado a GM pretendia mudar a redação, antes “pacificados”, atualizando o texto com pontos que garantiam a estabilidade dos empregados da metalurgia quanto a saúde destes profissionais. Na fala do sindicato o presidente afirma: “eles queriam rever a redação. A gente quer manter como está”. Na General Motors, o posicionamento permanece o mesmo da semana passada e garantem estar “fazendo todos os esforços para chegar a um acordo que seja bom para ambas as partes.”

Além da reposição causada pela inflação, os metalúrgicos pedem também o aumento real de 5%, sendo que em outros parágrafos, são previstos ajustes no piso salarial, vale ali, então entre R$ 500 e R$ 1.000, além da participação os resultados e 13º adiantado. Com fábrica da GM paralisada, segue uma proposta que deverá fazer uma alteração nos critérios de estabilidade, e voltar à baila para o debate nesta sexta-feira, no Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região.

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Crédito:Reprodução Sindicato dos Metalúrgicos de São Caetano do Sul
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