Saiba como está a situação o trânsito e o tempo nesta manhã em São Paulo

Cidade registra alagamentos e pontos interditados para limpeza nas Marginais Tietê e Pinheiros. Cômicas ou aflitivas, algumas histórias sobre a chuva que alterou a rotina dos paulistanos

  • Data: 11/02/2020 08:02
  • Alterado: 11/02/2020 08:02
  • Autor: Redação ABCdoABC
  • Fonte: Estadão Conteúdo
Saiba como está a situação o trânsito e o tempo nesta manhã em São Paulo

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A manhã desta terça-feira, 11, começou com alguns registros de alagamento em São Paulo, três deles intransitáveis: nas Avenidas das Nações Unidas, Cruzeiro do Sul e Mercúrio, além de pontos interditados para limpeza nas Marginais Pinheiros e Tietê, de acordo com a Companhia de Engenharia de Tráfego (CET).

Na Lapa, o Centro de Gerenciamento de Emergências Climáticas de São Paulo (CGE) registra um alagamento intransitável desde 1h20, em ambos os sentidos na Avenida Mofarrej, altura da R. Hassib Mofarrej e da Av. Dr. Gastão Vidal.

Os trens da Linha 9 – Esmeralda da CPTM também funcionam com velocidade reduzida nesta manhã, em ambos os sentidos. As estações Santo Amaro e Osasco, que não funcionaram na manhã desta segunda-feira estão com a plataforma lotada de pessoas e uma espera de cerca de 10 minutos entre um carro e outro.

Todas as linhas do metrô de São Paulo operam normalmente. A previsão de tempo para esta terça-feira é de chuva baixa ao longo de todo o dia, com variação de temperatura entre 16º e 21ºC.

‘Presos’ por causa da chuva, eles resolveram jogar Uno
Com o caos causado pela chuva, um grupo de sete funcionários de um banco se viu preso na Barra Funda, na zona oeste de São Paulo sem poder ir para o trabalho ou voltar para casa. Qual foi a solução? Ir a uma lojinha do terminal e comprar um baralho de Uno. “Foi o jeito que a gente arrumou para matar o tempo. Estamos ilhados. Nunca vi nada igual”, contou Carla Moreira de Aguiar, de 22 anos. Por volta de meio-dia, um grupo de dez atendentes de telemarketing que não tinha sido liberado pelos supervisores resolveu abrir as marmitas e almoçar no chão. “Disseram para a gente esperar”, disse William Souza, de 21.

O trator é o melhor ‘über’ do alagamento em SP
Giovana Girardi, repórter do jornal O Estado de S. Paulo, falou sobre o que viu na chuva desta segunda-feira, 10. “A Avenida Ermano Marchetti, na Lapa, interditada desde a madrugada de ontem (segunda) no trecho entre a Rua Cenno Sbrighi e a Praça Jácomo Zanella, só podia ser transposta com a ajuda de um transporte pouco usual: um trator. Foi assim que consegui chegar ontem à tarde à redação do Estado, mais de duas horas após ter saído de casa, a cerca de 5 quilômetros do jornal.
Na avenida, uma pequena multidão formava uma espécie de fila desorganizada à espera do “Uber” informal. Bem, pensei, os carros estão conseguindo vir pela avenida. Mas não. O “Uber” era o trator com o qual Paulo Copino, de 39 anos, trabalha em uma concreteira nas proximidades. Quando viu tudo alagado, passou a dar carona para os colegas de trabalho. “Quando vi todo mundo parado, resolvi ajudar quem quisesse. Estou aqui, indo e voltando, desde às 9h40”, contou, quando já passava das 16h30.
Resolvi embarcar. Junto comigo, dentro da pá coletora, tinham outras dez pessoas. A pá se mexeu. “Seja o que Deus quiser”, alguém falou. Eu estava na beirada. Um senhor olhou pra mim e disse: “Fica tranquila que eu te seguro.” Cheguei ao jornal às 17h30, quase 2h30 depois de sair de casa. De carro, teria levado 15 minutos.

Home office em prédio sem energia
A diretora de vendas Luciana Paranhos teve a rotina completamente alterada com a chuva que paralisou São Paulo nesta segunda-feira, 10. Moradora da região da Pompeia, na zona oeste de São Paulo, ela ficou sem energia elétrica a partir das 5 horas. “O prédio está funcionando com gerador, mas a energia deve acabar logo”, contou. Ela foi liberada pela empresa para trabalhar em home office.
A motorista que faz o transporte da filha, Beatriz, de 13 anos, que estuda em um colégio na região da Avenida Paulista, cancelou o serviço. “Ela não estava conseguindo cruzar as marginais e ficou presa na rua”, disse.

No terminal Barra Funda, família muda os planos
Toda a família Berna foi afetada pela chuva que caiu nesta segunda-feira, 10, em São Paulo. Os três passaram o fim de semana na cidade e tinham passagem para voltar cedinho para o interior. Aline Berna, de 28 anos, trabalha de auxiliar em uma padaria. “Já perdi meu dia de trabalho. Essa hora já era para eu estar no serviço”, disse ela pela manhã no Terminal Barra Funda, na zona oeste da capital paulista.
Já o marido de Aline, João Antônio Carvalho, de 31, é porteiro de prédio. “Acho muito difícil que eu consiga voltar para a minha cidade hoje”, contou. Menos desanimado estava João Pedro, de 8. “Tinha aula hoje, mas vou ficar aqui no celular”, comemorou.

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  • Data: 11/02/2020 08:02
  • Alterado:11/02/2020 08:02
  • Autor: Redação ABCdoABC
  • Fonte: Estadão Conteúdo









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