Santo André tem a refeição fora de casa mais cara do ABCD
É o que aponta a pesquisa da ABBT que foi realizada no ABCD, nas cinco regiões brasileiras, 22 Estados, em 51 cidades e é a mais abrangente do país
- Data: 21/08/2024 13:08
- Alterado: 21/08/2024 13:08
- Autor: Redação
- Fonte: ABBT
Crédito:Antonio Cruz/Agência Brasil
A cidade de Santo André tem a refeição fora de casa mais cara da região do ABCD e uma das mais altas da região metropolitana, segundo a pesquisa anual realizada pela Associação Brasileira das Empresas de Benefícios ao Trabalhador (ABBT). O estudo aponta que o preço médio da refeição completa em Santo André é de R$ 59,21 e teve aumento de 8% em relação ao ano anterior. Já em São Caetano a refeição completa sai por R$ 49,15, valor muito próximo aos R$ 49,12 de Diadema. Já em São Bernardo do Campo a refeição completa ficou em R$ 43,78.
No ranking de preços Santo André só fica atrás de Barueri (60,95) e da capital paulista, onde a refeição custa em média R$ 59,67. O valor médio da refeição no Estado de São Paulo ficou em R$ 57,09 e registrou alta de 11%.
No total foram pesquisadas 51 cidades, de março a maio de 2024, em 4.502 estabelecimentos, divididos nas cinco regiões, em 22 estados e no Distrito Federal e com 5.640 preços coletados. A pesquisa foi encomendada pela ABBT à empresa Mosaiclab, especializada em inteligência de mercado.
Acompanhe os preços em importantes cidades do Estado de São Paulo:
Média nacional | R$ 51,61 | |
Média – Estado de São Paulo | R$ 57.09 | 11% |
Cidade | Preço | Variação 23/24 |
São Paulo | R$ 59,67 | 12% |
Barueri | R$ 60,95 | 9% |
Santo André | R$ 59,21 | 8% |
São Bernardo dos Campos | R$ 43,78 | 9% |
São Caetano | R$ 49,15 | 13% |
Diadema | R$ 49,12 | 9% |
Jundiaí | R$ 53,01 | 8% |
São José dos Campos | R$ 50,25 | 16% |
Sorocaba | R$ 49,52 | 14% |
Campinas | R$ 47,78 | 11% |
Ribeirão Preto | R$ 45,74 | 17% |
Para calcular o preço médio, a pesquisa considera os preços das quatro categorias mais comuns na alimentação fora de casa do Brasil, sempre de acordo com o prato principal, bebida, sobremesa e café.
PREÇO MÉDIO DA REFEIÇÃO COMPLETA: R$ 51,61 – alta de 10,8%
Comercial Completo | Autosserviço | Executivo | “a la carte” |
R$ 37,44 | R$ 47,87 | R$ 55,63 | R$ 96,44 |
9,2% | 10,7% | 10,1% | 19,8% |
Abaixo os valores dos preços médios da refeição completa e as respectivas variações por região:
BRASIL | R$ 51,61 = + 10,8% | Variação 23/24 |
SUDESTE | R$ 54,54 | 10,6% |
NORDESTE | R$ 49,09 | 12,7% |
SUL | R$ 48,91 | 14,2% |
NORTE | R$ 45,41 | 7,4% |
CENTRO-OESTE | R$ 45,21 | 8,3% |
A pesquisa aponta que o trabalhador usuário do vale-refeição, uma das modalidades do PAT, consome 43% mais feijão, arroz, salada e 33% mais carne, quando se compara com aqueles que não possuem esse benefício. Para a ABBT, o resultado da pesquisa reforça a importância do Programa de Alimentação ao Trabalhador (PAT), na medida em que propicia, e até induz, a compra de uma alimentação saudável e com qualidade nutricional. Graças ao PAT, o empregador que concede os benefícios para o trabalhador se alimentar tem isenção fiscal.
Preço nas capitais – O estudo considera refeição completa a composta por um prato consumido num self-service, acompanhada de bebida não alcóolica, sobremesa e cafezinho. O preço mais alto entre as capitais foi registrado em Florianópolis (SC) que atingiu R$ 62,54, valor 11% acima do ano passado e quase R$ 11,00 maior do que a média nacional. Outros destaques são o Rio de Janeiro (RJ), com R$ 60,46, e São Paulo (SP) que apresenta o preço médio de R$ 59,67.
Impacto de 36% sobre os salários – A pesquisa contratada pela ABBT também busca mostrar o impacto do preço da alimentação fora do lar sobre o salário médio dos trabalhadores da região Sudeste, que segundo o IBGE estava em R$ 3,6 mil no período da pesquisa.
Desta forma, para se alimentar por 22 dias por mês com o “prato feito”, o trabalhador precisaria de R$ 860 ou equivalente a 24% do salário médio estimado pelo IBGE.
Considerando o preço médio da refeição completa, de acordo com as quatro categorias pesquisadas, o valor mensal aumenta para R$ 1.135,42, com impacto de 36,4% no salário médio.
Metodologia – O estudo foi apresentado en julho de 2024 (realizado em campo de março a maio), em 4.502 estabelecimentos comerciais, divididos nas cinco regiões, em 22 estados e no Distrito Federal. No total foram pesquisadas 51 cidades, com 5640 preços coletados. A pesquisa foi encomendada pela ABBT à empresa Mosaiclab, especializada em pesquisa de mercado.